Sandoy

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 Nota: Se procura pela localidade norueguesa, veja Sandøy.
Mapa de Sandoy
Sandoy
Rua de Sandur
Sandsvágur, a única praia das ilhas com dunas

Sandoy (em Dinamarquês: Sandø) é a quinta maior das Ilhas Faroés, com uma área de 112,1 km². O seu nome significa ilha da areia, em referência às praias que se podem encontrar ao longo da sua costa. É a ilha mais plana do arquipélago, o que a torna um local ideal para a prática do ciclismo.

Possui cerca de 1393 habitantes, de acordo com o censo de 2002. O seu ponto mais alto é Tindur, com 479 metros de altitude.

Sandoy constitui uma comuna, à qual pertencem também as ilhas de Skúvoy e Stóra Dímun, totalizando 62 habitantes. As povoações mais importantes da ilha são Sandur, Skálavík, Skopun e Húsavík. Skarvanes é uma povoação praticamente deserta, com apenas um habitante em 2007.

Dispõe de uma ligação por barco à capital Tórshavn. Desde 2004, está ser levada a cabo a construção de um túnel sob o mar para a ligar à ilha de Streymoy.

Lendas de Sandoy[editar | editar código-fonte]

A donzela de Húsavík[editar | editar código-fonte]

Húsavík, povoação de 88 habitantes situada na costa oriental da ilha, foi palco de uma das lendas mais populares do folclore faroês.

Uma jovem pobre chamada Sissal, trabalhando sob a ordens de um agricultor abastado local, teve um sonho estranho, numa tarde em que adormecera nos pastos de seu amo. O sonho dizia-lhe que cavasse o solo em que se encontrava, para encontrarar grandes quantidades de ouro. O sonho repetiu-se várias ocasiões, tendo a jovem finalmente decidido pedir conselho a uma sábia anciã da zona.

Esta aconselhou-a a levar a cabo a escavação. Ao fazê-la, Sissal encontrou o famoso corno de ouro de Sigmundur Brestisson (uma das personagens mais importantes da saga dos faroeses).

Levou a sua descoberta a seu amo, que o envia para o rei da Dinamarca. O monarca, agradecido pela oferta, concede a Sissal uma propriedade na ilha, assim como uma quantidade de dinheiro equivalente ao peso em ouro do corno.

Com o dinheiro, comprou todas as terras de Húsavík, assim como da vizinha Skarvanes, convertendo-se na mulher mais rica da história das ilhas. Hoje em dia, os restos da sua propriedade, Heimi a Garði, ainda podem ser encontrados na localidade.

Gívrinarhol[editar | editar código-fonte]

Diz-se que dentro desta gruta, situada a oeste de Sandur, vive uma mulher troll. A lenda conta como um homem foi à procura desta gruta e encontrou a troll junto a uma criança, estando ambos rodeados de grandes quantidades de ouro.

Como a troll era cega, o homem teve coragem para roubar o ouro que os rodeava e também o monte com o qual a criança brincava. Apesar de ela nada ver, quando a criança começou a chorar, deu-se conta que algo se passava. Tentou encontrar o culpado por toda a gruta, mas o homem já se escapara a cavalo.

Enfurecida, gritou e chamou pela sua vizinha, para vingar a afronta. A sua amiga não hesitou em tentar apanhá-lo e foi a correr atrás do ladrão, saltando sobre o lago Gróthúsvatn (deixando alguns buracos que podem hoje ser vistas, conhecidas por Gívrunarspor).

Apesar do ladrão levar uma certa vantagem, a troll conseguiu agarrar a cauda do cavalo, não o parando, mas conseguindo que fosse mais devagar. Com o medo de ser apanhado, o homem continuou a cavalgar, fazendo com que a mulher acabasse por ficar com a cauda na mão.

Finalmente, conseguiu derrubar o homem e o cavalo, mas já estavam ambos perto da povoação, ao lado da igreja, pelo que a troll perdeu os seus poderes. Mais tarde, o ouro roubado pelo homem viria a ser utilizado para fazer candelabros para o altar da igreja.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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