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Em 2003, pouco após a sua morte, acontece o maior Quarup que se tem notícia


==Ligações externas==
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Orlando Villas-Bôas
Orlando Villas-Bôas
Orlando Vilas-Boas e um índio do povo Ikpeng ("Txikão"), no segundo contato, em 1967
Nascimento 12 de janeiro de 1914
Santa Cruz do Rio Pardo
Morte 12 de dezembro de 2002 (88 anos)
São Paulo
Nacionalidade brasileiro(a)
Ocupação sertanista

Orlando Villas-Bôas (Santa Cruz do Rio Pardo, 12 de janeiro de 1914São Paulo, 12 de dezembro de 2002) foi um sertanista brasileiro.[1]

Biografia

Aos 29 anos resolveu trocar o emprego e a vida na cidade pela selva. Orlando Villas-Bôas dedicou grande parte de sua vida à defesa dos povos da selva.

Era o mais velho e último dos irmãos Villas-Bôas - Cláudio, Leonardo e Álvaro. Com Cláudio e Leonardo, Orlando fez o reconhecimento de numerosos acidentes geográficos do Brasil central. Em suas andanças, os irmãos abriram mais de 1.500 quilômetros de picadas na mata virgem, onde surgiram vilas e cidades. Foi indicado duas vezes para o Prêmio Nobel da Paz, com Cláudio, em 1971 e, em 1976, pelo resgate das tribos xinguanas.

Os irmãos lideraram a Expedição Roncador-Xingu, iniciada em 1943 e que depois de 24 anos deixou em seu rastro mais de 40 novas cidades, 19 campos de pouso e o Parque Nacional do Xingu, criado por lei em 1961, com a ajuda do antropólogo Darcy Ribeiro. Na expedição, Orlando, Cláudio, Leonardo e Álvaro mapearam os seus encontros com catorze tribos indígenas, conseguindo permissão tácita para instalar as bases da Fundação Brasil Central. Cuidadosos, eles souberam agir contra ideias militaristas ou contra a ação de especuladores.

Crítico da influência do homem branco, Orlando destacava que 400 anos depois do início da colonização europeia, cada uma das tribos assentadas às margens do Xingu mantinha sua própria cultura e identidade.

Orlando e seus irmãos ajudaram a consolidar o Parque Indígena do Xingu com o apoio do marechal Rondon, de Darci Ribeiro e do sanitarista Noel Nutels. Orlando chegou, em 1961, a administrar o Parque, onde hoje vivem cerca de cinco mil e quinhentos índios de catorze etnias diferentes.

Publicou catorze livros. Algumas das aventuras da expedição Roncador-Xingu foram contadas em "A marcha para o Oeste", escrito com Cláudio. Já no fim da vida, Orlando começou a escrever uma autobiografia lançada após seu falecimento.

Foi demitido da Funai, órgão que ajudou a criar, em fevereiro de 2000 pelo seu então presidente, Carlos Marés de Souza. A demissão causou revolta da opinião pública e retratação formal do presidente Fernando Henrique Cardoso.[2]

Morreu aos 88 anos, em 2002, no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, por falência múltipla dos órgãos.

Homenagens

Orlando Villas-Bôas recebeu diversas homenagens em razão do trabalho desenvolvido, dentre elas:

Da esquerda para a direita: Willy Brandt (ex-chanceler alemão e Nobel da Paz), Richard von Weizsäcker, presidente da Alemanha, e Orlando Vilas-Boas, em 1984 na Alemanha.
  • As mais altas condecorações brasileiras, como o “Grau Oficial da Ordem do Rio Branco” e "Grão Mestre da Ordem Nacional do Mérito" entre outras;
  • Membro do "The Explorers Club of New York" ;

Recebeu, ainda, cinco títulos "Doutor Honoris Causa" de universidades estaduais e federais brasileiras e algumas dezenas de títulos de cidadãos honorários de diferentes cidades brasileiras.

Em 2001 foi homenageado como enredo pela escola de samba Camisa Verde e Branco.

Referências

  1. Segundo algumas fontes, Orlando teria nascido em Botucatu, no interior de São Paulo, embora registrado em Santa Cruz do Rio Pardo, município do qual seu pai, Agnelo, era prefeito entre 1914 e 1916.
  2. Morre o sertanista Orlando Villas Boas. Época, 12 de dezembro de 2002.

Em 2003, pouco após a sua morte, acontece o maior Quarup que se tem notícia

Ligações externas