Rosana Pinheiro-Machado

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Rosana Pinheiro-Machado
Rosana Pinheiro-Machado
Rosana Pinheiro-Machado
Nome completo Rosana Pinheiro-Machado
Nacionalidade Brasil Brasileira
Alma mater Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Ocupação Antropóloga, Cientista política, Socióloga
Página oficial
Página oficial

Rosana Pinheiro-Machado é uma antropóloga brasileira, atualmente lecionando no Departamento de Ciência Política e Sociais da Universidade de Bath, no Reino Unido. Ela estuda os impactos econômicos e políticos do comércio no Sul Global, particularmente no Brasil e China. É colunista no jornal The Intercept.

Vida[editar | editar código-fonte]

Pinheiro-Machado formou-se em Ciências Sociais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 2002, um curso que escolheu com a intenção de preparar-se para uma carreira política.[1] No entanto, durante sua graduação, ela começou a focar-se no estudo da antropologia e etnografia, e concluiu doutorado em antropologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 2009.[2] Foi também estudante visitante na University College London em 2008.

Pinheiro-Machado lecionou na Universidade de Oxford[1] entre 2013 e 2016.[3] Também lecionou na Universidade de Harvard e na Universidade de São Paulo.[4] Em 2016, tornou-se professora visitante na Universidade Federal de Santa Maria, e em 2019 tornou-se professora permanente nesta instituição.[2] Também lecionou na Universidade de Bath em 2019.

Realizações[editar | editar código-fonte]

Pinheiro-Machado editou e escreveu seis livros, três como co-autora. Seu primeiro livro foi China, Passado e Presente, publicado em 2011, visando colocar em uma perspectiva histórica a política e sociedade chinesa contemporânea para uma audiência global. Seu segundo livro, publicado em 2017, também incluiu a China como um dos seus principais assuntos: em Counterfeit Itineraries in the Global South: The human consequences of piracy in China and Brazil, Pinheiro-Machado apresenta um retrato etnográfico de como mercadorias baratas produzidas na CHina viajam por um mercado no sul global, se focando nas políticas de como o valor monetário é produzido para a troca de mercadorias.[5]

Em 2020, Pinheiro-Machado publicou o livro Amanhã vai ser maior.[6] O livro traça os eventos recentes na história brasileira que levaram a eleição de Jair Bolsonaro, tornando-o presidente do Brasil, e argumenta que há oportunidades eminentes para a esquerda brasileira para desafiar o governo de direita.

Pinheiro-Machado foi colunista regular do jornal The Intercept, onde frequentemente escreveu artigos sobre a política e sociedade brasileira contemporânea.[7] Ela também já escreveu em outros jornais promenientes como o The Washington Post[8][9][10] e Jacobin,[11] e as suas opiniões e trabalho também foram publicadas frequentemente em jornais como Zero Hora.[12]

Em 2022, foi laureada pela European Research Council (ERC) com um financiamento de dois milhões de euros (à época, aproximadamente R$ 11 milhões) para desenvolver uma pesquisa que irá investigar a conexão entre trabalho precarizado, a plataformização do trabalho, e a ascensão de regimes autoritários no Sul Global.[13][14]

Escritos[editar | editar código-fonte]

  • China, Passado e Presente (2011) ISBN 978-8574212210
  • Itinerários Contrafeitos no Sul Global: As consequências humanas da pirataria na China e no Brasil (2017)
  • Amanhã vai ser maior (2020). ISBN 978-8542218145

Referências

  1. a b «Interview: Rosana Pinheiro-Machado of the University of Oxford». The Wenner-Gren Blog 
  2. a b «Rosana Pinheiro-Machado Profile». University of Bath 
  3. «About». 2019 
  4. «Rosana Pinheiro Machado – From Hope to Hate: The Rise of Conservative Subjectivity in Brazil». Brown University 
  5. de Toledo Piza. «Review. Pinheiro-Machado, Rosana. 2017. Counterfeit itineraries in the global south: the human consequences of piracy in China and Brazil. London/New York, Routledge». Tempo Social. 30. doi:10.11606/0103-2070.ts.2018.142083 
  6. «Book launch: Amanhã vai ser maior (Tomorrow will be greater)». King's College London 
  7. «Rosana Pinheiro-Machado». The Intercept. 2019 
  8. «Bolsonaro's lewd tweets are part of a larger, dangerous crusade». The Washington Post 
  9. «Why does Jair Bolsonaro want to appoint his son ambassador? Because of Trump.». The Washington Post 
  10. «How Brazil's left should respond to Bolsonaro». The Washington Post 
  11. «The Bolsonaro Effect». Jacobin 
  12. «Rosana Pinheiro-Machado: "O Brasil vai ter outra sociedade daqui a 10 anos, e vai ser muito melhor"». Zero Hora 
  13. Tozze, Humberto (5 de abril de 2022). «Antropóloga que pesquisa autoritarismo sobre o Brasil: 'A esperança está abalada'». Marie Claire. Consultado em 7 de setembro de 2022 
  14. «Cientista social brasileira ganha R$ 11 milhões de agência europeia para fazer pesquisa sobre governos autoritários». G1. Consultado em 7 de setembro de 2022