Pereskia aculeata: diferenças entre revisões
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'''Ora-pro-nobis''' (''Pereskia aculeata''), do [[latim]] "'' |
'' 'Ora-pro-nobis''' (''Pereskia aculeata''), do [[latim]] "''pica por nós''", é uma [[cactácea]], um [[cacto]] trepadeira com folhas.<ref name="em">Silveira, Georgeton. (18 de agosto de 2008). ''Cultivo do ora-pro-nóbis''. Jornal ''[[Estado de Minas]]''</ref> Tem [[Espinho (botânica)|espinho]]s e pode ser usada em cercas-vivas, se desenvolvendo bem tanto à sombra como ao sol. |
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Originária do continente americano, encontram-se variedades nativas dessa hortaliça perene, rústica e resistente à seca da Flórida, nos Estados Unidos, à região sudeste do Brasil. |
Originária do continente americano, encontram-se variedades nativas dessa hortaliça perene, rústica e resistente à seca da Flórida, nos Estados Unidos, à região sudeste do Brasil. |
Revisão das 21h57min de 14 de julho de 2013
Ora-pro-nobis | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Pereskia aculeata |
'Ora-pro-nobis' (Pereskia aculeata), do latim "pica por nós", é uma cactácea, um cacto trepadeira com folhas.[1] Tem espinhos e pode ser usada em cercas-vivas, se desenvolvendo bem tanto à sombra como ao sol.
Originária do continente americano, encontram-se variedades nativas dessa hortaliça perene, rústica e resistente à seca da Flórida, nos Estados Unidos, à região sudeste do Brasil.
Segundo tradições populares, o nome teria sido criado por pessoas que colhiam a planta no quintal de um padre, enquanto ele rezava em latim: Ora pro nobis.
O nome científico é uma homenagem ao cientista francês Nicolas-Claude Fabri de Peiresc, e o termo aculeata vem do latim e significa espinho, agulha.
Acredita-se que o cultivo em larga escala do ora-pro-nobis poderia representar uma revolução nos recursos alimentícios da humanidade, devido a seu fácil cultivo, grande produção e alto valor nutricional.
Gastronomia
É um vegetal rico em ferro, ajuda a curar anemias das mais graves. Usa-se como o orégano, em forma de folha seca e moída. Também usada no preparo da farinha múltipla, complemento nutricional no combate à fome.
Suas folhas são ricas em mucilagem, que contribui para o bom funcionamento do intestino.
As folhas secas e moídas são usadas em diferentes receitas, especialmente em sopas, omeletes, tortas e refogados. Muita gente prefere consumir as folhas cruas em saladas, acompanhando o prato principal. Outros as usam como mistura para enriquecer farinha, massas e pães em geral. É servido cotidianamente nas cidades históricas do estado de Minas Gerais, onde a planta é mais popular.
Ainda há o emprego para a produção de mel e possui 25,4% de proteínas, sendo por isso conhecido como "carne dos pobres", vitaminas A, B e C bem como, além do ferro, minerais como cálcio e fósforo.[1][2]
Cultivo
A variedade tem flores brancas, quando é mais adequada para consumo,[1] e suas folhas podem ser ingeridas refogadas ou mesmo cruas, as flores também são comestíveis. A variedade comestível tem miolo alaranjado e folhas pequenas e suculentas.[3]
A ora-pro-nóbis é propagada por meio de estacas plantadas em solo fértil enriquecido matéria orgânica e, depois de enraizadas, são transplantadas para o local definitivo.
Serve também para alimentação animal, in natura ou na ração, barateando os custos da produção.
O ora-pro-nobis não pode ser confundido com a grandiflora ou a bleo que têm flores rosa (muito comuns no Brasil, e difíceis de serem diferenciadas sem a florada).
No Brasil
Encontrado em diversos estados do Brasil, em algumas localidades atingiu o status de ingrediente culinário, onde é refogado com vários tipos de carnes e é empregado em ensopados.[3]
Na cidade de Sabará, existe o Festival do Ora-pro-nobis, onde é comum utilizar a cactácea para pratos culinários. Em Sabará também teria surgido a lenda de que o nome ora-pro-nobis é uma referência a uma lenda que em uma época em que pessoas colhiam a planta no quintal da casa de um pároco, ele sempre rezava uma ladainha.[3]
Em Tiradentes, outra cidade brasileira de Minas Gerais, também há restaurantes que utilizam a ora-pro-nobis, sendo apreciado o frango com ora-pro-nobis.
Referências
- ↑ a b c Silveira, Georgeton. (18 de agosto de 2008). Cultivo do ora-pro-nóbis. Jornal Estado de Minas
- ↑ Folha de S.Paulo. (14 de junho de 2001). Boquiaberto - Proteína verde das Gerais
- ↑ a b c Botelho, Rachel. (10 de maio de 2007). Típico da cozinha mineira, ora-pro-nóbis é protéico. Jornal Folha de S.Paulo
Ligações externas
- «Melissotróficas»
- «Jardim de Flores». Ora-pro-nobis: a planta que dá pão