Modelagem preditiva de distribuição de espécies
A modelagem preditiva de distribuição de espécies, também chamada de modelagem de nicho, é uma técnica moderna que utiliza dados de diversas áreas do conhecimento para obter modelos que expliquem a distribuição probabilística de uma espécie no ambiente.
De maneira geral, fatores abióticos como temperatura, umidade, altitude e salinidade, em conjunto com fatores bióticos, representados pelas diversas interações que as espécies estabelecem entre si, influenciam diretamente na distribuição dos organismos vivos. Por sua vez, tais organismos encontram-se adaptados aos ambientes em que vivem. Logo, a distribuição de cada espécie segue uma série de parâmetros que permitem a sua sobrevivência e desenvolvimento. Dentro da ecologia, esse conjunto de fatores delimita o nicho ecológico de uma espécie.[1][2][3]
Os modelos estatísticos de distribuição são construídos através de programas computacionais que relacionam dados de variáveis como clima, relevo, composição do solo, cobertura vegetal, entre outros, para prever a possível ocorrência de uma espécie num dado espaço. A modelagem não nos diz necessariamente se uma espécie ocorre numa dada área, mas sim se essa área é propicia para a sua ocorrência. Existem atualmente muitos modelos, mas a escolha de um desses modelos para um estudo depende essencialmente daquilo que se quer estudar.[2][3]
A modelagem de nicho tem várias aplicações na atualidade, como na conservação de espécies raras, reintrodução de espécies no ambiente e na predição dos impactos causados por espécies invasoras.[2][3]
História
[editar | editar código-fonte]No séc XX, dentro da ecologia, ocorreu o desenvolvimento e aprimoramento do conceito de nicho ecológico como o conhecemos atualmente. Isso foi muito importante para o avanço de técnicas que utilizam dos conhecimentos de nicho, como a modelagem.
Os primeiros trabalhos com modelagem de nicho são da década de 70[4], onde também foram desenvolvidas as primeiras técnicas computacionais para analisar o impacto das variáveis ambientais na distribuição de uma espécie. Posteriormente nas décadas de 80 e 90, trabalhos de simulações e livros[5][6] publicados sobre o tema foram importantes contribuições para promover essa nova abordagem. O desenvolvimento de algoritmos específicos para a modelagem preditiva de distribuição foi também fundamental para a evolução dessa técnica. Atualmente, existem muitos modelos e algoritmos disponíveis e a modelagem vem se figurando com uma tecnologia promissora e em constante evolução.[2][3]
Considerações sobre nicho ecológico
[editar | editar código-fonte]Uma característica marcante das SDMs (modelagens de distribuição de espécies) é sua dependência do conceito de nicho, que pode ser pensado na visão de Grinnell, onde as espécies ocupam todos os seus habitats adequados - o nicho fundamental - ou na visão de Hutchinson, de espécies sendo excluídas de uma parte de seu nicho fundamental por interações bióticas, resultando no nicho percebido que é realmente observado na natureza[7]. Assim, o primeiro está mais inserido em uma abordagem ecológica e fisiológica do nicho, enquanto o segundo está mais relacionado aos níveis tróficos e à teoria da teia alimentar. Como eles parecem se aplicar a diferente escalas - respectivamente do global para o local -, apenas o conceito de requisitos e o nicho ambiental são normalmente considerados nos SDMs[3].
A simplificação mais frequente encontrada na literatura afirma que, como as distribuições observadas já estão restritas por interações bióticas e recursos limitantes, os SDMs quantificam de fato o nicho realizado de Hutchinson. Diz-se também que apenas modelos mecanicistas, com base em parâmetros fisiológicos ou comportamentais[8], ou SDMs baseados em dados ex situ (por exemplo, uma planta cultivada em jardins botânicos fora de sua faixa natural)[9], podem se aproximar do nicho fundamental.
Qualquer situação teórica deve ser considerada a priori para cada espécie, a menos que evidência experimental/de campo claramente suporte uma sobre a outra. Além disso, cada uma delas só pode ser considerada dentro do ambiente realizado e, portanto, deve ser aceito que, para algumas espécies, o nicho fundamental nunca pode ser capturado de dados experimentais.
É importante lembrar aqui que o nicho deve ser definido a partir de observações empíricas de indivíduos que se reproduzem com sucesso e, assim, suportam uma taxa de crescimento positiva para toda a população. No caso dos SDMs, a maioria é baseada em observações simples de presença-ausência ou, às vezes, em valores de abundância. Em estudos biogeográficos em plantas, por exemplo, de certos limiares climáticos específicos de espécies, a maioria dos indivíduos observados não exibe mais a reprodução sexual. É, portanto, preferível que as observações desses indivíduos não sejam usadas para adaptar-se a SDMs, mas, na prática, pode ser difícil medir parâmetros de reprodução sexual a partir de um único campo.
Estas recentes reconsiderações do conceito de nicho em relação à distribuição de espécies inspirou os modeladores contemporâneos a incluírem outros parâmetros importantes, como dispersão [10] [11] e dinâmica populacional[12], para explicar e predizer padrões biogeográficos observados. A menos que esses parâmetros sejam levados em conta, os SDMs são explicitamente baseados ou na suposição de nicho grinelliano fundamental ou do nicho hutchinsoniano realizado.
Etapas da modelagem
[editar | editar código-fonte]Fazem parte do processo de modelagem de nicho ecológico uma série de passos necessários para se criar um modelo formulado de forma minimamente padronizada e que esteja de acordo com os dados produzidos no meio de estudo ecológico[13]. São eles:
Etapa 1
[editar | editar código-fonte]Definição do problema: consiste em definir o experimento de modelagem, o que inclui especificar as questões que o modelo deve responder, as espécies selecionadas, os layers ambientais, a área a ser estudada e a resolução geográfica a ser adotada para o modelo. O modelo de nicho ecológico deve ajudar a entender a situação ambiental, indicando possíveis caminhos para se resolver o problema. O pesquisador precisa posicionar a área de estudo, considerando a qualidade da informação sobre a espécie a ser modelada e os objetivos da modelagem.
Etapa 2
[editar | editar código-fonte]Tratamento dos pontos de espécies: consiste em preparar os pontos de espécies para o processo de modelagem. Uma vez que o dado for encontrado, é preciso tratá-lo, utilizando algum pacote de software para fazê-lo. Alguns problemas normalmente aparecem nesta etapa, como erros de digitalização nos dados, pontos fora dos limites da região e pontos com valores absurdos. Portanto, as ferramentas de georreferenciamento podem ser aplicadas para posicionar os pontos de ocorrência ou ausência no espaço geográfico. Se o pesquisador não dispõe desses dados bióticos, uma alternativa é acessar web sites onde os dados de coleções biológicas estão disponíveis, tais como o GBIF (Global Biodiversity Information Facility) .
Etapa 3
[editar | editar código-fonte]Tratamento dos dados ambientais: consiste da identificação, aquisição e conversão, se necessário, dos dados ambientais para a geração de um modelo de nicho ecológico. Os dados normalmente são formatados como layers, que são camadas do espaço ecológico multidimensional correspondentes à região estudada, também na forma de dados georreferenciados. Por exemplo, os dados podem ser um conjunto de layers para clima, topografia e vegetação. Os dados ambientais estão usualmente em formatos, sistemas de coordenadas, projeções e resoluções diferentes, exigindo um trabalho prévio ao seu uso, a fim de torná-los compatíveis. O objetivo é colocá-los no mesmo formato e usando os mesmos metadados.
Etapa 4
[editar | editar código-fonte]Análise da viabilidade dos dados: trata da análise dos dados obtidos nas etapas prévias, a fim de avaliar se os dados e definições resultantes das três etapas anteriores permitem ao pesquisador prosseguir com o processo de modelagem e obter um modelo acurado. É preciso também decidir quais layers devem de fato ser considerados para a geração do modelo. Considerando o cenário completo do problema, alguns layers podem estar faltando, outros podem não ter utilidade e outros podem até estar comprometendo a acurácia do processo de modelagem.
Etapa 5
[editar | editar código-fonte]Escolha do(s) algoritmo(s): consiste em selecionar os algoritmos para a geração dos modelos de nicho ecológico.
Algoritmos diferentes têm parâmetros e requisitos diferentes, e os dados disponíveis podem ser mais adequados a geração de um modelo usando um algoritmo e não outro. Além disso, aplicações diferentes da modelagem possuem desafios diferentes para os algoritmos. Basicamente, um algoritmo de modelagem representa a implementação de um método matemático para analisar os dados e obter um modelo de nicho ecológico. Na essência, esses algoritmos extrapolam associações entre os pontos de ocorrência das espécies (e também de ausência em alguns casos) e os layers de dados ambientais, a fim de identificar áreas em que a presença de uma espécie pode ser prevista.
Etapa 6
[editar | editar código-fonte]Geração do(s) modelo(s): nesta etapa, o pacote de software deve executar o experimento como especificado nas etapas anteriores e produzir um modelo. Após a geração de um modelo, o mesmo deve ser projetado sobre a área de estudo.
Etapa 7
[editar | editar código-fonte]Pós-análise automática: consiste da avaliação do modelo, a fim de avaliar se ele está adequado para a espécie em estudo. Medidas estatísticas podem ser calculadas a fim de obter indicações sobre a acurácia de um modelo. Por exemplo, podem ser usados pontos de presença e de ausência que não foram aplicados nas etapas anteriores do processo de modelagem para validar o modelo, combinados com métricas estatísticas.
Etapa 8
[editar | editar código-fonte]Validação do pesquisador: nesta última etapa, o pesquisador precisa decidir se o modelo é aceitável. O seu conhecimento sobre a espécie em estudo e os resultados estatísticos devem ser considerados para se validar o modelo ou não. Se o modelo for satisfatório, o processo pode ser encerrado. Caso contrário, pode ser necessário retomar o processo completamente ou parcialmente, a partir de alguma etapa prévia, e repeti-lo até que um modelo aceitável seja produzido.
Ferramentas
[editar | editar código-fonte]Do ponto de vista do tratamento da informação, a geração de modelos de nicho ecológico pode requerer a aplicação de uma variedade de técnicas computacionais, representadas pelos algoritmos de modelagem, análises estatísticas e requisitos de comunicação e transmissão de dados[13].
Algumas das soluções computacionais disponíveis para a modelagem de nicho ecológico são o openModeller, o DesktopGarp e o MaxEnt. O openModeller[14] destaca-se por ser o mais completo, com ferramentas para analisar, visualizar e construir cenários ambientais, considerando eventos no presente, no passado ou no futuro, por possuir diversas opções de algoritmos de modelagem, possibilitando a comparação de modelos gerados através de diferentes algoritmos, por seus recursos para entrada de dados ambientais e dados de espécies em formatos heterogêneos, sem preparação prévia, e por sua integração com SIG (Sistema de Informações Geográficas).
O DesktopGarp oferece a possibilidade de realizar múltiplas projeções a partir de um mesmo modelo, usando do algoritmo Garp, um algoritmo que utiliza conceitos de nicho ecológico para definir uma população e, a partir daí, trabalha no processamento das regras de definição de nicho [15]. O MaxEnt não oferece tantas facilidades adicionais, porém, o seu algoritmo, também chamado de MaxEnt[16], é um dos mais utilizados em função de sua alegada acurácia. Os três pacotes de software, openModeller, DesktopGarp e MaxEnt, são sistemas relativamente adequados tanto para interfaces desktop quanto para console.
Problemas e limitações
[editar | editar código-fonte]Embora seja uma técnica usada amplamente para predizer a distribuição de espécies, a modelagem de nicho possui algumas limitações. Entre elas, está a escolha de espécies que já possuem identificação de campo, uma vez que a modelagem usa diferentes fontes de dados para estudo e pode apresentar erros quando os mesmos estão em falta. Outro problema que pode ser encontrado é em relação aos pontos referentes à localização das espécies, que devem ser apresentados como latitude e longitude (georreferenciados), e que podem apresentar valores absurdos ou estarem fora dos limites das regiões que deveriam estar presentes e, uma vez errados, interferem diretamente nos resultados do modelo de nicho ecológico[1]. É importante que haja uma preparação dos dados ambientais, uma vez que eles podem apresentar diferentes formatos e resoluções, sendo necessário colocar todos na mesma configuração e usando os mesmos metadados para que sejam compatíveis[13].
Outro grande problema da modelagem de nicho , atualmente, refere-se a presença de uma determinada espécie em uma área na qual o espaço-tempo é limitado, uma vez que é apenas um fragmento da realidade e que pode ser modificado por inúmeros fatores, sejam físicos, químicos, fisiológicos ou biológicos, o que resulta na análise de um nicho realizado e dificulta a compreensão do nicho fundamental. Um fator biótico que é desconsiderado em grande parte dos modelos, por exemplo, é a competição, algo que influencia a vida de praticamente todas as espécies de plantas e animais viventes.
Aplicações
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O uso de modelos de distribuição de espécies de plantas e animais e a posterior obtenção de mapas de adequabilidade para espécies aumentou de forma marcante nas últimas décadas. Uma das razões é o claro avanço tecnológico e teórico que ocorreu nesse campo recentemente. Além disso, o uso desses modelos permite potencialmente prever os efeitos antropogênicos na distribuição da biodiversidade, em especial efeitos da mudança climática global - tópicos de grande interesse atual em agendas de pesquisa de diversas áreas. Por exemplo, o poder preditivo desses modelos é uma importante ferramenta de análise em áreas como ecologia, biogeografia, evolução, biologia da conservação e mudanças climáticas, a qual pode ser usada para resolver questões em áreas mais aplicadas, bem como em estudos de ciência básica.[2][3]
Entre as aplicações estão: quantificação de nichos ecológicos de espécies[17]; teste de hipóteses biogeográficas, ecológicas e evolucionárias; estudo de proliferação e invasão de espécies[18][19]; análise do impacto das mudanças climáticas[20], uso da
terra e de outras mudanças ambientais na distribuição de espécies; manejo e mapeamento de áreas apropriadas a reintrodução de espécies; modelagem da composição da biodiversidade a partir de análises de espécies individuais; construção de regiões bio e ecogeográficas[21]; estudo sobre a dinâmica de meta-populações e fluxos gênicos e em análises sobre a disseminação de doenças infecciosas.[22]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
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