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Proterozoico: diferenças entre revisões

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Na [[escala de tempo geológico]], o '''Proterozoico''' (do [[Língua grega|grego]] (''proteros'' = anterior) + (''zoikos'' = de animais)) é o [[éon geológico|éon]] que está a mãe do léo] e 542 milhões de anos, abrangendo quase metade do tempo de existência da [[Terra]]. Sendo o mais recente éon do [[Pré-Câmbrico]], sucede o éon [[Arqueano]] e precede o éon [[Fanerozoico]]. Divide-se em três [[era geológica|eras]].


Em algumas obras ainda se pode encontrar o termo '''Algônquico''' (ou '''Algonquiano''') que, entretanto, entrou em desuso.<ref>[http://www.unb.br/ig/glossario/verbete/algonquiano.htm Glossário geológico - Universidade de Brasília]</ref>
Em algumas obras ainda se pode encontrar o termo '''Algônquico''' (ou '''Algonquiano''') que, entretanto, entrou em desuso.<ref>[http://www.unb.br/ig/glossario/verbete/algonquiano.htm Glossário geológico - Universidade de Brasília]</ref>

Revisão das 11h08min de 29 de janeiro de 2013

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(em milhões de anos)

Na escala de tempo geológico, o Proterozoico (do grego (proteros = anterior) + (zoikos = de animais)) é o éon que está a mãe do léo] e 542 milhões de anos, abrangendo quase metade do tempo de existência da Terra. Sendo o mais recente éon do Pré-Câmbrico, sucede o éon Arqueano e precede o éon Fanerozoico. Divide-se em três eras.

Em algumas obras ainda se pode encontrar o termo Algônquico (ou Algonquiano) que, entretanto, entrou em desuso.[1]

Subdivisões

Ao contrário do que sucede para as eras que se seguem ao Proterozoico, os limites entre as três eras do Proterozoico não são definidos por estratotipos mas por datação absoluta. Segundo ordem decrescente de idade as três eras deste éon são:

Éon Era Período M. anos
Proterozoico Neoproterozoico Ediacarano 630 +5/-30
Criogênico 850
Tônico 1.000
Mesoproterozoico Estênico 1.200
Ectásico 1.400
Calímico 1.600
Paleoproterozoico Estatérico 1.800
Orosírico 2.050
Riácico 2.300
Sidérico 2.500


Registo geológico

Representação da Terra no final do Proterozoico.

O registo geológico do Proterozoico é muito melhor que o do Arqueano. Ao contrário dos depósitos de águas profundas do Arqueano, no Proterozoico ocorrem muitos estratos que foram depositados em extensos mares epicontinentais pouco profundos; além disso, muitas destas rochas foram menos metamorfizadas que as do Arqueano, são abundantes e inalteradas.[2] O estudo destas rochas mostra que neste éon ocorreu acreção continental rápida e maciça (exclusiva do Proterozoico), ciclos supercontinentais, e actividade orogénica totalmente moderna.[3]

Por volta de 900 Ma as massas continentais parecem estar reunidas no supercontinente Rodínia que irá sofrer uma fragmentação no final do Proterozoico, a qual dará origem aos paleocontinentes da Laurência (América do Norte, Escócia, Irlanda do Norte, Groenlândia), Báltica (parte centro-norte da Europa), Sibéria unida ao Cazaquistão e Gonduana (América do Sul, África, Austrália, Antártida, Índia, Península Ibérica - sul da França.

As primeiras glaciações ocorreram durante o Proterozoico; uma delas iniciou-se pouco depois do início deste éon, enquanto que ocorreram pelo menos quatro durante o Neoproterozoico, culminando na Terra bola de neve da glaciação Varangiana.[4]

Acumulação de oxigênio

Um dos acontecimentos mais importantes do Proterozoico foi a acumulação de oxigénio na atmosfera da Terra. Ainda que, indubitavelmente, o oxigénio começou a ser libertado por fotossíntese ainda em tempos do Arqueano, a sua acumulação na atmosfera não era possível enquanto a capacidade dos sumidouros químicos - enxofre e ferro não-oxidados - não fosse esgotada; até aproximadamente 2.3 mil milhões de anos, a concentração de oxigénio atmosférico era talvez apenas 1 ou 2% da atual.[5] As formações de ferro bandado, que fornecem a maioria do ferro produzido no mundo, foram também um importante sumidouro químico; a maior parte da acumulação cessou a partir de há 1.9 mil milhões de anos, quer devido ao aumento da concentração de oxigénio ou a uma melhor mistura da coluna de água oceânica.[6]

As camadas vermelhas, coloridas pela hematite, indicam um aumento da concentração de oxigénio atmosférico a partir de há 2 mil milhões de anos; não ocorrem em rochas mais antigas.[6] A acumulação de oxigénio deveu-se provavelmente a dois fatores: esgotamento dos sumidouros químicos, e um aumento do enterramento de carbono, que sequestrou compostos orgânicos que de outra forma teriam sido oxidados pela atmosfera.[7]

Vida no Proterozoico

O aparecimento das primeiras formas de vida unicelulares avançadas e multicelulares coincide aproximadamente com o início da acumulação de oxigénio livre; tal poderá dever-se ao aumento da disponibilidade dos nitratos oxidados que os eucariontes usam, ao contrário das cianobactérias.[7] Foi também durante o Proterozoico que evoluíram as primeiras relações simbióticas entre mitocôndrias (para quase todos os eucariontes) e cloroplastos (apenas nas plantas e alguns protistas), e os seus hospedeiros.[8]

O surgimento de eucariontes como os acritarcas não foi anterior à expansão das cianobactérias; de facto, os estromatólitos atingiram a sua maior abundância e diversidade durante o Proterozoico, culminando há cerca de 1.2 mil milhões de anos.[9]

Tradicionalmente, a fronteira entre o Proterozoico e o Fanerozoico foi colocada na base do Câmbrico, quando os primeiros fósseis de trilobites e Archaeocyatha apareceram. Na segunda metade do século XX foram encontradas várias formas fósseis em rochas do Proterozoico, mas o limite superior do Proterozoico manteve-se inalterado na base do Câmbrico, atualmente fixada nos 542 de milhões de anos de idade.

Ver também

Referências

  1. Glossário geológico - Universidade de Brasília
  2. Stanley, Steven M. (1999). Earth System History. New York: W.H. Freeman and Company. 315 páginas. ISBN 0-7167-2882-6 
  3. Stanley, 315-18, 329-32
  4. Stanley, 320-1, 325
  5. Stanley, 323
  6. a b Stanley, 324
  7. a b Stanley, 325
  8. Stanley 321-2
  9. Stanley, 321-3

Ligações externas

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