Martina Castells Ballespí
Martina Castells Ballespí | |
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Nascimento | 23 de julho de 1852 Lérida, Espanha |
Morte | 21 de janeiro de 1884 (31 anos) Reus, Espanha |
Conhecido por | primeira mulher na Espanha a se formar em Medicina |
Carreira médica | |
Ocupação | Médica |
Instituições | Hospital Militar de Reus e Instituto Pere Mata |
Especialidade | Pediatria |
Martina Castells Ballespí (Lérida, 23 de julho de 1852 - Reus, 21 de janeiro de 1884) foi uma médica espanhola. Primeira mulher a se formar em medicina no país. Foi também uma das primeiras na Espanha a ganhar o título de doutora em medicina.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Martina nasceu em Lérida, na província de mesmo nome, em 1852 em uma família com uma longa tradição de médicos. De saúde frágil e por ser mulher, muitos não viam com bons olhos seus interesse nos estudos. Aos 8 anos de idade, ela é obrigada a largar a escola para tratar uma infecção ocular na casa de alguns tios em Zumaia, na província de Guipúscoa. Enquanto ficava por lá, dedicou-se a escrever, principalmente poesias.[2][3]
Sua vida muda com a Revolução de 1868, onde o novo governo derrubou a monarquia de Isabel II e permitiu, entre outras coisas, que mulheres pudessem estudar e seguir carreiras na ciência e nas universidades. Martina então retoma os estudos, onde ingressa em 1877 na Faculdade de Medicina de Barcelona, junto de outras duas mulheres: Maria Elena Maseras e Dolors Aleu i Riera.[2] Antes mesmos de terminar seus estudos, ela já trabalhava em Madri, para ganhar experiência e contar pontos na faculdade.[2][3]
Mesmo com a permissão de estudo, as mulheres ainda não tinham permissão de realizar o exame para obter licença de clinicar e atuar como médicas. Martina levou o caso até às altas instâncias do governo espanhol, denunciando a discriminação contra mulheres, que ela chamava de "o resultado da ignorância e superstição", na Câmara dos Deputados.[2]
Ao completar os estudos com Dolores, ela tentou ingressar no pedido de doutora em medicina em 1881, mas não obteve permissão até abril do ano seguinte. Entre os dias 20 e 25 de abril ela presta provas e recebe a aprovação final.[2][3] Sua tese defendia a educação de mulheres, sua felicidade e da própria humanidade com uma melhor representação feminina e sua evolução. Seu pioneirismo levou a justiça espanhola a abolir a proibição contra mulheres de conseguirem títulos acadêmicos.[2][3]
Vida pessoal e morte
[editar | editar código-fonte]Martina especializou-se em pediatria. Casou-se com um médico militar, Antonio Constanti. Infelizmente, Martina exerceu pouco a medicina. Aos 31 anos, em 21 de janeiro de 1884, Martina faleceu devido à uma nefrite, enquanto estava grávida.[4] É lembrada até hoje na Espanha como médica e pioneira.[2][3]
Referências
- ↑ Universidade de Barcelona (ed.). «Martina Castells i Ballespí». Centre de Recursos per a l'Aprenentatge i la Investigació. Consultado em 30 de julho de 2018
- ↑ a b c d e f g Galería de Científicos Catalanes (ed.). «Castells Ballespí, Martina». Galería de Científicos Catalanes. Consultado em 30 de julho de 2018
- ↑ a b c d e galeriametges (ed.). «Martina Castells Ballespí». Galeria mMetges. Consultado em 30 de julho de 2018
- ↑ SCB cientifics (ed.). «Castells i Ballespí, Martina». SCB cientifics. Consultado em 30 de julho de 2018