Rossas (Arouca)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Portugal Portugal Rossas 
  Freguesia  
Símbolos
Brasão de armas de Rossas
Brasão de armas
Gentílico Rôssences
Localização
Localização no município de Arouca
Localização no município de Arouca
Localização no município de Arouca
Rossas está localizado em: Portugal Continental
Rossas
Localização de Rossas em Portugal
Coordenadas 40° 54' 20" N 8° 18' 10" O
Região Norte
Sub-região Área Metropolitana do Porto
Distrito Aveiro
Município Arouca
Código 010415
Administração
Tipo Junta de freguesia
Características geográficas
Área total 11,11 km²
População total (2021) 1 491 hab.
Densidade 134,2 hab./km²
Sítio http://rossas.jfreguesia.com/

Rossas é uma povoação portuguesa do Município de Arouca sede da Freguesia de Rossas, freguesia com 11,11 km² de área[1] e 1491 habitantes (censo de 2021)[2] tendo, por isso, uma densidade populacional de 134,2 hab./km².

História[editar | editar código-fonte]

Está integrada, desde o ano de 1835, no extremo nordeste do distrito de Aveiro. Pertenceu, desde a formação da nacionalidade, ao território do Entre Douro e Minho e, mais tarde, à região do Douro Litoral. Fazem fronteira, com o território de Arouca, os municípios de Santa Maria da Feira, Gondomar, Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra, São Pedro do Sul, Castro Daire, Cinfães e Castelo de Paiva. Rossas é uma das actuais dezasseis, e mais antigas, freguesias do concelho de Arouca, pertencente à actual vigararia de 'Arouca - Vale de Cambra', Diocese do Porto. Situa-se a Sudoeste do Mosteiro de Santa Mafalda, a cerca de 6 km daquele e do centro da vila de Arouca. Dista cerca de 60 km da sede do distrito de Aveiro e cerca de 50 km do Porto, que é a sede da Área Metropolitana do Porto e da Região Norte (Portugal)[3].

Foi uma importante comenda da Ordem de Malta. Razão pela qual o brasão da freguesia ostenta a cruz dessa antiquíssima Ordem Religiosa e Militar em chefe[4]. Existem ainda hoje vários testemunhos dessa pertença, nomeadamente na igreja matriz. O tempo da chegada dos Hospitalários a Rossas é o da Reconquista e expansão da Nacionalidade. D. Afonso Henriques (1109-1185), o “Conquistador”, rei de Portugal, «para fixação das populações nas terras libertadas, favoreceu as ordens militares (Santiago de Espada, Hospitalários e Templários)». De resto, é muito provável que se tenha dado e/ou consolidado em 1140, ano em que D. Afonso Henriques concedeu carta de couto sobre Leça a D. Raimundo, procurador dos santos pobres da Santa Cidade de Jerusalém, e a D. Aires, Prior de Portugal e da Galiza, aos Freires então existentes, bem como, aos seus sucessores, abrangendo este privilégio a confirmação de todos os bens que a Ordem já então possuía no Condado Portucalense, dado o interesse na defesa e estabilidade da linha do Mondego, levada a cabo precisamente nesse final da segunda metade do século XII[5].

À semelhança daquilo que aconteceu um pouco por todo o país, foi esta Comenda extinta em 20 de Maio de 1834, pelo Decreto que nacionalizou todos os bens das Ordens Religiosas então existentes em Portugal, procedendo à extinção de toda a sua actividade[6].

Demografia[editar | editar código-fonte]

A população registada nos censos foi:[2]

População da freguesia de Rossas[7]
AnoPop.±%
1864 883—    
1878 938+6.2%
1890 974+3.8%
1900 976+0.2%
1911 1 033+5.8%
1920 1 163+12.6%
1930 1 194+2.7%
1940 1 238+3.7%
1950 1 472+18.9%
1960 1 601+8.8%
1970 1 428−10.8%
1981 1 503+5.3%
1991 1 527+1.6%
2001 1 693+10.9%
2011 1 599−5.6%
2021 1 491−6.8%
Distribuição da População por Grupos Etários[8]
Ano 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos
2001 305 300 838 250
2011 236 218 879 266
2021 200 149 779 363

Património[editar | editar código-fonte]

  • Igreja de Nossa Senhora da Conceição (matriz), no lugar da Comenda
  • Capela de Nossa Senhora do Campo, no lugar do Paço
  • Capela de Nossa Senhora do Rosário, no lugar de Zendo
  • Capela de São João Baptista, no lugar de Provisende
  • Capela do Senhor d'Agonia, no lugar de Sequeiros
  • Cruzeiros da Igreja e da Barroca
  • Alminhas da Barroca
  • Casas da Comenda e do Outeiro
  • Marcos delimitadores da antiga Comenda de Malta
  • Museu de Arte Sacra
  • Trechos do rio Arda e do rio Urtigosa

Equipamentos[editar | editar código-fonte]

Farmácia, Centro de Saúde, Escola, Cemitério, Multibanco, Campo de futebol, Parque de Merendas, Posto de CTT, Restaurantes, Centro de Dia.

Desporto e cultura[editar | editar código-fonte]

  • Grupo Cultural e Recreativo de Rossas - associação especialmente dedicada ao Teatro, Música e Desporto.
  • Associação Unidos de Rossas - associação especialmente dedicada ao Desporto, Folclore e Teatro.
  • Agrupamento de Escuteiros 1302- Rossas - CNE
  • Sport Rôssas e Malta - associação especialmente dedicada ao Desporto.
  • Associação Cultural de Provisende - associação especialmente dedicada ao Folclore.
  • URTIARDA - associação especialmente dedicada à Defesa do Ambiente e Património Natural.
  • Museu de Arte Sacra

Personalidades Ilustres[editar | editar código-fonte]

  • António de Almeida Brandão (1893-1986), Professor e Autarca.
  • Domingos de Pinho Brandão (1920-1988), Bispo e Historiador.
  • Maria Adelaide Moreira Brandão (1939-2008), Doutora em Física, Professora e Investigadora
  • Domingos Brandão de Pinho (n.1939), Jurista, Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal Administrativo [9]
  • Elísio Fernando Moreira Brandão (n.1953), Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, ex-presidente da Assembleia Municipal de Arouca [1]. Condecorado pelo Estado Francês com o título de Chevalier des Palmes Académiques.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Brandão, António de Almeida (1999), Memórias de Um Arouquense. Universidade Nova de Lisboa - Colecção «Ambientes Sociais» do ISER, Lisboa.
  • Brandão, Domingos de Pinho (1963), Rossas de Arouca. Subsídios para a sua História. Os Limites da Freguesia, Porto.
  • Pinho, António Brandão de (2015), Senhora do Campo. Fé Devoção, História e Tradição, ADPA, Arouca.
  • Pinho António Brandão de (2015), Rossas e a Ordem de Malta, ADPA, Arouca.
  • Pinho, António Brandão de (2017), A Cruz da Ordem de Malta nos Brasões Autárquicos Portugueses, Chiado Editora, Lisboa.

Referências

  1. «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». descarrega ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 10 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013 
  2. a b Instituto Nacional de Estatística (23 de novembro de 2022). «Censos 2021 - resultados definitivos» 
  3. PINHO, António Brandão de (2015). Rossas e a Ordem de Malta. Arouca: ADPA. 13 páginas 
  4. PINHO, António Brandão de (2017). A Cruz da Ordem de Malta nos Brasões Autárquicos Portugueses. Lisboa: Chiado Editora. 426 páginas. Consultado em 27 de agosto de 2017 
  5. PINHO, António Brandão de (2015). Rossas e a Ordem de Malta. Arouca: ADPA. 64 páginas 
  6. PINHO, António Brandão de (2015). Rossas e a Ordem de Malta. Arouca: ADPA. 140 páginas 
  7. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  8. INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  9. «Juízes Conselheiros 1984 -». www.stj.pt. Consultado em 20 de dezembro de 2016. Arquivado do original em 26 de dezembro de 2016 
Ícone de esboço Este artigo sobre freguesias portuguesas é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.