Olympio Guilherme
Olympio Guilherme (Bragança Paulista, 1902 – Rio de Janeiro, 1973) foi um ator, diretor de cinema, economista, escritor e jornalista brasileiro, considerado um dos primeiros do país a tentar carreira em Hollywood.
Índice
Biografia[editar | editar código-fonte]
Olympio era considerado um homem bonito, foi a primeira paixão de Pagu, musa do Modernismo no Brasil, e havia principiado no jornalismo junto a Cásper Líbero.[1]
Quando tinha pouco mais que vinte anos foi escolhido, junto a Lia Torá, em concurso realizado pelo estúdio Fox, cujo real objetivo era se promover no país; apesar de não conseguir uma carreira nos Estados Unidos, o estúdio lhe permitiu a realização de um filme em estilo documentário - Fome - que foi vetado pelo estúdio por considerá-lo deprimente num momento de crise.[1]

De volta ao Brasil Olympio estudou economia e foi trabalhar com Valentim Bouças na revista Observador Econômico; com a mudança de Bouças para os EUA Olympio passou a dirigir a revista, onde teve início a carreira jornalística de Carlos Lacerda.[1]
Em 1955 tornou-se comentarista econômico em programa da Rede Globo, que mais tarde lhe rendeu um livro.[2]
Morreu após levar Levou um tiro na boca, disparado pelo polêmico empresário Assis Chateaubriand, que o confundiu com um agressor. Deixou uma filha (Bonina Guilherme Moran), que foi conhecida pea sua família apenas após sua morte, quando o corpo era velado. [1]
Olympio tem um neto que e um cineasta britanico e locutor de radio chamado Raphael Moran. [3] [4] [5]
O tiro de Chateaubriand[editar | editar código-fonte]
O biógrafo de Assis Chateaubriand, Fernando Morais, narra que o empresário da mídia havia realizado ataques pesados ao empresário Clito Bockel em seus jornais pois este passara a viver com sua ex-amante, Corita Cunha e, no dia seguinte, 27 de junho de 1941, participou da entrega de mais um avião de sua campanha "Dê Asas à Juventude" que efetuou a doação de milhares de aviões às cidades brasileiras; em meio à solenidade "Chatô" foi abordado por um militar que se identificou como irmão de Bockel e dele recebeu um soco; ao cair o empresário sacou seu revólver, efetuando vários disparos.[6]
Ao ver a cena, Olympio Guilherme acudiu Chateaubriand, de quem era amigo, mas este viu apenas o vulto que se aproximava e disparou contra sua cabeça, atingindo-lhe os dentes e indo a bala alojar-se na garganta, a poucos milímetros da medula; Morais conta que seu biografado ficara arrasado ao pensar que havia inicialmente assassinado, depois mutilado "a cara mais bonita do Brasil" e, finalmente, acreditado haver destruído seus dentes — no que seu subalterno Dario de Almeida Magalhães teria acalmado o atirador: "Quanto a isso o senhor pode se tranquilizar, doutor Assis. Acabamos de descobrir que eram dentes falsos, iguais aos de qualquer velhinho."[6]
Apesar da forte censura à imprensa da época, e dos esforços de Assis em acobertar o incidente, a notícia foi publicada por jornais concorrentes aos seus, causando grande escândalo.[6]
Filmografia[editar | editar código-fonte]

Guilherme participou dos seguintes filmes:
- The Low Necker (1927).
- Fome (1929, diretor)
- King of Jazz (1930)
Bibliografia do autor[editar | editar código-fonte]
Dentre os livros de Guilherme estão:
- Hollywood, Novela da Vida Real (1952)
- Estudos Americanos (em 4 volumes):
- À Margem da História e da Política Norte-Americana
- A Realidade Americana
- Homens e coisas Norte-Americanas
- A Revolução Capitalista Norte Americana
- URSS & USA
- Roboré- a luta pelo petróleo boliviano
- O Brasil e a Era Atômica
- A questão do Oriente Médio
Referências
- ↑ a b c d Luiz Nassif (27 de março de 2017). «Olympio Guilherme, um brasileiro em Hollywood». Jornal GGN. Consultado em 21 de maio de 2018. Cópia arquivada em 21 de maio de 2018
- ↑ institucional. «Olympio Guilherme, biografia». olympioguilherme.com. Consultado em 21 de maio de 2018. Cópia arquivada em 22 de maio de 2018
- ↑ https://www.raphaelmoran.co.uk/about
- ↑ https://www.imdb.com/name/nm9768026/bio?ref_=nm_ov_bio_sm
- ↑ http://www.meridianfm.com/raphael-moran/
- ↑ a b c Fernando Morais (1994). Chatô, o rei do Brasil 2ª ed. [S.l.]: Companhia das Letras. 735 páginas. ISBN 8571643962.
Episódio narrado da pág. 400 à 404.
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Olympio Guilherme (em inglês) no Internet Movie Database
- Olympio Guilherme — (Sítio Oficial)
- Olympio Guilherme — (Facebook Oficial)