Raquel Lima
Raquel Lima (Lisboa, 1983) é uma autora portuguesa de poesia e activista do movimento poetry slam.[1][2]
Percurso
Licenciou-se em Estudos Artísticos pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e é aluna de Doutoramento do Programa Pós-Colonialismos e Cidadania Global no Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.[3][4]
Entre 2012 e 2017, foi coordenadora geral e directora artística do PortugalSLAM – Festival Internacional de Poesia e Performance.[4][1] Entre 2016 e 2018, trabalhou como Gestora de Ciência e Tecnologia no Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.[4] Faz parte do projecto de investigação Feminismos e Dissidência Sexual e de Género no Sul Global do grupo CITCOM - Cidadania, Cosmopolitismo Crítico, Modernidade(s), (Pós-)Colonialismo, também na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.[4]
Lima foi a vencedora da 3ª edição do evento Slam Poetry Portugal, durante o Festival Silêncio, em 2011.[1]
Desde 2011, tem tido os seus trabalhos apresentados em eventos e performances em Portugal, Polónia, Brasil, Itália, França, Polónia, Reino Unido, Bélgica, Estónia, Espanha, Holanda, Suécia, Suíça e São Tomé e Príncipe.[1] A sua participação no PortugalSLAM! de 2014 trouxe-lhe grande atenção mediática naquele país.[5] Em 2016, aparece pela primeira vez na televisão pública portuguesa como competidora de poesia slam erótica no programa 5 Para a Meia-Noite da RTP1.[5]
Também em 2011, funda a Associação Cultural Pantalassa, uma associação para a promoção das artes do espaço lusófono, constituída por jovens de diferentes países (Portugal, China, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo-Verde, São-Tomé, Senegal, França) que trabalham em rede com o propósito de fazer uma pesquisa alargada sobre manifestações culturais que estejam na base das relações entre diferentes países.[6][4]
Em 2015, foi finalista do Rio Poetry Slam, que se realizou na favela do Morro da Babilónia, no Rio de Janeiro, Brasil.[7]
Tem colaborado ainda com vários músicos na procura da de sonoridades que dialoguem com a sua poesia, como Tapete, Tsjinlûd, MpexPhado, Lisbon Poetry Orchestra, GUME, entre outros.[8][1]
Os seus poemas já foram publicados em diversas línguas e tem realizado performances e workshops em torno da poesia oral a nível nacional e internacional, destacando os workshops de poesia e género.[9]
Reconhecimentos e Prémios
Em 2011, Lima foi a vencedora da terceira edição do Poetry Slam Portugal,[10] concurso realizado como parte do Festival Silêncio, evento artístico dedicado às artes da palavra realizado em Lisboa.[11][12]
Obra
Depois de publicar seus poemas em coletâneas como Edições Côdeas, Fazedores de Letras, Poetas do Povo, ‘3,2,1,SLAM!’ – 1ª colectânea de Poetry Slam em Portugal, e na fanzine feminista PPKDanada,[13] Lima publicou o seu primeiro livro em 2019, intitulado Ingenuidade Inocência Ignorância, lançado pela editora lisboeta BOCA num formato que inclui áudio narrado pela própria autora e acompanhamento musical feito pelo artista essuatiniano Yaw Tembe.[14][15]
Dentro de seu trabalho acadêmico, Lima publicou em 2018 na 16ª edição da revista Cabo dos Trabalhos, da Universidade de Coimbra, o artigo intitulado Afrofuturismo: A construção de uma estética [artística e política] pós-abissal e em 2020 o artigo intitulado O esvaziamento da noção de subalternidade, a sobrevalorização da fala e os silêncios como resistência na revista online BUALA.[14]
- 2018. Afrofuturismo: A construção de uma estética [artística e política] pós-abissal em Cabo dos Trabalhos nº 16. Universidade de Coimbra. (obra disponível online)
- 2019. Ingenuidade Inocência Ignorância. BOCA, ISBN 978-989-8421-43-2. (obra disponível online)
- 2020. O esvaziamento da noção de subalternidade, a sobrevalorização da fala e os silêncios como resistência em BUALA. (obra disponível online)
Referências
- ↑ a b c d e «Raquel Lima». Portugal.SLAM!. 12 de abril de 2016. Consultado em 8 de março de 2020
- ↑ «Raquel Lima». www.flip.org.br. Consultado em 8 de março de 2020
- ↑ Sociais, CES-Centro de Estudos. «Raquel Lima». CES - Centro de Estudos Sociais. Consultado em 8 de março de 2020
- ↑ a b c d e «Raquel Lima». 9 de novembro de 2012. Consultado em 8 de março de 2020
- ↑ a b «Raquel Lima | VÍDEOS». Portugal.SLAM!. 31 de outubro de 2016. Consultado em 8 de março de 2020
- ↑ «Raquel Lima - Portugal :: Borderlines». www.borderlinespoetry.com. Consultado em 8 de março de 2020
- ↑ Gomes, Kathleen. «Quando a poesia europeia foi à favela e perdeu». PÚBLICO. Consultado em 8 de março de 2020
- ↑ «GUME + Raquel Lima». Musicbox. Consultado em 8 de março de 2020
- ↑ «Raquel Lima». 9 de novembro de 2012. Consultado em 8 de março de 2020
- ↑ «Raquel Lima». Portugal.SLAM!. 12 de abril de 2016. Consultado em 8 de março de 2020
- ↑ Público. «Festival Silêncio! 2011 - Lisboa Capital da Palavra». Guia do Lazer. Consultado em 8 de março de 2020
- ↑ «Alguén que respira. Dossier de prensa» (PDF). Consultado em 8 de Março de 2020
- ↑ «Raquel Lima». Portugal.SLAM!. 12 de abril de 2016. Consultado em 8 de março de 2020
- ↑ a b Sociais, CES-Centro de Estudos. «Raquel Lima». CES - Centro de Estudos Sociais. Consultado em 8 de março de 2020
- ↑ «Ingenuidade Inocência Ignorância | BOCA - palavras que alimentam». boca.pt. Consultado em 8 de março de 2020