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Monumento em Srbská Kamenice em memória do acidente

Vesna Vulović (cirílico sérvio: Ве̏сна Ву̑ловић; pronunciação servo-croata: [ʋêsna ʋû:loʋitɕ]; Belgrado, 3 de janeiro de 1950Belgrado, 23 de dezembro de 2016) foi uma comissária de bordo sérvia que detém o recorde mundial do livro Guinness por sobreviver à queda mais alta sem paraquedas: 10 160 metros (33 330 pés). Foi a única a sobreviver, depois que uma bomba explodiu no compartimento de bagagem do voo JAT 367 em 26 de janeiro de 1972, causando um acidente próximo a Srbská Kamenice, na Checoslováquia. Autoridades iugoslavas suspeitaram que nacionalistas croatas fossem os culpados, mas ninguém jamais foi preso.

Após o atentado, Vulović passou dias em coma e foi hospitalizada por vários meses. Além de uma fratura no crânio, três vértebras, as pernas e as costelas foram quebradas, e teve uma fratura na pélvis. Esses ferimentos causaram-lhe a paralisia temporária da cintura para baixo. A recuperação foi quase completa, mas continuou andando manca e não se lembrava do incidente. Apesar de estar disposta a retomar o trabalho como comissária de bordo, a Jat Airways (JAT) concedeu-lhe um emprego na mesa negociando contratos de frete, sentindo que sua presença nos voos atrairia muita publicidade. Vulović tornou-se uma celebridade na Iugoslávia e foi considerada uma heroína nacional.

Foi demitida da JAT no início dos anos 1990, depois de participar de protestos durante o colapso da Iugoslávia, mas conseguiu não ser presa porque o governo estava preocupado com a publicidade negativa. Continuou seu trabalho como ativista pró-democracia até o Partido Socialista da Sérvia ser deposto do poder durante a Revolução Bulldozer de outubro de 2000. Mais tarde, Vulović fez campanha em nome do Partido Democrata, defendendo a entrada da Sérvia na União Europeia.

Seus últimos anos se passaram em reclusão, tendo lutado contra a culpa dos sobreviventes. Depois de se divorciar, morou sozinha em seu apartamento em Belgrado, com uma pequena pensão até sua morte em 2016.


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