Panait Istrati

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Panait Istrati
Panait Istrati
Panait Istrati
Nascimento 10 de agosto de 1884
Brăila, Roménia
Morte 18 de abril de 1935 (50 anos)
Bucareste, Roménia
Nacionalidade Romênia Romeno
Ocupação Escritor

Panait Istrati ou Panaït Istrati (10 Agosto 1884 – 18 Abril 1935) foi um escritor romeno que escreveu sobretudo em francês.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu em Brăila, filho de Joiţa Istrate, uma lavadeira, e um contrabandista grego da Cefalónia (que ele nunca conheceu). Ele estudou apenas seis anos de escola primária (tendo repetido dois anos) e começou de seguida a trabalhar, primeiro numa taverna e depois em vários trabalhos, incluindo vendedor ambulante. Apesar da sua curta educação, ele era um grande leitor e começou a escrever por volta de 1907, enviando artigos e contos curtos para jornais socialistas. Istrati envolveu-se seriamente em política, defendendo ideais socialistas, organizando greves e escrevendo artigos.

Istrati levou uma vida de aventura, em 1910 ele inicia a sua vida de viajante, tendo viajado por Bucareste, Istambul, Cairo, Nápoles e Paris (1913-14). Ele sofre de tuberculose e faz uma estadia na Suíça com a intenção de se tratar. Foi aqui que ele faz amizade com Josué Jéhouda que se torna seu professor de francês. Em 1915 volta à Roménia por um período curto onde se dedica a criar porcos. Estes anos de viagens foram marcados por dois casamentos infelizes e longos períodos de vagabundagem.

Vivendo na miséria, doente e deprimido, ele tenta suicidar-se sem sucesso em 1921. Depois desta tentativa, ele escreve ao escritor francês Romain Rolland, por quem tem uma grande admiração. Rolland responde-lhe e fascinado pela vida aventurosa de Istrati incentiva-o a escrever. Em 1923 é publicado Kyra Kyralina (com prefácio de Rolland) o primeiro livro do ciclo Adrien Zograffi.

Em 1927, Istrati visita a União Soviética pela primeira vez, assistindo às celebrações da Revolução de Outubro. Ele volta a este país nos anos de 1928 e 1929, viajando desta vez extensivamente e tomando conhecimento directo dos excessos da ditadura estalinista. Ele escreve Vers l'autre flamme, confession pour vaincus, o primeiro livro a fazer a denúncia destes excessos. Ele foi assim o primeiro intelectual socialista a demonstrar a sua desilusão com o regime soviético, antes de Koestler, Gide, ou George Orwell. As suas críticas ao regime soviético geram problemas com os seus aliados socialistas.

Isolado e sem proteção, ele é várias vezes atacado pelo esquadrões da Guarda de Ferro, um grupo político ultra-nacionalista e fascista romeno que existiu de 1927 até ao final da II Guerra. Ele morre de tuberculose num sanatório em Bucareste.

Obras[editar | editar código-fonte]

Ciclo Adrien Zograffi[editar | editar código-fonte]

  • Kyra Kyralina (ou Chira Chiralina)
  • O tio Ângelo - no original Oncle Anghel
  • The Haiduks (ou The Bandits)
  • Presentation of the Haiduks (or Presentation of the Bandits)
  • Domnitza de Snagov

Infância de Adrien Zograffi[editar | editar código-fonte]

  • Codine (ou Codin, Kodin)
  • Michael (or Mikhaïl)
  • Mes Départs
  • The Sponge-Fisher

Vida de Adrien Zograffi[editar | editar código-fonte]

  • The Thüringer House
  • Le Bureau de Placement
  • Mediterranean (Sunrise)
  • Mediterranean (Sunset)

Outras obras[editar | editar código-fonte]

  • Kyr Nicolas
  • The Perlmutter Family
  • 'Nerantula (or Neranțula, Nerantsoula, Nerrantsoula)
  • The Thistles of the Bărăgan (or Ciulinii Bărăganului)
  • To the Other Flame and The Confession of a Loser
  • Tsatsa-Minnka'