Rose-Marie

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Rose-Marie
Rose-Marie
Cartaz promocional do filme.
 Estados Unidos
1928 •  p&b •  70 min 
Gênero drama romântico
Direção Lucien Hubbard
Edmund Goulding (não-creditado)
Produção Lucien Hubbard
Roteiro Lucien Hubbard
Baseado em Rose-Marie
opereta de 1924
de Otto Harbach
& Oscar Hammerstein II[1]
Elenco Joan Crawford
James Murray
Música Rudolf Friml
Herbert Stothart
Cinematografia John Arnold
Direção de arte Cedric Gibbons
Richard Day
Figurino David Cox
Edição Carl F. Pierson
Companhia(s) produtora(s) Metro-Goldwyn-Mayer
Distribuição Metro-Goldwyn-Mayer
Lançamento
  • 11 de fevereiro de 1928 (1928-02-11) (Estados Unidos)[2]
Idioma mudo (intertítulos em inglês)
Orçamento US$ 494.000[3]
Receita US$ 972.000[3]

Rose-Marie é um filme mudo estadunidense de 1928, do gênero drama romântico, dirigido por Lucien Hubbard, e estrelado por Joan Crawford e James Murray. O roteiro de Hubbard foi baseado na opereta homônima de 1924, de Otto Harbach e Oscar Hammerstein II.[2]

Foi a primeira adaptação cinematográfica da história, e as três versões foram ambientadas no deserto canadense. Partes da trilha sonora original de Rudolf Friml e Herbert Stothart para o musical da Broadway foram utilizadas nos filmes de 1936 e 1954, mas não para a versão muda.[4] A MGM forneceu partituras para acompanhar o filme em sua exibição nos cinemas.

Joan Crawford, que estrelou a versão de 1928 ao lado de James Murray, comentou mais tarde: "Rose-Marie foi surpreendentemente bom sem a música, mas me senti apreensiva fazendo uma franco-canadense, mas os críticos não perceberam".

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Rose-Marie (Joan Crawford), uma bela moça de um posto comercial canadense, se apaixona por Jim Kenyon (James Murray), um caçador fora da lei procurado por assassinato pelo Sargento Terence Malone (House Peters), da Polícia Montada de Northwest. Para salvar Kenyon de ser dedurado por seu pai, Rose-Marie se casa com Étienne Duray (Creighton Hale), um francês rico. Em fuga, Kenyon resgata Rose-Marie e um Étienne gravemente ferido quando sua canoa vira no rio e os leva para uma cabana próxima. Malone chega, ainda no rastro de Kenyon, seguido por Black Bastien (Gibson Gowland), um prisioneiro fugitivo – outro suspeito, que assassinou um homem indígena e um policial da cidade. A situação é resolvida quando Kenyon esfaqueia o malvado Black Bastien para impedi-lo de atacar Rose-Marie, e Étienne morre com uma fratura nas costas, deixando Rose-Marie e Kenyon livres para serem finalmente felizes juntos.[2]

Elenco[editar | editar código-fonte]

  • Joan Crawford como Rose-Marie
  • James Murray como Jim Kenyon
  • House Peters como Sargento Terence Malone
  • Creighton Hale como Étienne Duray
  • Gibson Gowland como Black Bastien
  • George Cooper como Fuzzy
  • Lionel Belmore como Henri Duray
  • William Orlamond como Émile La Flamme
  • Polly Moran como Lady Jane
  • Harry Gribbon como Soldado Gray
  • Gertrude Astor como Wanda
  • Ralph Yearsley como Jean
  • Sven Hugo Borg como Hudson
  • Lou Costello como Figurante e Dublê (não-creditado)

Produção[editar | editar código-fonte]

"Rose-Marie" foi inicialmente filmado com Renée Adorée no papel principal e William Nigh na direção. Após duas semanas de filmagens no Parque Nacional de Yosemite, o estúdio encerrou a produção, demitiu Nigh e contratou Lucien Hubbard para produzir e escrever um novo roteiro. Um outro diretor, Edmund Goulding, foi designado, e acabou reformulando o elenco, escalando Joan Crawford para o papel principal.[5] Goulding, embora citado na imprensa especializada durante a produção, acabou não sendo creditado como o diretor da produção.

Recepção[editar | editar código-fonte]

Norbert Lusk resumiu a resposta dos críticos de Nova Iorque: "Rose-Marie ... provou ser decepcionante. Com uma unanimidade incomum, os críticos o classificam como apenas mais uma história sobre a Polícia Montada de Northwest, que nunca atinge mais do que um interesse morno, apesar das boas atuações e, claro, das belas paisagens. Seu trunfo mais forte é o título, que sem dúvida atrairá a atenção na ausência de propaganda boca a boca."[6] Mae Tinee, escrevendo para o Chicago Daily Tribune, chamou o filme de "encantador", mas sentiu que Crawford "não tem o fogo e a profundidade que Miss Adorée traz para suas caracterizações".[7]

Bilheteria[editar | editar código-fonte]

De acordo com os registros da Metro-Goldwyn-Mayer, o filme arrecadou US$ 679.000 nacionalmente e US$ 293.000 no exterior, totalizando US$ 972.000 mundialmente. O retorno lucrativo da produção foi de US$ 478.000.[3]

Preservação[editar | editar código-fonte]

"Rose-Marie" é considerado um filme perdido.[8] A MGM possuía uma política de que quando um filme fosse refeito, as cópias do filme original tinham que ser destruídas, então as cópias deste filme foram provavelmente destruídas quando a refilmagem de 1936 foi lançada.[8]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Rose-Marie». Internet Broadway Database. Consultado em 27 de março de 2022 
  2. a b c «The First 100 Years 1893–1993: Rose-Marie (1928)». American Film Institute Catalog. Consultado em 27 de março de 2023 
  3. a b c «The Eddie Mannix Ledger, Appendix 1: "MGM Film Grosses, 1924 - 1948"». Margaret Herrick Library, Center for Motion Picture Study. Los Angeles: Historical Journal of Film, Television, and Radio, Vol. 12, No. 2. 1992 .
  4. Everett, William A. (2009). Rudolf Friml. [S.l.]: University of Illinois Press. p. 50. ISBN 0-252-03381-7 
  5. "To Yosemite for Second Start on "Rose-Marie." Variety, 26 de outubro de 1927: 4.
  6. Los Angeles Times; 19 de fevereiro de 1928; C11
  7. "Charming Is the Adjective for 'Rose-Marie.' Chicago Daily Tribune; 5 de março de 1928; p. 33
  8. a b «Rose-Marie (1928)». Legendary Joan Crawford. joancrawfordma.tripod. Consultado em 27 de março de 2023