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Marshall McLuhan | |
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Nascimento | 21 de julho de 1911 Edmonton, Alberta |
Morte | 31 de dezembro de 1980 (69 anos) |
Serviço militar | |
País | Canadá ![]() |
Herbert Marshall McLuhan (Edmonton, 21 de julho de 1911 — Toronto, 31 de dezembro de 1980) foi um filósofo e educador canadense.
Biografia
Seu pai era corretor de seguros. Já sua mãe Elsie Hall McLuhan era mulher cosmopolita, culta, oriunda do Leste, das Províncias Marítimas, de ascendência inglesa, bem-educada e declamadora por formação, uma figura conhecida nos círculos que viajavam pelo Canadá fazendo leituras dramáticas. Apesar de sua constante ausência, era ela quem dirigia a família e quem orientou Marshall e seu irmão caçula, Maurice (que se tornou ministro presbiteriano) para carreiras intelectuais. Em 1920, quando McLuhan tinha nove anos, a família mudou-se de Edmonton para Winnipeg e foi ali que ele cursou o colegial e faculdade, formando-se pela Universidade de Manitoba, obtendo o bacharelado em 1932 e o mestrado em Literatura Inglesa em 1934. Estimulado pela mãe, solicitou e obteve uma bolsa de estudos na Universidade de Cambridge, na Inglaterra.
Formação
Começou por estudar Engenharia, na Universidade de Manitoba, em 1932, mas acabou por se formar em Literatura Inglesa Moderna, em 1934.
Ensinou na Universidade de Wisconsin, entre 1936 e 1937. Fez o mestrado em Cambridge, em 1939, e doutorou-se em filosofia, em 1943, com uma tese sobre o autor satírico inglês Thomas Nashe.
Entre 1944 e 1946, foi professor de literatura na Universidade de Assumption, Wisconsin e Saint Louis, nos Estados Unidos, e na Universidade de Toronto, entre 1946 e 1979. Das cerca de 15 obras que publicou, fazem parte livros como The Medium is the Message: An Inventory of Effects (O Meio é a Mensagem,1967) e War and Peace in the Global Village (Guerra e paz na Aldeia Global,1968).
As idéias
McLuhan introduz as expressões o impacto sensorial, o meio é a mensagem e aldeia global como metáforas para a sociedade contemporânea, ao ponto de se tornarem parte da nossa linguagem do dia a dia.
Teórico dos meios de comunicação, foi precursor dos estudos midiológicos. Seu foco de interesse não são os efeitos ideológicos dos meios de comunicação sobre as pessoas, mas a interferência deles nas sensações humanas, daí o conceito de "meios de comunicaçao como extensões do homem" (o título de uma de suas obras), ou "prótese técnica". Em outras palavras, a forma de um meio social tem a ver as novas maneiras de percepção instauradas pelas tecnologias da informação. Os próprios meios são a causa e o motivo das estruturas sociais.
A Fama
Adquiriu proeminência internacional com idéias que têm estimulado milhares de artistas, intelectuais e jornalistas, em todo o mundo, ao ponto da revista Fortune o nomear como "uma das principais influências intelectuais do nosso tempo". Tamanho reconhecimento deve-se, entre outros fatores, ao pionerismo no estudo das tecnologias e seus impactos na construção da sociedade humana em suas diferentes fases, ou nas palavras do próprio, "galáxias". Famoso também pela inovadora idéia da "Aldeia Global".
As suas publicações contribuíram para combater a inércia de um público tanto académico como popular, numa altura em que o otimismo estava na moda. Segundo a revista The New Yorker, "o que continua importante é a postura global de McLuhan e a sua busca do novo. Ele deu o necessário impulso ao grande debate sobre o que está a acontecer ao Homem nesta idade de rápida aceleração tecnológica".
É de sua autoria uma famosa frase que descreve a TV: A imagem, o som e a fúria.
A fama levou o intelectual favorito da Madison Avenue a uma participação no filme Noivo neurótico, noiva nervosa" (1978), de Woody Allen. McLuhan representa a si mesmo e explica que o professor de Mídia, personagem da fila do cinema que contracena com Allen e Diane Keaton na seqüência do filme, não entendeu nada de suas teorias.
Aldeia global
Aldeia global quer dizer simplesmente que o progresso tecnológico estava reduzindo todo o planeta à mesma situação que ocorre em uma aldeia, ou seja, a possibilidade de se intercomunicar diretamente com qualquer pessoa que nela vive.
Como paradigma da aldeia global, ele elegeu a televisão, um meio de comunicação de massa em nível internacional, que começava a ser integrado via satélite. Esqueceu, no entanto, que as formas de comunicação da aldeia são essencialmente bidirecionais e entre dois indivíduos. Somente agora, com o telemóvel e a internet, é que o conceito se começa a concretizar.
O princípio que preside a este conceito é o de um mundo interligado, com estreitas relações econômicas, políticas e sociais, fruto da evolução das Tecnologias da Informação e da Comunicação (vulgo TIC), particularmente da World Wide Web, diminuidoras das distâncias e das incompreensões entre as pessoas e promotor da emergência de uma consciência global interplanetária, pelo menos em teoria.
Essa profunda interligação entre todas as regiões do globo originaria uma poderosa teia de dependências mútuas e, desse modo, promoveria a solidariedade e a luta pelos mesmos ideais, ao nível, por exemplo da ecologia e da economia, em prol do desenvolvimento sustentável da Terra, superfície e habitat desta "aldeia global".
Na verdade, não deixa de ser verdade que, como já evidenciava a teoria do efeito borboleta (teoria do caos), um acontecimento em determinada parte do mundo tem efeitos a uma escala global, como mostra, por exemplo, as flutuações dos mercados financeiros mundiais. Neste sentido, o adjectivo global faria algum sentido, mas, apesar disso, seria restrito.
Na verdade, trata-se mais de um conceito filosófico e utópico do que real. Como afirmam muitos teóricos da globalização e alguns críticos do conceito que aqui discutimos, o mundo está longe de viver numa "aldeia" e muito menos global: o conceito de aproximação das pessoas numa aldeia, em que todos se conhecem e participam na vida e nas decisões comunitárias não se coaduna com a ideia de sociedade contemporânea. Além disso, partindo da ideia que o mundo está, de facto, interconectado, não deixa de ser verdade que, nesta aldeia, de nome tão utópico e optimista, muitos são os excluídos (apenas 26.6% da população mundial tem acesso à internet [1]).
Para termos uma idéia deste conceito, é preciso, pois, lembrarmos a sua ambivalência: por um lado, saber que parte do pressuposto de uma maior aproximação entre as pessoas e da consequente necessidade de uma responsabilidade e responsabilização global; por outro, saber que é um conceito exclusivo e, como tal, excludente.
Últimos pensamentos
Na sua última aparição na televisão, na Universidade de York, em Toronto, durante a primavera de 1979, fez uma síntese final da sua teoria. Tinha começado a olhar todos os artefactos humanos, desde os primeiros instrumentos até aos media electrónicos, incluindo os computadores, como extensões do corpo humano e do seu sistema nervoso e como componentes da evolução humana num contexto de seleção natural.
Em Setembro de 1979, McLuhan sofreu uma trombose que o deixou incapaz de falar, ler ou escrever. Morreu enquanto dormia a 31 de dezembro de 1980.
Obras
- No mundo (em inglês)
- 1951. The Mechanical Bride: Folklore of Industrial Man.
- 1962. The Gutenberg Galaxy: The Making of Typographic Man. Toronto: University of Toronto Press.
- 1964. Understanding Media: The Extensions of Man. New York: McGraw-Hill.
- 1967. The Medium is the Massage: An Inventory of Effects. New York: Bantam Books. (with Quentin Fiore)
- 1968. War and Peace in the Global Village. New York: Bantam Books. (with Quentin Fiore)
- 1969. "Communication in the Global Village." In This Cybernetic Age, edited by Don Toppin. 158-67. New York: Human Development Corporation.
- Em Espanhol
- 1996. La aldea global
- No Brasil
- 1969. A Galáxia de Gutenberg: a formacao do homem tipografico. Ed. da Univ. de São Paulo. Tradução: Leônidas Gontijo de Carvalho e Anísio Teixeira.
- 1969. Os meios de comunicação como extensões do homem (Understanding Media). Editora Cultrix. tradução: Décio Pignatari
- 1969. O meio é a mensagem. Ed. Record. Tradução: Ivan Pedro de Martins. (com Quentin Fiore)
- 1971. Guerra e Paz na Aldeia Global. Ed. Record. Tradução: Ivan Pedro de Martins. (com Quentin Fiore)
- 1973. Do Clichê ao Arquétipo. Ed. Record. Tradução: Ivan Pedro de Martins. (com Wilfred Watson)
- 2005. McLuhan por McLuhan: conferências e entrevistas. Ed. Ediouro.
Ver também
Ligações externas
- «McLuhan.ca (website oficial - link quebrado)» (em inglês)
- «The Estate of Marshall McLuhan (website oficial)» (em inglês)
- «Observatório último segundo»
- http://archives.cbc.ca/arts_entertainment/media/topics/342/#
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