Oney Borba

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Oney Barbosa Borba
Nascimento 20 de dezembro de 1915
Ponta Grossa, Paraná, Brasil
Morte 30 de dezembro de 2000 (85 anos)
Castro, Paraná, Brasil
Nacionalidade brasileira
Ocupação escritor, advogado

Oney Barbosa Borba (Ponta Grossa, 20 de dezembro de 1915Castro, 30 de dezembro de 2000) foi um advogado, jornalista, historiador, escritor e cronista brasileiro.[1] Era descendente do Coronel Telêmaco Augusto Enéas Morosini Borba.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Radicado na cidade de Castro, era filho de um funcionário público. Seu ensino secundário foi realizado na capital, Curitiba, onde estudou no Colégio Paranaense. No ensino superior. entrou para a Universidade do Paraná, no curso de Direito. Durante a graduação, participou do movimento estudantil e em 1936, foi preso por suas convicções políticas. Recolhido ao Presídio do Ahú e depois transferido para o quartel dos bombeiros, escapou por uma das janelas e fugiu na Porto Alegre.[2]

Na capital gaúcha, participou do movimentos antigetulista liderado por José Antônio Flores da Cunha e novamente foi preso e transferido para o Rio de Janeiro. Após algum tempo na capital do Brasil, foi transferido para o Rio Grande do Sul e colocado em liberdade vigiada. Neste processo, fugiu para São Paulo e viveu na clandestinidade, com documentos falsos. Após a anistia aos presos políticos, retornou para Curitiba, retomando seus estudos.[2]

No início da década de 1940, bacharelou-se em Direito e retornou para Castro para exercer a profissão de advogado. Enter 1946 e 1947, foi promotor público na cidade de Tibagi.[2]

Na década de 1950, começou a escrever para jornais locais, sem deixar de lado sua atividade advocatícia. Com as pesquisas desenvolvidas em processos relacionados a inventários familiares, passou a desenvolver pesquisas relacionadas à produção historiográfica regional.[2]  

No Castro Jornal, encontrou a melhor fonte para pesquisar e escrever sobre a história do Paraná, despontando na comunidade como uma das mais raras memórias da pesquisa histórica, escrevendo duas dezenas de livros, além de produções acadêmicas e pesquisas para o IHGEP.[1][2]

Foi integrante do Instituto Histórico Geográfico e Etnográfico Paranaense (IHGEP), com o qual colaborou com uma coletânea de Causos da Nossa Gente, e pertenceu ao Centro de Letras do Paraná e a Academia de Letras dos Campos Gerais.[2][3] Recebeu em 1995 o título de Cidadão Honorário de Castro.[1]

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Povoadores dos Campos Gerais (1969)[2][4]
  • Marginalismo Sertanejo (1970)[2]
  • Pequena História de Castro (1972)[2]
  • Telêmaco Mandava Matar (1972)[2]
  • Casos e Causos Paranaenses (1972)[4]
  • O Breve (1978)[2]
  • Livros do Ouvidor (1979, Boletim do IHGEP)[2]
  • Causos da nossa gente (1982, Boletim do IHGEP)[2]
  • Nica: Nicuta, Nicata, Nicucha (1982)[1][5]
  • Quinzelas entre o Padre Chagas e os Povoadores de Guarapuava (1983, Boletim do IHGEP)[2]
  • Preconceitos e Violência (1984)[2]
  • Os Iapoenses (1986)[4]
  • Telêmaco Mandava Matar (1987, 2ª Edição)[2]
  • Revolta dos Escravos nos Campos Gerais (1987)[2]
  • Tropeirismo Paranaense (1990, Boletim do IHGEP)[2]
  • Sequelas do atentado contra a vida do coronel José Felix da Silva Passos (1995)[2]
  • Vila de Socavão (1995)[2]
  • Casos e Causos Paranaenses (1997, 2 ª Edição)[2]

Referências

  1. a b c d «Homenageados no ano de 1995». Câmara Municipal de Castro. 13 de março de 2015. Consultado em 21 de janeiro de 2021 
  2. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v «Livro História da historiografia paranaense: matrizes & mutações, de Antonio Paulo Benatte e Cesar Leonardo Van Kan Saad». Google Books. Consultado em 2 de abril de 2020 
  3. «Curiosidades». Academia Paranaense de Letras. Consultado em 21 de janeiro de 2021 
  4. a b c «Bibliografia sobre o tropeirismo» (PDF). Secretaria de Estado da Cultura do Paraná. Consultado em 21 de janeiro de 2021 
  5. «Nica Nicuta, Nicata, Nicunha.». Biblioteca Pública Municipal Machado de Assis - Arapongas. Consultado em 21 de janeiro de 2021