Sakine Cansiz

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Sakine Cansiz
Sakine Cansiz.jpg
Nascimento 1958
Tunceli[1]
Morte 10 de janeiro de 2013 (55 anos)
Paris,  França
Nacionalidade  Turquia
Etnia Curdos
Ocupação Ativista

Sakine Cansiz (Tuncel, 1958Paris, 10 de janeiro de 2013) foi uma ativista curda de nacionalidade turca. Cofundadora do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (Partiya Karkerên Kurdistanê, PKK), é considerada como uma de suas figuras mais emblemáticas[2][3][4] e a principal representante do movimento de mulheres curdas.[5][6] Foi também umas das inspiradoras do conceito de jineologia.[7]

Logo após o golpe militar turco de 1980, ela foi presa junto com muitos outros membros do PKK e passou muitos anos na prisão de Diyarbakir, onde 34 presos morreram em decorrência de tortura entre 1981 e 1989 e centenas sofreram ferimentos duradouros.[5] Mesmo sendo constantemente torturada, Cansiz liderou o movimento de protesto curdo no presídio.[5][6][7]

Quando foi libertada, ela fugiu para um campo de treinamento do PKK no vale de Bekaa, então sob controle da Síria, e ingressou na luta armada no norte do Iraque sob o comando de Osman Öcalan, irmão mais novo do líder do PKK, Abdullah Öcalan.[5][6] Foi lá que Cansiz começou a organizar o movimento de mulheres dentro da organização, que representavam um terço das forças armadas do PKK em 1993.[5] Tendo se tornado muito próxima de Abdullah Öcalan, Cansiz foi enviada para a Europa, onde continuou a trabalhar para a organização, tornando-se responsável pelo movimento de mulheres PKK na Europa.[5][6]

Em 9 de janeiro de 2013, ela foi morta a tiros em Paris, junto com outras duas ativistas curdas, Fidan Doğan e Leyla Soylemez.[8][9][10]

Notas e referências

  1. «Slain Kurdish activist Cansiz leaves stamp on militant PKK». Reuters. 11 de janeiro de 2013. Consultado em 11 de janeiro de 2013 
  2. Butler, Daren (11 de janeiro de 2013). «Slain Kurdish activist Cansiz leaves stamp on militant PKK». Reuters. Consultado em 4 de julho de 2020 
  3. Jongerden, Joost; Akkaya, Ahmet Hamdi (2011). «The Making of the PKK». In: Marlies Casier. Nationalisms and Politics in Turkey: Political Islam, Kemalism, and the Kurdish Issue. Joost Jongerden. [S.l.]: Taylor & Francis. p. 136. ISBN 9780415583459. Consultado em 10 de janeiro de 2013 
  4. Krajeski, Jenna (30 de janeiro de 2013). «Kurdistan's Female Fighters». The Atlantic. Consultado em 4 de julho de 2020 
  5. a b c d e f Letsch, Constanze (10 de janeiro de 2013). «Sakine Cansiz: 'a legend among PKK members'». The Guardian. Consultado em 10 de janeiro de 2013 
  6. a b c d Krajeski, Jenna (15 de janeiro de 2013). «Turkey and the PKK: The Kurdish women who take up arms». BBC News. Consultado em 4 de julho de 2020 
  7. a b Bookchin, Debbie (15 de junho de 2018). «How My Father's Ideas Helped the Kurds Create a New Democracy». The New York Review of Books. Consultado em 20 de maio de 2020 
  8. «Kurdish PKK co-founder Sakine Cansiz shot dead in Paris». BBC Online. 10 de janeiro de 2013. Consultado em 10 de janeiro de 2013 
  9. «Blocking Money Flows To The PKK In Northern Iraq: Expanding Our Strategy». WikiLeaks. 7 de dezembro de 2007. Consultado em 11 de janeiro de 2013 
  10. «Slaying Puts Spotlight On Kurdish Female Warriors». The Associated Press. 11 de janeiro de 2013. Consultado em 12 de janeiro de 2013 
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