Ondulipódio

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Diagrama transversal de uma cadeia de microtúbulos de axonemas presente em todos ondulipódios. 1-A. e 1-B. unidades de dímeros de Tubulina 2. Par central no interior da bainha central. 3. Braço interior e exterior de dineína. 4. Raio radial. 5. Nexina 6. Membrana plasmática

Undulipódio (do grego "pé oscilante") é um termo usado por alguns autores para distinguir o flagelo dos eucariotas daqueles dos procariotas que são mais simples, têm estrutura, composição protéica e mobilidade diferentes.[1] Este nome foi cunhado para diferenciar estruturas homólogas presentes na células procariotas. Estruturalmente, é um complexo de microtúbulos juntamente com proteínas motoras.[2][3]

Uso[editar | editar código-fonte]

O uso do termo é apoiado por Lynn Margulis,[4][5] especialmente para apoiar a sua teoria endossimbiótica.[6]Os cílios eucarióticos são estruturalmente idênticos aos flagelos eucarióticos, embora as distinções são por vezes feitas de acordo com a função e/ou comprimento.[7]

Os biólogos como Margulis defendem firmemente a utilização do nome, por causa das diferenças estruturais e funcionais aparentes entre os cílios e os flagelos das células procariotas e eucariotas. Eles argumentam que o nome de flagelos deve ser restrito apenas a organelas procariotas, como flagelos bacterianos e filamentos axiais das Spirochaetes.[8] No entanto, o termo geralmente não é endossado pela maioria dos biólogos, pois argumenta-se que o propósito original do nome não é suficiente para diferenciar os cílios de flagelos de eucariotos das células procariotas. Por exemplo, o conceito inicial foi a homologia trivial de flagelos de flagelados e pseudópodes de rizopóides. O consenso é o uso dos termos "cílios" e "flagelos" para todos os fins.[2][9]

Referências

  1. Eurico Cabral de Oliveira. Introdução à Biologia Vegetal Vol. 07. EdUSP; 1996. ISBN 978-85-314-0349-1. p. 24.
  2. a b Hülsmann N (1992). «Undulipodium: End of a useless discussion». European Journal of Protistology. 28 (3): 253–257. PMID 23195228. doi:10.1016/S0932-4739(11)80231-2 
  3. Margulis L, Lovelock JE. «CP-2156 Life In The Universe: Atmospheres and Evolution». history.nasa.gov. Consultado em 8 de julho de 2013 
  4. Lynn Margulis; Dorion Sagan. O Que É Sexo?. Jorge Zahar Editor Ltda; 2002. ISBN 978-85-7110-642-0. p. 82.
  5. Lynn Margulis; Dorion Sagan. O Que É Vida?. Jorge Zahar Editor Ltda; 2002. ISBN 978-85-7110-641-3.
  6. Sagan L (1967). «On the origin of mitosing cells». J Theor Biol. 14 (3): 255–274. PMID 11541392. doi:10.1016/0022-5193(67)90079-3 
  7. Haimo LT, Rosenbaum JL (1981). «Cilia, flagella, and microtubules». J. Cell Biol. 91 (3 Pt 2): 125s–130s. PMC 2112827Acessível livremente. PMID 6459327. doi:10.1083/jcb.91.3.125s 
  8. Margulis L (1980). «Undulipodia, flagella and cilia». Biosystems. 12 (1-2): 105-108. PMID 7378551 
  9. Corliss JO (1980). «Objection to "undulipodium" as an inappropriate and unnecessary term». Biosystems. 12 (1-2): 109-110. PMID 7378552