Planta exótica: diferenças entre revisões
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Outro elemento é a pura competição entre espécies. Existem muitos casos graves como o da alga Caulerpa antes mencionado. Ou, por exemplo, algumas espécies de [[trepadeira|trepadeiras]] exóticas que simplesmente proliferam em demasia e debilitam a flora nativa crescendo excessivamente, sombreando e/ou estrangulando o seu hospedeiro até a morte. |
Outro elemento é a pura competição entre espécies. Existem muitos casos graves como o da alga Caulerpa antes mencionado. Ou, por exemplo, algumas espécies de [[trepadeira|trepadeiras]] exóticas que simplesmente proliferam em demasia e debilitam a flora nativa crescendo excessivamente, sombreando e/ou estrangulando o seu hospedeiro até a morte.. |
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Revisão das 10h48min de 21 de outubro de 2011
Planta exótica é aquela dada como proveniente de fora da flora original local. Ou seja, uma planta exótica, não é autóctone do ambiente nativo. Também diz-se que uma planta exótica é estrangeira, não é indígena.
Em muitos lugares do mundo as plantas exóticas causam desequilíbrios no ecossistema local e são consideradas como espécies invasoras. Em casos extremos, chegam a provocar a extinção de espécies animais e vegetais nativos da região aonde estas prosperam.
Muitas plantas exóticas foram introduzidas em novos territórios. Inicialmente como plantas ornamentais, para controle de erosão, alimentação, ou exploração florestal. Se uma exótica se tornará uma espécie invasora é raramente entendido no começo. Assim, muitas plantas ornamentais não nativas são comercializadas durante anos até que repentinamente se naturalizaram e tornam-se espécies invasoras.
Alimentação e Medicina
Pêssegos, por exemplo, tem origem na China, e foram transportados para a maior parte do mundo habitado. Os tomates são nativos dos Andes. Abóboras, milho e a batata são nativos das Américas, mas foram introduzidos no Velho Mundo.
Muitas espécies introduzidas requerem contínua intervenção humana para sobreviver no novo ambiente. Outras podem tornar-se selvagens, mas não competir seriamente com as nativas e simplesmente aumentar a biodiversidade da área.
A erva japonesa Polygonum coccineum cresce abundantemente em muitas nações. O ser humano a introduziu em muitos lugares no século 19. É uma fonte de Resveratrol, um suplemento dietético e usado na Medicina Chinesa para tratamento de infecções urinárias.
Ornamentação e Invasoras
Dente-de-leão (Taraxacum officinale) é uma exótica introduzida nas Américas. Também usada na alimentação e medicina (fitoterapia), é uma espécie versatilmente útil. Ainda que ornamental, raramente é cultivada devido à sua facilidade de dispersão e adaptabilidade, sendo por isso também considerada invasora.
A exótica Palmeira-imperial (Roystonea oleracea), apreciada pelo seu belo porte, é nativa das Antilhas, norte da Venezuela e nordeste da Colômbia[1]. Foi introduzida no Brasil à época de Dom João VI para ornamentação paisagística e difundida no país.
O arbusto Tojo (Ulex europaeus) da Escócia, originalmente uma planta ornamental de jardim, foi introduzido na Nova Zelândia para a mesma finalidade. Como o pinheiro Monterey, mostrou-se favorecido pelo novo clima. É, no entanto, considerada como uma planta nociva, que ameaça destruir plantas nativas em grande parte do país e é, portanto, rotineiramente erradicada, embora possa também oferecer um ambiente de viveiro para as mudas das plantas nativas.
Utilizada em aquários ornamentais, uma espécie marinha muito problemática, no sul da Europa, é a alga Caulerpa taxifolia. A Caulerpa foi observada, pela primeira vez, no mar Mediterrâneo em 1984, ao largo da costa de Mônaco. Em 1997, ela havia coberto cerca de 50 km ². Ela tem um forte potencial para super crescimento nos biótopos naturais, e representa um grande risco para os ecossistemas sublitorâneos. A origem da alga no Mediterrâneo foi teorizada como uma migração através do Canal de Suez no Mar Vermelho, ou como introdução acidental através de aquários descartados no mar.
Exploração florestal
Na Nova Zelândia, o maior cultivo comercial é de Pinus radiata. Nativo da Califórnia, o pinheiro Monterey, cresce tão bem na Nova Zelândia quanto na Califórnia. No entanto, as florestas de pinheiros são também ocupados por veados americanos e europeus e gambás da Austrália. Todas são espécies exóticas e todas prosperaram no ambiente da Nova Zelândia. Os pinheiros são considerados benéficos, enquanto que os cervos e os gambás são consideradas pragas sérias.
No Brasil os Eucaliptos australianos e pinheiros norte-americanos são largamente cultivados, mas também são inadequados à fauna local.
Riscos
Espécies exóticas podem trazer uma forma de extinção de plantas nativas por hibridação e "introgressão"[2], quer através da introdução intencional por seres humanos ou através da modificação do hábitat, quando se colocam em contato com as indígenas, especialmente aquelas antes regionalmente isoladas. Estes fenômenos podem ser particularmente prejudiciais para a espécie rara que contata exóticas mais numerosas, cruza com elas e tem, todo o seu raro genoma, geneticamente inundado na criação de híbridos. Portanto, conduzindo todo o estoque de raça autóctone à completa extinção.
Ainda que algum grau de transmissão genética possa ser um normal, processo evolutivo e construtivo, já a hibridação com ou sem introgressão pode, contudo, ameaçar a existência de uma espécie rara.
Agravando esta questão, está o fato de que a dimensão deste problema nem sempre é evidente a partir de aspectos morfológicos (aparência externa da espécie).
Outro elemento é a pura competição entre espécies. Existem muitos casos graves como o da alga Caulerpa antes mencionado. Ou, por exemplo, algumas espécies de trepadeiras exóticas que simplesmente proliferam em demasia e debilitam a flora nativa crescendo excessivamente, sombreando e/ou estrangulando o seu hospedeiro até a morte..
Existe ainda o problema da introdução de novas moléstias vegetais. Doenças como o cancro de castanheira, disseminada por exóticas introduzidas na América do Norte, quase eliminaram a Castanheira Americana (Castanea dentata) de seu hábitat. A Grafiose, doença trazida pelo Olmo holandês reduziu extremamente os olmos nativos americanos (Ulmus americana). Videiras européias foram vítimas de parasitas nas Américas e no final estes mesmos parasitas se disseminaram e ameaçaram os vinhedos europeus.
Ver também
Notas
- ↑ Enciclopédia Ilustrada 2200 Plantas e Flores, Ed. Europa 2007, Vol. I, p.120
- ↑ Hybridization and Introgression; Extinctions; from "The evolutionary impact of invasive species; by H. A. Mooney and E. E. Cleland" Proc Natl Acad Sci U S A. 2001 May 8; 98(10): 5446–5451. doi: 10.1073/pnas.091093398. Proc Natl Acad Sci U S A, v.98(10); May 8, 2001, The National Academy of Sciences
Referências
- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – Universidade Estadual de Campinas
- A contaminação biológica por plantas exóticas invasoras, Christiane Tigges – Sociedade Chauá
- Publicação PDF - Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental
- Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental
- C. Michael Hogan. 2010. Alien species topic ed. Mark Mcginley; ed-in-chief Cutler Cleveland, National Council of Science and the Environment, Washington DC
- Glossary: definitions from the following publication: Aubry, C., R. Shoal and V. Erickson. 2005. Grass cultivars: their origins, development, and use on national forests and grasslands in the Pacific Northwest. USDA Forest Service. 44 pages, plus appendices.; Native Seed Network (NSN), Institute for Applied Ecology, 563 SW Jefferson Ave, Corvallis, OR 97333, USA
- Extinction by Hybridization and Introgression; by Judith M. Rhymer , Department of Wildlife Ecology, University of Maine, Orono, Maine 04469, USA; and Daniel Simberloff, Department of Biological Science, Florida State University, Tallahassee, Florida 32306, USA; Annual Review of Ecology and Systematics, November 1996, Vol. 27, Pages 83-109 (doi: 10.1146/annurev.ecolsys.27.1.83), [1]
- Genetic Pollution from Farm Forestry using eucalypt species and hybrids; A report for the RIRDC/L&WA/FWPRDC; Joint Venture Agroforestry Program; by Brad M. Potts, Robert C. Barbour, Andrew B. Hingston; September 2001; RIRDC Publication No 01/114; RIRDC Project No CPF - 3A; ISBN 0 642 58336 6; ISSN 1440-6845; Australian Government, Rural Industrial Research and Development Corporation