Maria Leonor Machado de Sousa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Maria Leonor Machado de Sousa
Nascimento Maria Leonor Ribeiro da Fonseca Calixto Machado de Sousa
11 de novembro de 1932
Lisboa
Morte 16 de setembro de 2021 (88 anos)
Cidadania Portugal
Ocupação professora universitária, historiadora literária, historiadora, especialista em literatura, literata
Empregador(a) Universidade Nova de Lisboa

Maria Leonor Machado de Sousa MBE[1], de nome completo Maria Leonor Ribeiro da Fonseca Calixto Machado de Sousa (Lisboa, 11 de novembro de 1932 – Lisboa, 16 de setembro de 2021), foi uma intelectual e professora catedrática da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Licenciou-se em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1954. Em fevereiro de 1974, torna-se professora da Universidade Nova de Lisboa, doutorando-se em Ciências Literárias e criando o Departamento de Estudos Anglo-Portugueses.[2] Fundou em 1981 o centro de investigação em Estudos Anglo-Portugueses da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e criou o Mestrado em Estudos Anglo-Portugueses.[2] Fundou a Revista de Estudos Anglo-Portugueses e a English-Speaking Union in Portugal, de que foi presidente. Foi presidente da Associação Portuguesa de Estudos Anglo-Americanos e vice-presidente da Byron Society in Portugal.[3]

Entre 1988 e 1990, foi vice-reitora da Universidade Aberta. Entre 1990 e 1996, foi diretora da Biblioteca Nacional de Portugal[2], tendo sido a primeira mulher a exercer este cargo. Jubilou-se da universidade em 2001.[2]

Era membro da Academia Portuguesa da História, de que foi vice-presidente entre 2002 e 2004[2], ocupando a cadeira número 25, e foi elevada a académica de mérito em 2014, dedicando-se ao estudo das relações anglo-portuguesas, especificamente à escrita de viagens e à Guerra Peninsular. [4][5] Investigou a difusão dos mitos portugueses de D. Inês de Castro, do rei D. Sebastião e de Luís de Camões pela Europa, bem como a literatura gótica em Portugal e os poetas modernistas portugueses.[6] Desde 1980, investigava com especial foco o mito de Pedro e Inês. Era membro do Conselho Geral da Fundação Inês de Castro e membro do Conselho Supremo da Sociedade Histórica da Independência de Portugal.[2]

Morreu a 16 de setembro de 2021, com 88 anos.[7]

Obras[editar | editar código-fonte]

  • A Literatura “Negra” Ou “De Terror” Em Portugal Nos Séculos XVIII E XIX (Como Maria Leonor Calixto - 1956, Fac. de Letras da Univ. de Lisboa)
  • A Literatura “Negra” Ou “De Terror” Em Portugal Nos Séculos XVIII E XIX (1978, Editora Novaera)
  • O “horror” na literatura portuguesa (1979, Instituto de Cultura e Língua Portuguesa - Biblioteca Breve)
  • D. Inês e D. Sebastião na literatura inglesa (1979)
  • Mito e Criação Literária (1985)
  • Um Ano de Diplomacia Luso-Americana: Francisco Solano Constâncio (1822-1823) (1988)
  • Alcipe e a sua Época (2003, com Marion Erhardt e José Esteves Pereira)
  • Inês de Castro: um tema português na Europa (2005, reedição 2020)
  • Guerra Peninsular, 200 Anos (2007, com António Ventura)
  • A Guerra Peninsular em Portugal: Relatos britânicos (2009)
  • Charles Dickens em Portugal (2012, com Alexandra Assis Rosa, João Almeida Flor e Gina Guedes Rafael)

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]