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Oração coordenada: diferenças entre revisões

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== Classificação ==
== Classificação ==


'''1. Estou a comprar um protetor solar.'''
'''1. Estou a comprar um pinto de borracha.'''


'''2. Vou à praia.'''
'''2. Vou à praia.'''

Revisão das 13h29min de 15 de abril de 2014

O período é composto por coordenação quando tem orações equivalentes, mas sem dependência uma da outra. São sintaticamente independentes. As orações coordenadas podem estar simplesmente justapostas, isto é, colocadas uma ao lado da outra sem qualquer conectivo que as enlace, este tipo de oração coordenada chama-se assindética. Quando orações coordenadas são ligadas por uma conjunção coordenativa são classificadas como sindéticas.

Exemplos:

  • "Será uma vida nova, começará hoje, não haverá nada para trás." (oração coordenada assindética)
  • "A Grécia seduzia-o, mas Roma dominava-o." (oração coordenada sindética adversativa)

Classificação

1. Estou a comprar um pinto de borracha.

2. Vou à praia.

  • Separando as duas, vemos que elas são independentes.
  • É desse tipo de período que iremos falar agora: o Período Composto por Coordenação.
  • Quanto à classificação das orações coordenadas, temos dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas Sindéticas.
  • Coordenadas Assindéticas
    • São orações coordenadas entre si e que não são ligadas através de nenhum conectivo. Estão apenas justapostas.
  • Coordenadas Sindéticas
    • Ao contrário da anterior, são orações coordenadas entre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coordenativa.
  • As orações coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alternativas, explicativas e conclusivas.

Vejamos a seguir:

Aditivas

Estabelecem, em relação à oração anterior, uma ideia de acréscimo, adição.

  • Principais: e, nem, mas também, como (após "não só"), como ou quanto (após "tanto"), ainda, outros sim, mais, que, etc.

Exemplos:

  • Vou almoçar e jantar na casa do Renato.
  • A menina não só chorava como também mostrava-se arrependida.

Adversativas

  • Principais: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante, senão, etc.

Exemplos:

  • Eu queria ir à praia, mas estava chovendo.
  • Ele falou, todavia não foi brilhante.

Alternativas

  • Principais: ou… ou, ora… ora, já… já, quer… quer, seja… seja, nem… nem, etc.

Exemplos:

  • Ora quer ir à praia, ora quer ir ao shopping.
  • Aceitarás minha proposta ou farás outra?

Explicativas

  • Principais: que, porque, porquanto, por, como, pois (anteposto ao verbo), ou seja, isto é.

Exemplos:

  • Fui à praia, pois o shopping estava lotado.
  • Saiam daqui, porque estão atrapalhando a passagem.

Conclusivas

  • Principais: pois (posposto ao verbo), logo, portanto, então, por conseguinte, por consequência, assim, desse modo, destarte, com isso, por isto, consequentemente, de modo que, por.

Exemplos:

  • João e eu fomos namorar, portanto, não devemos voltar logo.
  • São crianças, logo precisam brincar.

Orações independentes

São também definidas como orações sintaticamente independentes umas das outras, relacionadas entre si pelo sentido. Vale dizer que o processo de coordenação, também chamado de parataxe, (assim como o de subordinação) ocorre em períodos compostos estruturados, ou seja, que não seja constituído por frases de contexto ou frases de situação.

O processo de coordenação engloba também a justaposição.

  • Exemplo: João Paulo almoçou, repetiu e gostou.

Onde:

Os verbos repetir e gostar, das orações acima, têm como sujeito elíptico ou desinencial "João Paulo", e como complemento verbal "almoço". Veja abaixo:

  • "João Paulo almoçou";
  • "João Paulo repetiu o almoço";
  • "João Paulo gostou do almoço".

Observações importantes

As preposições (que possuem função de conjunção) no entanto, contudo e todavia vêm frequentemente precedidas pela conjunção e. Exemplo disso é a oração Vive hoje na maior miséria e, no entanto, já possuiu uma das maiores fortunas deste país.

Em função da precedência da conjunção e, fica difícil classificar a coordenação como aditiva (conjunção e) ou como adversativa (conjunção no entanto). Por isso, caso seja suprimida a conjunção e, no entanto assume forma de conjunção, sendo por isso uma coordenação adversativa. Permanecendo a frase como está, existe coordenação aditiva, sendo no entanto um advérbio, devendo sempre vir entre vírgulas. Este raciocínio serve também para entretanto, todavia e não obstante.

As conjunções explicativas pois e porque relacionam as orações de forma que a segunda apresenta a explicação, razão ou justificativa do que se expõem na primeira oração. Similarmente, as conjunções conclusivas logo, pois, portanto relacionam as orações de sorte que o que se afirma na segunda oração seja consequência do que ocorre na primeira.

As locuções adverbiais por consequência e por conseguinte funcionam como conjunções conclusivas.

Ver também