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Meditações sobre Filosofia Primeira: diferenças entre revisões

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=== Terceira Meditação ===
=== Terceira Meditação ===
Na terceira meditação, Descartes está disposto a provar que Deus existe. Estando em uma situação em que ele sabe que algumas de suas ideias não são verdadeiras (hipótese do gênio maligno), ele acha a prova antológica (mais inteligente). Existem três passos argumentativos para provar que a ideia de Deus é verdadeira:
Na terceira metação, Descartes está disposto a provar que Deus existe. Estando em uma situação em que ele sabe que algumas de suas ideias não são verdadeiras (hipótese do gênio maligno), ele acha a prova antológica (mais inteligente). Existem três passos argumentativos para provar que a ideia de Deus é verdadeira:
1 – o encontrar a ideia de perfeição
1 – o encontrar a ideia de perfeição
2 – analisar a ideia de perfeição. Potencializar ao limite as ideias positivas no seu grau máximo.
2 – analisar a ideia de perfeição. Potencializar ao limite as ideias positivas no seu grau máximo.

Revisão das 23h02min de 9 de março de 2013

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Meditações sobre Filosofia Primeira, de Descartes.

Meditações sobre Filosofia Primeira (originalmente em latim, Meditationes de prima philosophia, in qua Dei existentia et animæ immortalitas demonstratur) é o nome de um livro publicado por René Descartes em 1641. Trata-se de um aprofundamento da filosofia elaborada nas Regras para a orientação do espírito (1627?) e no Discurso sobre o método (1637).

Meditações compõe-se de primariamete de seis meditações ou partes, nas quais Descartes tenta estabelecer o que podemos conhecer com segurança. Além das seis meditações há um conjunto de sete objeções e respostas.

Esboço das seis meditações

Primeira Meditação

Adota a dúvida como método. Apresenta o critério para a dúvida: tomar por falso todo o duvidoso; apresenta as razões para a dúvida:

  • Engano dos sentidos
  • Composição pela imaginação
  • Sonho
  • Loucura
  • Deus enganador
  • Gênio maligno

Segunda Meditação

Encontra algo que resista à dúvida: a frase "Sou" (conhecida como cogito) é verdadeira sempre que dita ou pensada

Terceira Meditação

Na terceira metação, Descartes está disposto a provar que Deus existe. Estando em uma situação em que ele sabe que algumas de suas ideias não são verdadeiras (hipótese do gênio maligno), ele acha a prova antológica (mais inteligente). Existem três passos argumentativos para provar que a ideia de Deus é verdadeira: 1 – o encontrar a ideia de perfeição 2 – analisar a ideia de perfeição. Potencializar ao limite as ideias positivas no seu grau máximo. 3 – análise da ideia de casualidade (causa e efeito). Tem que haver mais realidade na causa do que no efeito. A hipótese do gênio perde então a sua razão.

Sendo a hipótese do gênio uma ilusão é preciso achar qual é a causa da potencialidade máxima de todas as propriedades positivas existentes: a existência da perfeição. “ da idéia de perfeição, presente em meu espírito, infiro a existência da perfeição como única causa possível desta idéia.”

Quarta Meditação

Teodicéia epistemológica onde se mostra que o homem, e não Deus, é o responsável pelos erros.

Quinta Meditação

São retirados os motivos para duvidar da matemática e da geometria.

Sexta Meditação

São retirados os motivos para duvidar das sensações. É provada a existência dos corpos.

Esboço das objeções e respostas

Primeiras Objeções

Compostas por Caterus, um teólogo escolástico.

Segundas Objeções

Compostas provavelmente por Marin Mersenne.

Terceiras Objeções

Compostas por Thomas Hobbes.

Quartas Objeções

Compostas pelo então jovem teólogo Antoine Arnauld.

Quintas Objeções

Compostas por Pierre Gassendi.

Sextas Objeçoes

Sétimas Objeções

Compostas pelo padre Pierre Bourdin.

Principais edições em português

  • René Descartes. Meditações sobre Filosofia Primeira. Campinas: Editora da UNICAMP, 2004, tradução de Fausto Castilho. Edição bilíngüe em latim e português.
A melhor edição em português. Além da tradução, inclui facsímile da edição de Charles Adam e Paul Tannery (AT), o texto padrão para a versão latina das Meditações. As diferenças entre o texto latino e o texto francês de 1647 aparecem em negrito na tradução.
  • René Descartes. Meditações. Em Victor Civita, editor, Os Pensadores: Descartes. São Paulo: Abril Cultural, 1983, terceira edição, tradução de J. Guinsburg e Bento Prado Júnior.
Trata-se de uma ótima tradução da tradução para o francês das Meditações (1647). Inclui as "Segundas Objeções", as "Respostas do Autor às Segundas Objeções" e as "Respostas do Autor às Quintas Objeções". Apesar da ótima tradução, a edição está defasada por não incluir a paginação padrão utilizada pelos estudiosos de acordo com a edição AT.
  • René Descartes. Meditações Metafísicas. São Paulo: Martins Fontes, 2000, tradução de Maria Ermantina Galvão.
Uma boa tradução do texto francês de 1647. Traz a paginação da edição AT.

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