Nímia Luqueni

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Nimia Luqueni
Nímia Luqueni
Representação de Nímia Luqueni de Milora Lipscomb.
Manicongo
Reinado 1395 - 1420
Sucessor(a) Nanga
 
Nascimento c.1380
Morte 1420
Casa Luqueni
Pai Nímia Anzima

Nímia Luqueni (Lukeni lua Nimi; c.1380-1420) foi o fundador tradicional da Casa de Luqueni, primeiro manicongo e fundador do Reino do Congo (Día Ntotila). O nome de Nímia Luqueni é citado na tradição oral e por alguns historiadores e arqueólogos contemporâneos, como Jean Cuvalier.[1][2] Ele também foi o conquistador do Reino de Muene.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nímia Luqueni foi filho do chefe Nímia Anzima e da governante do Reino Bambata (União celebrada para unificar os territórios da tribo de Nímia Anzina e do Reino Bambata), segundo tradições registradas por Giovanni Cavazzi de Montecuccolo em meados do século XVII. Seu nome de batismo era Luqueni Luansanze, o que significa que foi o quarto filho de seus pais. Durante o reinado de seu pai, Nímia Luqueni foi responsável pelo pedágio dos andarilhos e viajantes que passassem por suas terras. Isso deu origem a uma história em que Nímia Luqueni foi forçado a matar uma parente grávida por se recusar a pagar os impostos. Tal ato não foi punido por seu pai, e foi respeitado devido a rigidez de caráter ou pela imparcialidade perante as leis.

Embora ele tenha governado ao longo do vale do rio Coulo, foi tradicionalmente creditado como conquistador da cidade de M'banza Kongo, substituindo o governante local Muene Cabunga (ou Muene Impangala), construindo sua capital na região, assumindo título de Ntinu e fundando o Reino do Congo, governando provavelmente até o início do século XV. Ele é, por tanto, considerado o fundador do Reino do Congo, embora alguns atribuam o feito a seu pai. Algumas fontes ainda atribuem a conquista do vale de Inkisi de Sundí e Impango, sendo estas terras divididas entre seus parentes. [2]

Provavelmente, Nímia Luqueni não tenha morrido muito velho, pois seu filho Cuantinu era demasiado jovem para governar após sua morte, tendo trono passado a seu primo Nanga. As circunstancias da morte e sucessão do manicongo permitem aos historiadores colocar seu nascimento antes de 1367 e sua morte entre 1402 e 1427. [3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Thornton, John K. (novembro de 2006). «ELITE WOMEN IN THE KINGDOM OF KONGO: HISTORICAL PERSPECTIVES ON WOMEN'S POLITICAL POWER». The Journal of African History (em inglês) (3): 437–460. ISSN 0021-8537. doi:10.1017/S0021853706001812. Consultado em 10 de novembro de 2021 
  2. a b Thornton, John (2001). «The Origins and Early History of the Kingdom of Kongo, c. 1350-1550». The International Journal of African Historical Studies (1). 89 páginas. ISSN 0361-7882. doi:10.2307/3097288. Consultado em 10 de novembro de 2021 
  3. Vos, Jelmer (7 de dezembro de 2017). «Império, Patronato e uma Revolta no Reino do Kongo». Cadernos de Estudos Africanos (33): 157–182. ISSN 1645-3794. doi:10.4000/cea.2225. Consultado em 10 de novembro de 2021 
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Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Mateso, Bruce (2022). Nimi A Lukeni : Le roi forgeron de Kôngo. La Loupe, N'Tamo (Brazzaville), Paris: Paari editeur. ISBN 978-2-84220-124-1