Neuroblastoma

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Neuroblastoma
Neuroblastoma
Microscopia de um neuroblastoma típico com formação de rosetas
Especialidade Oncologia
Sintomas Dor óssea, nódulos[1]
Início habitual Menos de 5 anos de idade[1]
Causas Mutação genética[1]
Método de diagnóstico Biópsia[1]
Tratamento Vigilância, cirurgia, radioterapia, quimioterapia, transplante de medula óssea[1]
Prognóstico Taxa de sobrevivência a 5 anos (EU):
-95% (< 1 ano de idade)
68% (1–14 anos de idade)[2]
Frequência 1 em cada 7 000 crianças[2]
Mortes 15% das mortes por cancro em crianças[3]
Classificação e recursos externos
CID-10 C74.9
CID-9 194.0
CID-ICD-O M9500/3
CID-11 883278510
OMIM 256700
DiseasesDB 8935
MedlinePlus 001408
eMedicine med/2836 ped/1570
MeSH D009447
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Neuroblastoma é um tipo de cancro que se forma em determinados tipos de tecido nervoso.[1] Geralmente forma-se nas glândulas suprarrenais, mas pode também ter início no pescoço, peito, abdómen ou coluna vertebral.[1] Os sintomas mais comuns são dor óssea, um nódulo no abdómen, pescoço ou peito, ou um nódulo indolor por baixo da pele.[1]

Em alguns casos o nauroblastoma deve-se a uma mutação genética herdada de um dos pais (Translocação do gene NMyc com amplificação do mesmo).[1] Não se observaram fatores ambientais envolvidos.[2] O diagnóstico assenta numa biópsia aos tecidos envolvidos.[1] Em alguns casos a doença pode ser observada numa ecografia durante a gravidez.[1] No momento de diagnóstico, o cancro geralmente já se espalhou para outras partes do corpo.[1] O cancro divide-se em grupos de baixo, médio ou alto risco, de acordo com a idade da criança, estádio e aparência do cancro.[1]

O tratamento e prognóstico dependem do grupo de risco da pessoa.[1][4] As opções de tratamento mais comuns são vigilência, cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou transplante de medula óssea.[1] A doença de baixo risco em bebés geralmente tem prognóstico positivo apenas com cirurgia ou simples vigilância.[4] No entanto, em grupos de alto risco a taxa de sobrevivência a cinco anos é de apenas 49%, mesmo com tratamento agressivo.[4]

O neuroblastoma é o cancro mais comum em bebés e o terceiro cancro mais comum em crianças, atrás apenas da leucemia e do tumor cerebral.[4] A doença afeta 1 em cada 7000 crianças em algum momento da vida.[2] Cerca de 90% dos casos ocorrem em crianças com menos de cinco anos de idade, sendo rara em adultos.[2][3] Entre as mortes por cancro em crianças, cerca de 15% são causadas por neuroblastomas.[3] A doença foi descrita pela primeira vez no século XIX.[5]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o «Neuroblastoma Treatment». National Cancer Institute. 20 de janeiro de 2016. Consultado em 9 de novembro de 2016. Cópia arquivada em 10 de novembro de 2016 
  2. a b c d e «Neuroblastoma Treatment». National Cancer Institute. 25 de agosto de 2016. Consultado em 10 de novembro de 2016. Cópia arquivada em 10 de novembro de 2016 
  3. a b c World Cancer Report 2014. [S.l.]: World Health Organization. 2014. Chapter 5.16. ISBN 9283204298. Cópia arquivada em 19 de setembro de 2016 
  4. a b c d Maris, John M; Hogarty, Michael D; Bagatell, Rochelle; Cohn, Susan L (2007). «Neuroblastoma». The Lancet. 369 (9579): 2106–20. PMID 17586306. doi:10.1016/S0140-6736(07)60983-0 
  5. Olson, James Stuart (1989). The History of Cancer: An Annotated Bibliography (em inglês). [S.l.]: ABC-CLIO. p. 177. ISBN 9780313258893. Cópia arquivada em 10 de setembro de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]