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Taocos

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Reino dos taocos

Taocos (em grego clássico: Ταοχοι; romaniz.: Taochoi), Diauei (Diauehi), ou Diaui (Diauhi; "Terra dos Filhos de Diau") foi um antigo povo do nordeste da Anatólia, mencionada em inscrição Urartu.[1] Esse povo é usualmente (porém, nem sempre) identificado como Daiaeni da inscrição sobre o terceiro ano do reinado assírio Tiglate-Pileser I (1 118 a.C.). Mesmo que a localização e a extensão real não sejam bem conhecidas, estudiosos supõem essa etnia como tendo vivido na planície Panziler, em Erzurum (província), nordeste da Turquia.

Outros localizam os taocos nos caminhos entre Turquia e Geórgia ao longo do Rio Cura. O mais provável local do núcleo taoco se estenderia das nascentes do Rio Eufrates até os vales dos rios Çorum e Oltu. Fontes urártias citam três principais cidades taocos – Zua, Utu, Sasilu; Zua é frequentemente identificada como a atual Zivim Cale, Utu é talvez a atual Oltu e Sasilu pode ser relacionada com um antigo topônimo medieval georgiano Sasire, próximo a atual Tortum, Turquia.

Muitos especialistas atuais acreditam que os taocos deve ter se originado de uma fusão de tribos proto-georgianas, depois do fim do Império Hitita (século XII a.C.). Essa federação foi suficientemente poderosa para resistir aos assírios, mas em 1 112 a.C. O rei Sien dos taocos foi derrotado e feito prisioneiro de Tiglate-Pileser I. Em 845 a.C., Salmanaser III finalmente subjugou os taocos e rebaixou seu rei Ásia dos taocos como um reino cliente.

No inicio do século VIII a.C., os taocos passou a ser o alvo da nova potência regional Urartu. Tanto Menua (r. 810–785 a.C.) como Arguisti I de Urartu (r. 785–763 a.C.) partiram em campanha contra o rei Utupursi dos taocos, anexando os territórios sul e forçando-os a pagar tributos, como cobre, prata, ouro. Bastante enfraquecida nessa época, os taocos foram finalmente destruídos pela avalanche das tribos culha (da Cólquida) vindas do oeste. Isso deve ter ocorrido por volta nos anos 760 a.C., de quando datam os últimos registros sobre os taocos. Porém, seu nome pode ter sobrevivido, sendo o povo chamado taocos pelos antigos gregos, Tao-Clarjécia dos georgianos e Taique dos armênios.

Referências

  1. A. G. Sagona. Archaeology at the North-East Anatolian Frontier, p. 30.

Leituras adicionais

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