Ponte Ferroviária de Abrantes
Ponte Ferroviária de Abrantes | |
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Ponte ferroviária de Abrantes | |
Arquitetura e construção | |
Material | ferro |
Estilo arquitetônico | Ponte ferroviária |
Design | Ponte de Treliças |
Término da construção | 1889 |
Data de abertura | 1891 |
Comprimento total | 427,7 m |
Geografia | |
Via | Linha da Beira Baixa |
Cruza | Rio Tejo |
Localização | Abrantes |
País | Portugal |
Coordenadas | 39° 27′ 11,6″ N, 8° 11′ 12,52″ O |
A Ponte Ferroviária de Abrantes é uma ponte metálica sobre o Rio Tejo, que transporta a Linha da Beira Baixa, em Portugal.
Descrição
[editar | editar código-fonte]Consiste numa estrutura metálica,[1] que cruza o Rio Tejo.[2] Na altura da sua inauguração, era a primeira obra de arte na Linha da Beira Baixa a partir de Abrantes, e tinha um comprimento de 442 m, dividido em sete tramos, dos quais os dois extremos tinham 48 m.[1] Também contava com dois encontros em alvenaria, nas margens do Rio Tejo.[1]
História
[editar | editar código-fonte]O contrato para a construção desta ponte foi assinado em 15 de Outubro de 1887, com a Sociedade Braine-le-Comte,[3] uma empresa belga que já tinha feito várias obras nos caminhos de ferro portugueses, nomeadamente nas Linhas da Beira Alta, Dão e do Douro.[1]
A construção demorou cerca de catorze meses,[3] tendo sido oficialmente concluída em 11 de Maio de 1889.[4][5] No entanto, o lanço no qual se situa, entre as estações de Abrantes a Covilhã, só entrou ao serviço em 6 de Setembro de 1891, pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses.[6] Durante a construção, os pilares foram fundados através do uso de ar comprimido.[1]
A ponte foi objeto de uma intervenção de reforço em 1988, de modo a permitir a introdução de eletrificação na via.[carece de fontes]
Em 2021, a Infraestruturas de Portugal previa um investimento de 2,8 milhões de euros no reforço e proteção das fundações da ponte. A empreitada, que tinha como objetivo a melhoria das condições estruturais da estrutura, iria envolver, entre outros, trabalhos ao nível da reabilitação dos aparelhos de apoio, reparação das alvenarias e cantarias dos pilares e encontros, proteção dos pilares (do P2 a P6), e execução de prismas de enrocamento de proteção contra a erosão, em torno de todos os pilares[7].
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d e «Tarifas de transporte» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro de Portugal e Hespanha. Ano 4 (89). Lisboa. 3 de Setembro de 1891. p. 266-267. Arquivado do original (PDF) em 27 de Setembro de 2015 – via Biblioteca Municipal de Castelo Branco
- ↑ GALVÃO, Alexandre Lopes (1 de Janeiro de 1937). «Necessidades de tempo de paz e necessidades de tempo de guerra» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 49 (1177). p. 9-12. Consultado em 1 de Janeiro de 2016 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ a b NONO, Carlos (1 de Outubro de 1948). «Efemérides ferroviárias» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 60 (1459). Lisboa. p. 524-525. Consultado em 1 de Janeiro de 2016 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Efemérides 1888 - 1938» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1225). Lisboa. 1 de Janeiro de 1939. p. 43-48. Consultado em 1 de Janeiro de 2016 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ NONO, Carlos (1 de Maio de 1948). «Efemérides ferroviárias» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 70 (1449). Lisboa. p. 293-294. Consultado em 1 de Janeiro de 2016 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ TORRES, Carlos Manitto (16 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 70 (1682). Lisboa. p. 61-64. Consultado em 1 de Janeiro de 2016 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ Agência Lusa (18 de Novembro de 2021). «IP investe 2,8 milhões de euros no reforço de Ponte Ferroviária sobre o Tejo em Abrantes». Mais Ribatejo
Ligações externas
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