Emilie Chamie

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Emilie Chamie
Nascimento 1927 (97 anos)
Beirute
Morte 28 de setembro de 2000 (73 anos)
São Paulo
Nacionalidade Brasil Brasileiro Líbano Libanês
Prêmios Prêmio APCA

Emilie Chamie (Beirute, 1927, São Paulo, 28 de setembro de 2000)[1] foi uma designer gráfica, artista gráfica, professora e escritora brasileira. Relevante para o design a partir dos anos 50, Emilie Chamie se estabilizou como uma das pioneiras na área de comunicação visual brasileira.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascida em Beirute no Libano(1927), Emilie Chamie se mudou para São Paulo em 1944[2] onde se tornou uma das pioneiras na década de 1950 como designer gráfico, considerado a primeira mulher a revolucionar a arte visual no país.[3][4][5] Estudou comunicação visual no Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo, Assis Chateaubriand.[5] Onde foi aluna de designers relevantes da época como Lina Bo Bardi, Pietro Maria Bardi, Roger Bastide, Flávio Motta e Leopold Haar.[6] O curso ficou conhecido como um dos primeiros ensinos de design no Brasil, um dos aspectos que definiu Emilie Chamie como uma das pioneiras em design gráfico de seu tempo.[7]

Em 1961 se casou com o poeta e crítico Mário Chamie, com o qual teve uma filha, a cineasta Lina Chamie.[8]Dois anos depois se integrou no escritório de design Forminform fundado por Geraldo de Barros e Rubens Martins com quem Emilie trabalhou mais diretamente.[5]

Emilie Chamie também participou de diversos eventos internacionais e nacionais da área de design como na Semana de Arte Mundial da Vanguarda, na galeria Riquelme em Paris na década de 1965. Em 1966 em mostra dos Estados Unidos e exposição de Madri, entre outros.[9] Chamie também tem seu trabalho apresentado em Bruxelas na Bélgica por Pietro Maria Bardi em 1973 e no ano seguinte faz sua primeira exposição individual no MASP em São Paulo, Vinte Anos de Trabalhos Gráficos e Fotográficos, a qual ganha o prêmio de de melhor exposição da Associação Paulista de Críticos de Arte(APCA). A designer também ganhou o prêmio em outras categorias em anos posteriores.[5]

Seu trabalho[editar | editar código-fonte]

Emilie Chamie era especializada no design gráfico, o qual era frequentemente utilizado em seus diferentes projetos. Devido a suas origens libanesas, Chamie dava importância a letra e se afastava do purismo geométrico suiço. Para a designer o elemento mínimo é a letra, muitas vezes sendo usado como o principal ou único elemento de suas obras. Emilie também demonstra o caminho entre o elementos mínimo e o resultado final através de duas características, rigor e paixão, mostrado em seu livro com o mesmo nome.[2][5]

Outro aspecto importante para a designer era a forma, a qual é trabalhada tanto no espaço positivo quanto no negativo, se desdobrando para formar um produto simples e compreensível.[2][5]

Emilie Chamie também trabalhou a imagem através do uso de fotografias apresentadas em sua primeira exposição no MASP, se utilizando da combinação entre a tipografia em textos e das fotos ali expostas.[2][5]

Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Rigor e Paixão: Poética Visual de uma Arte Gráfica
  • A Fala e a Forma
  • Rigor e Paixão[10]

Prêmio Emilie Chamie[editar | editar código-fonte]

Em homenagem à marcante artista, a Escola Superior de Propaganda e Marketing criou o Prêmio Emilie Chamie com três categorias distintos: Portfolio Max, Portfólio Impresso e Portfólio Digital, afim de premiar os melhores designers e suas obras.[11]

Referências

  1. «Folha de S.Paulo - Mortes - 28/09/2000». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 8 de março de 2021 
  2. a b c d «Emilie Chamie - Teoria do Design». 1 de setembro de 2022. Consultado em 26 de novembro de 2022 
  3. «Lina Chamie pioneira». www.monografias.com. Consultado em 8 de março de 2021 
  4. «UNIP - Professor Me. Fabiano Damiati: Criação Publicitária.». UNIP - Professor Me. Fabiano Damiati. Consultado em 8 de março de 2021 
  5. a b c d e f g Cultural, Instituto Itaú. «Emilie Chamie». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 8 de março de 2021 
  6. Cultural, Instituto Itaú. «Emilie Chamie». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 26 de novembro de 2022 
  7. «Pesquisa em acervos e por entrevistas da trajetória da designer Emilie Chamie.pdf». Google Docs. Consultado em 26 de novembro de 2022 
  8. «Lina Chamie». Wikipédia, a enciclopédia livre. 8 de março de 2021. Consultado em 8 de março de 2021 
  9. «Museu de Arte da UFC – M A U C». mauc.ufc.br. Consultado em 8 de março de 2021 
  10. «Folha de S.Paulo - Design: Veterana "rabisca" carreira em livro - 09/12/1999». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 8 de março de 2021 
  11. «edição02 — Portfolios». edição02. Consultado em 8 de março de 2021 

Ver também[editar | editar código-fonte]