Quando a Mulher Se Opõe

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Quando a Mulher Se Opõe
Merrily We Go to Hell
Quando a Mulher Se Opõe
Cartaz promocional do filme.
 Estados Unidos
1932 •  p&b •  88 min 
Gênero drama
Direção Dorothy Arzner
Roteiro Edwin Justus Mayer
Baseado em I, Jerry, Take Thee, Joan
romance de 1931
de Cleo Lucas
Elenco Sylvia Sidney
Fredric March
Cinematografia David Abel
Edição Jane Loring
Companhia(s) produtora(s) Paramount Pictures
Distribuição Paramount Pictures
Lançamento
  • 10 de junho de 1932 (1932-06-10) (Estados Unidos)[1]
Idioma inglês

Merrily We Go to Hell (bra/prt: Quando a Mulher Se Opõe)[2][3] é um filme pre-Code estadunidense de 1932, do gênero drama, dirigido por Dorothy Arzner, e estrelado por Sylvia Sidney e Fredric March. O roteiro de Edwin Justus Mayer foi baseado no romance "I, Jerry, Take Thee, Joan" (1931), de Cleo Lucas.[1]

A trama retrata a história de um jornalista alcoólatra que, motivado pelo amor, decide buscar a cura para seu vício, mas logo se vê confrontado com a difícil batalha contra a dipsomania.[4][5]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Em Chicago, a herdeira Joan Prentice (Sylvia Sidney) e Jerry Corbett (Fredric March), colunista de jornal e aspirante a dramaturgo, se conhecem em uma festa da alta sociedade e imediatamente se conectam, apesar de Jerry estar bêbado na ocasião. Apesar das decepções anteriores de Jerry, principalmente devido ao seu alcoolismo, que levam o pai de Joan a suspeitar das intenções dele, eles decidem se casar, pois Joan está certa de que é amor verdadeiro.

À medida que o casamento deles avança, momentos felizes são interrompidos por novas decepções de ambos os lados. No entanto, o maior desafio para o casamento é a reaparição de Claire Hempstead (Adrianne Allen), uma atriz e antiga namorada de Jerry que partiu seu coração. A combinação de Claire e álcool na vida de Jerry torna-se um obstáculo quase impossível para Joan superar, ameaçando a sobrevivência de seu casamento, apesar do amor que ela sente por ele.

Elenco[editar | editar código-fonte]

  • Sylvia Sidney como Joan Prentice
  • Fredric March como Jerry Corbett
  • Adrianne Allen como Claire Hempstead
  • Richard "Skeets" Gallagher como Buck
  • George Irving como Sr. Prentice
  • Esther Howard como Vi
  • Florence Britton como Charlcie
  • Charles Coleman como Richard Damery
  • Cary Grant como Charlie Baxter
  • Kent Taylor como Greg Boleslavsky
Não-creditados
  • Leonard Carey como Mordomo
  • Milla Davenport como Governanta
  • Mildred Boyd como June
  • Ernie Adams como Repórter
  • Harry Cording como Fred
  • Bill Elliott como Convidado da Festa
  • Edwin Maxwell como Jake Symonds
  • Edmund Mortimer como Convidado da Festa
  • Dennis O'Keefe como Organizador de Casamento

Produção[editar | editar código-fonte]

O título de produção do filme foi "Jerry and Joan".[1] "Merrily We Go to Hell", um exemplo dos títulos sensacionalistas que eram comuns na era pre-Code, é uma frase que o personagem de March diz enquanto faz um brinde.[6][7] O Los Angeles Times e alguns outros jornais recusaram-se a publicar o título do filme em seus anúncios por considerá-lo ousado, embora o tenham publicado em suas críticas.[1][8] No Reino Unido, como a palavra "Hell" ("Inferno") era proibida de ser usada como parte de um título, a versão foi simplesmente renomeada para "Merrily We Go to ____".[7]

O elenco coadjuvante apresenta uma participação inicial proeminente de Cary Grant, creditado em nono lugar no elenco, mas com um papel maior do que isso sugere.[9]

Recepção[editar | editar código-fonte]

O filme recebeu uma crítica mista da crítica especializada após seu lançamento. Mordaunt Hall, em sua crítica para o The New York Times, acreditava que o filme era extremamente engraçado em partes e descreveu a atuação dos dois protagonistas como "excelente", mas achava que as cenas em que March interpretava um bêbado não levavam a lugar nenhum, e que o roteiro deixava a desejar.[10] No entanto, apesar de críticas semelhantes, que frequentemente notavam que a produção tinha sido dirigida por uma mulher, o filme foi um dos mais financeiramente bem-sucedidos daquele ano.[11] Jessie Burns, para a revista Script, criticou a escalação de Fredric March, achando-o pouco convincente, embora tenha considerado que Adrianne Allen mostrou sua qualidade "estelar" ao retratar uma personagem um tanto "artificial".[12]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d «The First 100 Years 1893–1993: Merrily We Go to Hell (1932)». American Film Institute Catalog. Consultado em 13 de fevereiro de 2024 
  2. «Quando a Mulher Se Opõe (1932)». Brasil: CinePlayers. Consultado em 13 de fevereiro de 2024 
  3. «Quando a Mulher Se Opõe (1932)». Portugal: Público. Consultado em 13 de fevereiro de 2024 
  4. Maltin, Leonard (2011) [2010]. Leonard Maltin's Movie Guide (em inglês). Nova Iorque: New American Library. ISBN 978-0451230874 
  5. «Fredric March Now Starring with Sylvia Sidney in Drama of Society's Cross-Currents». Times Daily. 18 de julho de 1932. p. 5. Consultado em 13 de fevereiro de 2024 – via Google Notícias 
  6. Doherty 1999, p. 103.
  7. a b «Merrily We Go to Hell (1932)». Turner Classic Movies. Atlanta: Turner Broadcasting System (Time Warner). Consultado em 13 de fevereiro de 2024 
  8. Doherty 1999, p. 108.
  9. Vermilye 1973, p. 23.
  10. Hall, Mordaunt (11 de junho de 1932). «"I, Jerry, Take Thee, Joan."»Subscrição paga é requerida. The New York Times. Consultado em 13 de fevereiro de 2024 
  11. Mayne 1994, p. 59.
  12. Deschner 1973, pp. 36-37.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]