Maria Angelica Motta-Maués
Maria Angelica Motta-Maués | |
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Nome completo | Maria Angelica Motta-Maués |
Nascimento | 21 de abril de 1940 (84 anos) |
Residência | Belém |
Nacionalidade | brasileiro |
Cônjuge | Raymundo Heraldo Maués |
Alma mater | Universidade Federal do Pará, Universidade de Brasília, IUPERJ |
Profissão | |
Religião | Católico |
Orientador(es)(as) | Carlos Alfredo Hasenbalg |
Instituições | Universidade Federal do Pará |
Campo(s) | Antropologia |
Tese | Negro sobre Negro: a questão racial no pensamento das elites negras brasileiras (1997) |
Maria Angelica Motta-Maués ([onde?], 21 de abril de 1940) é uma antropóloga e professora universitária brasileira, no campo da Antropologia. Com estudos prévios em Antropologia Física, ela é pioneira nos estudos de gênero na Região Norte do Brasil.[1][2][3]
Biografia e carreira profissional[editar | editar código-fonte]
Nascida em 1940 como Maria Angélica Motta, ela se graduou em História pela Universidade Federal do Pará (UFPA) em 1962[1][2] e, logo em seguida, ela seguiu o seu marido, o historiador e antropólogo Raymundo Heraldo Maués, para Bragança, onde desenvolveram um trabalho junto à Prelazia do Guamá e à Rádio Educadora de Bragança, além de terem vínculos com a Ação Popular. Com o golpe militar de 1964, o casal retorna para Belém.
Aprovada por concurso público em 1971, Maria Angelica Motta-Maués se tornou primeira professora concursada de antropologia da UFPA, ficando vinculada ao Departamento de Antropologia e História do então Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFPA[2].
Em 1977, sob a orientação de Klaas Woortmann, ela defendeu na Universidade de Brasília uma dissertação de mestrado com o título "Trabalhadeiras" e "Camarados": um estudo do status das mulheres numa comunidade de pescadores", na qual ela se tornou a primeira pesquisadora da região amazônica a desenvolver um trabalho acadêmico na área de estudos de gênero ao verificar a condição da mulher em um grupo de pescadores situado em Itapuá, no município paraense de Vigia, e dos simbolismos envolvidos[1][2][4].
Em 1997, Maria Angelica Motta-Maués obteve o título de doutora em Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro (IUPERJ) com a tese "Negro sobre Negro: a questão racial no pensamento das elites negras brasileiras (1997)", sob orientação de Carlos Hasenbalg[1][4].
Pioneira nos estudos de gênero, ela é uma das fundadoras do Grupo de Estudos e Pesquisas Eneida de Moraes (GEPEM) ao lado das professoras Luzia Miranda Álvares e Eunice Ferreira. Ela também tem influência direta na formação do Grupo de Estudos e Pesquisas em Antropologia das Crianças, Infâncias e Juventudes (Juerê)[4].
Obras[editar | editar código-fonte]
Livros[editar | editar código-fonte]
- Motta-Maués, Maria Angelica; Maués, Raymundo Heraldo. O Folclore da Alimentação: Tabus Alimentares na Amazônia. Belém: Falângola, 1980.
- Motta-Maués, Maria Angelica. Trabalhadeiras e Camarados: Relações de gênero, simbolismo e ritualização numa comunidade amazônica. Belém: UFPA, 1993.
Artigos[editar | editar código-fonte]
- Motta-Maués, Maria Angelica (1 de janeiro de 2009). «Negros em bailes de negros: sociabilidade e ideologia racial no "meio negro" em Campinas (1950/1960)». Revista de Antropologia (USP) (2): 705-734. ISSN 1678-9857. doi:10.1590/S0034-77012009000200008. Consultado em 7 de dezembro de 2022
Referências
- ↑ a b c d «Raymundo Heraldo e Maria Angélica Motta Maués». FGV. Consultado em 7 de dezembro de 2022
- ↑ a b c d «ENTREVISTA: Breves Registros da Vida Acadêmica» (PDF). Consultado em 7 de dezembro de 2022 line feed character character in
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at position 32 (ajuda) - ↑ «Maria Angelica Motta-Maués». Consultado em 7 de dezembro de 2022
- ↑ a b c Leila Leite. «Maria Angelica Motta-Maués». Revista Visagem. Consultado em 7 de dezembro de 2022