Quilão de Esparta
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Quilão de Esparta | |
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איור משנת 1553 | |
Pseudônimo(s) | Chilon of Sparta |
Nascimento | 600 a.C. Esparta |
Morte | 520 a.C. Pisa |
Sepultamento | Heroon of Chilon at Sparta |
Cidadania | Esparta |
Ocupação | filósofo, escritor, poeta, político |
Quilão[1] ou Quílon de Esparta (Χείλων; século VI a.C.) foi um lacedemônio e um dos Sete Sábios da Grécia.
Vida
[editar | editar código-fonte]Quilão era filho de Damágeto, e viveu em direção ao início do século VI a.C. Heródoto[2] fala dele como contemporário de Hipócrates, o pai de Pisístrato, e Diógenes Laércio declara que ele era um homem velho na 52ª Olimpíada (572 a.C.), quando estava no apogeu o fabulista Esopo, e que ele foi eleito éforo em Esparta na 56ª Olimpíada (556/5 a.C.)[3]. Alcidamas declarou que ele era um membro da assembléia espartana.[4] Diógenes Laércio vai mesmo tão longe como clamar que Quilão foi também a primeira pessoa que introduziu o costume de unir-se os éforos aos reis como seus conselheiros.[5] Diógenes informa que ele morreu devido ao excesso de alegria quando seu filho ganhou o prêmio de boxe nos Jogos olímpicos somado à fraqueza decorrente de sua idade avançada, e que seu funeral foi atendido por todos os gregos reunidos em assembléia no festival.[6]
Diz-se que Quilão ajudou a sobrepujar a tirania em Sicião, que tornou-se um aliado espartano. Ele também é creditado com a mudança em política espartana levando ao desenvolvimento da Liga Peloponésia no século VI a.C.[7]
Diógenes Laércio descreve-o como um escritor de poemas elegíacos, e atribui muitos ditados a ele[8]:
- "Não fales mal dos vizinhos, pois quem fizer isso ouvirá a propósito de si mesmo coisas que lamentará."
- "Visita mais depressa os amigos na adversidade que na prosperidade."
- "Não falar mal dos mortos."
- "Honrar idade velha."
- "Preferir punição a ganho desgraçado; pois a primeira é dolorosa somente uma vez, porém o outro para o resto da vida."
- "Não rir de uma pessoa em infortúnio."
- "Se um é forte seja também piedoso, de forma que seus vizinhos possam respeitá-lo em vez de temê-lo."
- "Aprender como regular bem a casa própria de um."
- "Não permitir que a língua de um sobreponha-se ao senso de um."
- "Restringir ira."
- "Não desgostar de divinação."
- "Não desejar o que é impossível."
- "Não fazer muito tumulto no caminho de um."
- "Obedecer as leis."
- "Cultiva a tranqüilidade."
Segundo Diógenes Laércio[6], em sua estátua havia a seguinte inscrição:
- "Esparta coroada de lanças gerou este Quilão, o primeiro dos Sete Sábios em sapiência".
Referências
- ↑ Paula 1957, p. 171.
- ↑ Heródoto, i. 59
- ↑ Diógenes Laércio, Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres (Trad. Mário da Gama Kury). Brasília: UnB, 1987, p. 30
- ↑ Alcidamas ap. Aristóteles, Rhet. ii. 23. 11
- ↑ Diógenes Laércio, i. 68-73
- ↑ a b Diógenes Laércio, Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres (Trad. Mário da Gama Kury). Brasília: UnB, 1987, p. 31
- ↑ (em inglês) Hammond, N.G.L. & Scullard, H.H. (Eds.) (1970). The Oxford Classical Dictionary (p.229). Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-869117-3.
- ↑ Diôgenes Laêrtios (ou Diógenes Laércio), Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres (Trad. Mário da Gama Kury). Brasília: UnB, 1987, pp. 30-31
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Chilon of Sparta», especificamente desta versão.
Leitura posterior
[editar | editar código-fonte]- (em alemão) Kiechle, Franz: Chilon. Em: Der Kleine Pauly, Bd. 1 (1964), Sp. 1146.
- (em inglês) Huxley, G.L.. Early Sparta, 1962
- Diógenes Laércio, As Vidas e Opiniões dos Filósofos Eminentes
- Plínio, o Velho, 7, c. 33.
- Paula, E. Simõnes de (1957). Revista de história, Edição 14;Edições 29-30. [S.l.]: USP
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- (em inglês) Diógenes Laércio, Life of Chilon