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Rufino (cônsul)

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 Nota: Para outras pessoas de mesmo nome, veja Rufino.
Rufino
Nascimento 335
Gália Aquitânia
Morte 27 de novembro de 395
Constantinopla
Cidadania Roma Antiga, Império Bizantino
Irmão(ã)(s) Sílvia da Aquitânia
Ocupação político, militar

Flávio Rufino (em latim: Flavius Rufinus; (Gália Aquitânia, 335Constantinopla, 27 de novembro de 395) foi um estadista gaulês do Império Bizantino que serviu como prefeito pretoriano do Oriente para o imperador Teodósio I (r. 378–395) e para seu filho Arcádio (r. 395–408), de quem era o verdadeiro poder por detrás do trono. Foi o tema do libelo In Rufinum do poeta da corte ocidental Claudiano.

Sempre em movimento, ele é descrito como preciso, ambicioso, ganancioso e sem princípios, mas um cristão rigoroso. Sua dificuldade com a língua grega é registrada pelas fontes, bem como sua origem aquitânia.

Em 388 foi nomeado mestre dos ofícios. Em 392, serviu como cônsul e no mesmo ano, foi nomeado prefeito pretoriano do Oriente. O imperador Teodósio I confiou em Rufino e ele usou essa influência para lutar contra seus oponentes na corte. Entrou em conflito com Promoto e Timásio, respectivamente mestre da cavalaria e mestre da infantaria de Teodósio. Durante uma reunião do conselho, Rufino insultou Promoto, que retrucou; Rufino foi até Teodósio e relatou a afronta, e Teodósio, respondeu que se nada mudasse ele nomearia Rufino como co-imperador. Aproveitando o apoio imperial, Rufino sugeriu ao imperador que enviasse Promoto à Trácia, onde seria responsável pelo treinamento de tropas. Alguns bárbaros seguiram Promoto em sua viagem, mas, depois de um acordo com Rufino, eles de repente atacaram e mataram-o em setembro de 392.[1]

Durante o período imediatamente à morte de Teodósio, em janeiro de 395, Rufino era virtualmente o soberano do Império Bizantino, uma vez que exerceu grande influência sobre o jovem imperador Arcádio. Tentou permanecer junto de Arcádio casando sua filha com o jovem imperador, no entanto, seu plano foi frustrado por outro ministro imperial, Eutrópio.

Rufino odiava o mestre dos soldados (magister militum) do Ocidente, Estilicão, e sua influência sobre Arcádio impediu Estilicão de esmagar Alarico (r. 395–410) quando o general romano tinha chance. Estilicão havia prendido Alarico e os visigodos na Grécia (395), mas suas tropas no oriente eram comandadas por Arcádio, que por sugestão de Rufino, retornaram, obrigando Estilicão a voltar suas forças para o oeste da fronteira. Contudo, os mesmo mercenários góticos, sob o comando de Gainas, parecem estar ligados com a morte de Rufino em 27 de novembro de 395.

Rufino tinha uma irmã, Silvia, que escreveu dois hinos e um diário curto de viagem descoberto em Arezzo em 1895.

Referências

  1. Zósimo, IV.51.