O Salário da Morte

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O Salário de Morte
 Brasil
1971 •  cor •  80 min 
Gênero drama
Direção Linduarte Noronha
Produção José Bezerra Filho
W.J. Solha
Roteiro Linduarte Noronha
Antônio Barreto
Neto Jurandir Moura
Elenco Mirocene Amorim
Edson Borges
Eliane Giardini
Margarida Cardoso
Ednaldo do Egipto
Horácio Freitas
Balduino Lélis
Música Pedro Santos
Diretor de fotografia Manuel Clemente
Edição João Ramiro Mello
Companhia(s) produtora(s) Cactus Produções Cinematográficas Ltda.
Distribuição U.C.B. - União Cinematográfica Brasileira S.A.
Lançamento 1971
Idioma português

O Salário da Morte é um filme dirigido pelo cineasta paraibano Linduarte Noronha. Trata-se do primeiro longa-metragem de ficção produzido na Paraíba, na cidade de Pombal, em 1970. Teve sua montagem assinada por João Ramiro Mello.

Baseado no conto "Fogo", de José Bezerra Filho, o roteiro foi escrito por Linduarte Noronha, Antônio Barreto e Neto Jurandir Moura. Aclamado pela crítica e vencedor do prêmio Manuel Antônio de Almeida, promovido pela Secretaria de Educação do Estado da Guanabara, o romance Fogo! (1970) é tipicamente nordestino: reflete um ambiente sertanejo onde ainda impera a figura truculenta do coronel da roça, senhor inquestionável dos bens e da vida dos seus subordinados.

A trama central da história gira em torno da pistolagem de aluguel e dos assassinatos que vão sendo cometidos para satisfazer os interesses dos seus mandatários. Essa modalidade de crime, consagrada no meio rural, é uma herança do coronelismo - fenômeno decorrente do desdobramento da Guarda Nacional criada durante o Império, quando foram conferidos poderes de policiamento às oligaquias regionais. Trata-se de um recurso utilizado geralmente para resolver litígios relacionados a questões de terras que não podem ser enfrentados pela via legal, como disputas políticas, desafetos pessoais e afetivos, desentendimentos com a vizinhaça ou dívidas pessoais. O chefe político do lugar é morto a tiros por um pistoleiro profissional e a cidade, localizada no sertão nordestino, passa a viver em clima de apreensão. Para solucionar o crime, um juiz é enviado da capital, a fim de realizar o inquérito, e também é assassinado. A história, porém, é centrada no drama de uma família pobre que se torna refém de elementos ligados ao Sindicato do Crime. Joaquim Pedro e Dona Severina pressentem o perigo que paira sobre a sua família mas, por estarem endividados, cedem ao pedido de Vicente Pitanga, chefe da criminalidade e mandante do assassinato do seu rival Chico Gregório, para acobertar o pistoleiro em sua casa. Gedeão e Joaninha, os seus filhos, participam atônitos à evolução do drama.

A fim de evitar que o pistoleiro conte sobre o assassinato, Vicente Gedeão manda matá-lo e também a Joaquim Pedro e Gedeão, que haviam sido presos para prestar esclarecimentos sobre o pistoleiro. Ao final, Joel, o filho mais velho de Joaquim Pedro, chega à cidade após passar um longo período dirigindo o seu caminhão pelas estradas. O personagem invisível, mas sempre presente, desde o início da história, é a organização Sindicato do Crime: a sua onipresença na localidade direciona as ações principais em que os personagens se envolvem, distribuindo pavor entre a população e alçando-o à condição de protagonista do filme.

Elenco[editar | editar código-fonte]

  • Margarida Cardoso
  • Horácio de Freitas
  • Eliane Giardini
  • Balduino Lélis
  • Edson Borges
  • Valderedo Paiva
  • Edgard Miranda
  • Ednaldo do Egypto
  • Glaura
  • João Lucena
  • Benedito de Oliveira
  • Mirócene Amorim
  • Zé Maria
  • Cynthio Cilaio Ribeiro

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