Terezinha Ramos

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Terezinha Severino Ramos

Terezina Severino Ramos foi prefeita de Mariana, entre setembro de 2011 e fevereiro de 2012.[1] Foi a primeira mulher a chegar ao executivo marianense.

Política[editar | editar código-fonte]

Terezinha Ramos (PTB), utilizando-se da memória do falecido marido, candidatou-se ao pleito de 2008, para prefeita de Mariana, conjuntamente a Roberto Rodrigues (PTB).[2][3] Seu marido, João Ramos Filho, que tinha sido prefeito da cidade, era pré-candidato para aquele pleito, mas acabou sendo assassinado por inimigos políticos.[4][5]

Sua chapa acabou ficando em segundo lugar, tendo a chapa vencedora, formada por Roque Camêllo (PSDB) e José Antunes Vieira (PL), assumido em 1 de janeiro de 2009. Todavia, os dois políticos haviam sofrido um processo eleitoral, e foram cassados, sob a suspeita de compra de votos. Nesse contexto, a justiça eleitoral decidiu que o Presidente da Câmara assumiria o poder executivo marianense até a diplomação da chapa que ficou em segundo lugar, ou seja, de Terezinha Ramos.[2]

Em abril, foi enviado pelo Juiz Eleitoral de Mariana um agravo determinando o afastamento de Terezinha Ramos do cargo de prefeita, por conta de irregularidades nas contas da campanha. Em março, o pedido foi acolhido. Em maio, a prefeita foi cassada. Assumindo os presidentes da Câmara Raimundo Horta (PMDB, de maio a dezembro de 2010) e Geraldo Sales (PDT, de janeiro a setembro de 2011).[6] A chapa de Terezinha Ramos apresentou um recurso. A juíza do TRE reconduziu Terezinha ao cargo, dizendo que a decisão de seu afastamento tinha sido precipitada. [2]

Quando foi reconduzida ao cargo, sofreu grandes ameaças, tendo que mobilizar 120 guardas municipais para a sua escolta, durante a posse.[2] Acabou perdendo cada vez mais, seu apoio político, tendo, inclusive, ocorrido um racha com seu vice-prefeito.[7] Na Câmara já possuia forte oposição, com 8 dos 10 vereadores contrários a sua pessoa.[4] Acabou sofrendo um processo de impeachment em fevereiro de 2012, sob a justificativa de usar recursos públicos para fins privados.[8] Com seu afastamento, assumiu seu vice, Roberto Rodrigues, ficando no cargo até dezembro de 2012.[9][10]

Processo judiciário[editar | editar código-fonte]

Em 2019 foi condenada pelo TCE, por superfaturamente de contratos. Ela foi obrigada a devolver aos cofres municipais R$ 76.293,70, pelo superfaturamente no contrato nº 350/11, firmado, via dispensa licitatória, com a Construtora Terrayama Ltda, para a operação e manutenção do aterro sanitário da cidade.[1]

Referências bibliográficas[editar | editar código-fonte]

  1. a b «TCE condena Celso Cota e Terezinha Ramos a devolverem recursos devido superfaturamento em contratos». Jornal O Liberal. Consultado em 13 de outubro de 2023 
  2. a b c d Bretas, Gustavo; Online, Redação DeFato (11 de outubro de 2017). «Terceira liminar em 70 dias mantém prefeita de Mariana no cargo». DeFato Online. Consultado em 13 de outubro de 2023 
  3. «Memória do ex-prefeito de Mariana-MG assassinado João Ramos Filhos marca retorno da viúva Terezinha Ramos». Jornal Voz Ativa. 2 de setembro de 2011. Consultado em 13 de outubro de 2023 
  4. a b «Terezinha toma posse em meio a incertezas políticas, e faz promessa de honestidade e competência · Notícia em Cidadania · Jornal O Liberal · Ouro Preto, Mariana e Itabirito - MG». jornaloliberal.net. Consultado em 13 de outubro de 2023 
  5. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome :11
  6. Loureiro, Luiz (3 de janeiro de 2023). «Ronaldo Bento e "Tikim" Mateus reassumem mandatos na Câmara de Mariana - Agência Primaz». Agência Primaz de Comunicação. Consultado em 13 de outubro de 2023 
  7. Gomes, Carlos (9 de setembro de 2011). «DEPOIS DE ASSUMIR, NOVA PREFEITA DE MARIANA(MG) EXPULSA O VICE DO GABINETE DELE – Blog do Cardosinho». Consultado em 13 de outubro de 2023 
  8. «Patrimônio histórico em MG fica abandonado com troca-troca de prefeitos». UOL Eleições 2012. 10 de setembro de 2012. Consultado em 13 de outubro de 2023 
  9. «TCE condena Celso Cota, ex-prefeito de Mariana, por superfaturamento em contratos». G1. 11 de abril de 2019. Consultado em 13 de outubro de 2023 
  10. «nº 984». O Liberal 
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