Parides aglaope

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Classificação científica
Reino: Animal
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Papilionidae
Género: Parides
Espécie: P. aglaope
Nome binomial
Parides aglaope
(Gray, [1853])[1]
Sinónimos[2]
  • Papilio aglaope (Gray, [1853])
  • Papilio lysimachus (Honrath, 1888)
  • Papilio aglaope ecaudatus (Joicey & Talbot, 1924)
  • Papilio callicles (Bates, 1861)

Parides aglaope, popularmente chamada rabo-de-andorinha,[3] é uma espécie de borboleta neotropical da família dos papilionídeos (Papilionidae). É endêmica do Brasil, sul do Peru e Bolívia.[4][2]

Descrição[editar | editar código-fonte]

O macho de Parides aglaope apresenta asas primárias de um preto azulado profundo, com os cumes mais claros; uma faixa oblíqua azul acinzentada começa no meio do margam interno e se estende até a nervura mediana entre o primeiro e o segundo nervos medianos; esta faixa tem em seu lado externo, entre o segundo e o terceiro nervo mediano, uma mancha quadrada branca. As asas secundárias são totalmente pretas azuladas, com a margem externa entre as dentaduras estreitamente delimitadas por escarlate; uma faixa curva transversal de quatro manchas escarlates longitudinais, com a parte anterior mais obscura, atravessa a asa; os três primeiros da margem interna são de tamanho igual, mas o quarto é menor e um tanto quadrado. A superfície inferior das asas primárias é preta, com os cumes mais claros e com duas manchas brancas entre o primeiro e o terceiro nerrales, mais próximo da nervura mediana do que da margem externa. A superfície inferior das asas secundárias é preta, tendo uma faixa curva transversal de cinco pequenas manchas rosadas, com a terceira e a quarta maiores que as outras.[1]

Por sua vez, a fêmea apresenta asas primárias pretas acastanhadas, com os cumes mais claros e a margem externa ornamentada com minúsculas manchas brancas; uma faixa oblíqua de quatro manchas brancas desiguais, situadas entre o segundo nervo discoidal e a nervura submediana; viz. um acima do primeiro nervo mediano e aquele abaixo do terceiro nervo mediano são muito pequenos, enquanto os outros dois entre eles são grandes e subquadrados. As asas secundárias são pretas acastanhadas, com a margem externa entre as dentaduras brancas; uma faixa curva transversal de sete pontos de pmk pálido; viz. dois pontos no ângulo anal são unidos e subquadrados, o terceiro e o quarto são grandes e oblongos, enquanto os outros diminuem gradualmente de tamanho até o sétimo, que é muito pequeno. A superfície inferior das asas primárias é como a parte superior, tanto na cor quanto na marcação. A superfície inferior das asas secundárias é semelhante à parte superior, mas as manchas são branco-rosadas, com a porção posterior de cada uma e a do ângulo anal inteiramente rosa.[1]

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

Parides panthonus é um membro do grupo de espécies aeneas. Os membros são:[5]

Subespécies[editar | editar código-fonte]

Atualmente são reconhecidas cinco subespécies:[2]

Conservação[editar | editar código-fonte]

Em 2007, Parides aglaope (sob a subespécie abolida P. p. aglaope) foi classificada como vulnerável na Lista de espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção do Estado do Pará;[7] em 2018, também sob a subespécie abolida P. p. aglaope, com a rubrica de "dados insuficientes" no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[3] A subespécie Parides aglaope castilhoi (ainda com o nome de P. p. castilhoi), em 2014, constou como em perigo no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo[8] e criticamente em perigo no anexo dois (invertebrados) da Lista Oficial da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção da Portaria MMA Nº 148, de 7 de junho de 2022.[9]

Referências

  1. a b c Gray, George Robert (1852). «Catalogue of lepidopterous insects in the collection of the British Museum». Londres: order of the Trustees 
  2. a b c Savela, Markku. «Parides aglaope (Gray, [1853])» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 27 de abril de 2023. Cópia arquivada em 19 de janeiro de 2022 
  3. a b «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  4. Cohlins, N. Mark; Morris, Michael G. (1985). Threatened Swallowtai lButterflies of the World The IUCN Red Data Book. Glande, Suíça: União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN) 
  5. Möhn, Edwin (2007). Butterflies of the World. Part 26: Papilionidae XIII. Keltern, Bade-Vurtemberga: Goecke & Evers 
  6. «Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Lepidópteros Ameaçados de Extinção» (PDF). Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Série Espécies Ameaçadas (13): 66. Cópia arquivada (PDF) em 26 de abril de 2022 
  7. Extinção Zero. Está é a nossa meta (PDF). Belém: Conservação Internacional - Brasil; Museu Paraense Emílio Goeldi; Secretaria do Estado de Meio Ambiente, Governo do Estado do Pará. 2007. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022 
  8. Bressan, Paulo Magalhães; Kierulff, Maria Cecília Martins; Sugleda, Angélica Midori (2009). Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo - Vertebrados (PDF). São Paulo: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA - SP), Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 25 de janeiro de 2022 
  9. «Portaria MMA N.º 148, de 7 de junho de 2022» (PDF). Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente (MMA). Consultado em 14 de abril de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 1 de março de 2023