Sancho Manuel de Vilhena

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Sancho Manuel de Vilhena
Sancho Manuel de Vilhena
Nascimento 1610
Reino de Portugal
Morte 1677
Reino de Portugal
Cidadania Reino de Portugal
Irmão(ã)(s) Maria Manoel de Vilhena
Ocupação militar
Lealdade Reino de Portugal

Sancho Manuel de Vilhena, 1.º Conde de Vila Flor de juro e herdade (c. 1610 - 3 de Fevereiro de 1677), foi um militar português.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

D. Sancho Manuel de Vilhena era filho de D. Cristóvão Manuel de Vilhena, Cavaleiro e Comendador de São Paulo de Maçãs de Dona Maria na Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor do Morgado de Alcarapinha, e de sua mulher Ana de Faria.

Era irmão mais velho de D. Rodrigo Manoel de Vilhena, Cavaleiro e Comendador de São Paulo de Maçãs de Dona Maria na Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, casado com D. Antónia Henriques, sem geração; e de D. Maria Manuel de Vihena, casada com D. António Álvares da Cunha (Índia, Goa, 1 de Maio de 1626 - 26 de Maio de 1690),[2] 17.º Senhor de Tábua, com geração.

Era neto paterno de D. Francisco Manuel de Vilhena, Alcaide-Mor do Castelo de Portel, e de sua mulher Beatriz da Silva de Meneses (filha de Manuel de Abreu Pessanha (n. 1490), Alcaide-Mor do Castelo de Elvas, e de sua mulher D. Filipa da Silva), bisneto de D. Cristóvão Manuel de Vilhena e de sua mulher Francisca de Castro (filha de Rui Vaz Pinto, 3.º Senhor de Ferreiros e Tendais, e de sua mulher Joana Pereira), e trineto de D. Juan Manuel de Villena, 3.º Senhor de Cheles, e de sua mulher Isabel de Mendonça, igualmente bisavós de Pedro de Mendonça Furtado.[1]

Combateu em vários pontos da Europa Central e, entre 1638 e 1640, guerreou os Holandeses no Brasil. Aderindo à Restauração, foi feito mestre de campo general (posto hoje equivalente a Tenente-General) e Governador das Armas (posto equivalente a Marechal) da Província do Alentejo e Comandante-Chefe das forças portuguesas.[1]

Participou na defesa da Beira e, já no Alentejo, saiu vitorioso na Batalha das Linhas de Elvas em 1659 e na Batalha do Ameixial onde, em 8 de julho de 1663, derrotou o exército espanhol chefiado por D. João de Áustria. Destacou-se ainda nas outras principais batalhas do conflito, nomeadamente, na Batalha de Montes Claros em 1665.[1]

O cerco de Elvas, praça tão heroicamente defendida por D. Sancho Manuel de Vilhena, e em 14 de Janeiro de 1659 a célebre batalha das Linhas de Elvas já referida, foram dois grandiosos feitos de armas. Nesse mesmo ano de 1659 foi feito por Decreto 1.º Conde de Vila Flor com o Senhorio da vila, confirmado a 23 de Julho de 1661.[1]

Foi depois nomeado para cargos civis importantes, entre eles o de vice-rei do Brasil, mas faleceu antes de tomar posse.[1]

Era Senhor de Vila Flor, Alcaide-Mor do Castelo de Alegrete e Cavaleiro e Comendador de Santa Maria de Pernes na Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo.[1]

Casou duas vezes. A primeira vez com Ana de Noronha, filha de seu primo Gaspar de Faria Severim, do conselho de el-rei e secretário das Mercês e expediente dos reis D. João IV e D. Afonso VI. O segundo casamento foi com sua sobrinha materna, D. Joana Manuel de Vilhena,[1] filha de D. António Álvares da Cunha, 17 º senhor de Tábua e de sua mulher D. Maria Manuel de Vilhena.

O 66.º Grão-Mestre da Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, D. António Manuel de Vilhena, que era seu quinto filho do primeiro casamento, fundou na ilha de Malta a cidade de Floriana, assim baptizada em homenagem ao Conde, seu pai.[1]

Foi sucedido por seu filho primogénito D. Cristóvão Manuel de Vilhena (1640–1704), 2.º Conde de Vila Flor de juro e herdade.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j Sousa, D. António Caetano de (1745). História Genealógica da Casa Real Portuguesa, Tomo XI (PDF). Lisboa: Regia Officina Sylviana. p. 832. Consultado em 13 de abril de 2019 
  2. D. António Caetano de Sousa, op. cit., páginas 828 e 832

Ligações externas[editar | editar código-fonte]