Pioderma gangrenoso

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Pyoderma gangrenosum
Pioderma gangrenoso
Pioderma gangrenoso na perna de paciente com doença de Crohn.
Especialidade dermatologia
Classificação e recursos externos
CID-10 L88
CID-9 686.01
CID-11 2120746218
DiseasesDB 11064
eMedicine article/1123821
MeSH D017511
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Pioderma gangrenoso (do grego Pyoderma Gangrenosum, gangrena purulenta cutânea) é uma doença de pele rara, crônica e muitas vezes recorrente, associada a doenças crônicas na maioria dos pacientes. É caracterizada por lesões cutâneas ulceradas e dolorosas, de evolução rapidamente progressiva, vermelhas e salpicadas.[1]

Causas[editar | editar código-fonte]

A etiologia é incerta, mas na maioria (50 a 70%) das vezes está associada com uma doença inflamatória intestinal (colite ulcerativa ou doença de Crohn), neoplasia maligna, artrite ou doenças do sangue como leucemia. Acredita-se que decorre de um mal funcionamento da quimiotaxia de neutrófilos, alterando mediadores celulares como IL-8, IL-1β, IL-6, interferon γ, G-CSF, TNF, MMP)-9, MMP-10 e/ou Elafin.[2]

A pioderma gangrenosa pode ser desencadeada por as lesões surgem após traumas simples, como injeções, picadas de insetos, biópsias ou incisões cirúrgicas por patergia. Provavelmente como reação de hipersensibilidade.[1]

Sinais e sintomas[editar | editar código-fonte]

Forma atípica, nas costas e nos braços de um adulto.

A lesão inicial costuma ser o aparecimento de um nódulo profundo ou de uma pústula superficial, desencadeada por uma pequena lesão, que se rompe e forma progressivamente uma úlcera maior com necrose e bordas irregulares. Tipicamente afeta as pernas ou nádegas e pode aparecer junto com febre, dores musculares e articulares, sangramentos e ulceração. [1]

Epidemiologia[editar | editar código-fonte]

Estima-se que sua incidência ocorra entre 3 a 10 casos por milhão de pessoas/ano. Pode se manifestar em qualquer idade, sendo mais comum no adulto entre 25-54 anos, raro (3-4%) em crianças e afeta mulheres com um pouco mais de frequência do que homens.[1]

Tratamento[editar | editar código-fonte]

A terapia para pioderma gangrenoso tem como objetivo limitar a destruição tecidual, promover a cura da ferida e obter um bom resultado estético. Envolve o uso de anti-inflamatórios corticosteroides que também atuam como imunossupressores combinados com antibióticos e antimicóticos. Por exemplo, A aplicação tópica de clobetasol, mupirocina e gentamicina alternado com tracolimo pode ser eficaz. O prognóstico é geralmente bom, no entanto, frequentemente reaparece ou deixa cicatrizes permanentes.[1]

Referências

  1. a b c d e KONOPKA, Clóvis Luíz et al. Pioderma Gangrenoso: um Artigo de Revisão. J. vasc. bras. [online]. 2013, vol.12, n.1 [cited 2016-04-27], pp.25-33. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-54492013000100006&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1677-5449. http://dx.doi.org/10.1590/S1677-54492013000100006.
  2. Patel F, Fitzmaurice S, Duong C, He Y, Fergus J, Raychaudhuri SP, Garcia MS, Maverakis E (2015). "Effective strategies for the management of pyoderma gangrenosum: a comprehensive review.". Acta Derm Venereol 95 (5): 525–31. doi:10.2340/00015555-2008. PMID 25387526.