Tito Quíncio Cincinato Capitolino

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Não confundir com Tito Quíncio Cincinato Capitolino, tribuno consular em 368 a.C..
Tito Quíncio Cincinato Capitolino
Tribuno consular da República Romana
Tito Quíncio Cincinato Capitolino
Mapa da campanha de Tito Quíncio contra prenestinos e veletrios.
Tribunato 388 a.C.

385 a.C.?
384 a.C.

Tito Quíncio Cincinato Capitolino (em latim: Titus Quinctius Cincinnatus Capitolinus) foi um político da gente Quíncia nos primeiros anos da República Romana, eleito tribuno consular por duas vezes, em 388 e 386 a.C.. Foi também mestre da cavalaria durante a ditadura de Aulo Cornélio Cosso em 385 a.C. e ditador em 380 a.C.. É possível que Tito Quíncio Cincinato, tribuno consular em 385 a.C., seja a mesma pessoa.[a]

Primeiro tribunato consular (388 a.C.)[editar | editar código-fonte]

Em 388 a.C. foi eleito com Quinto Servílio Fidenato, Lúcio Júlio Julo, Lúcio Lucrécio Tricipitino Flavo, Lúcio Aquilino Corvo e Sérvio Sulpício Rufo.[3]

Os tribunos lideraram os romanos em uma série de raides contra o territórios dos équos e de Tarquínia, onde atacaram Cortuosa e Contenebra, que foram saqueadas.[3]

Enquanto isso, em Roma, os tribunos da plebe tentaram levantar a discussão sobre a subdivisão dos Pântanos Pontinos, capturados dos volscos no ano anterior.[4]

Segundo tribunato consular? (385 a.C.)[editar | editar código-fonte]

Em 385 a.C. foi eleito novamente, desta vez com Lúcio Quíncio Cincinato Capitolino, Aulo Mânlio Capitolino, Públio Cornélio, Lúcio Papírio Cursor e Cneu Sérgio Fidenato Cosso.[5]

Neste ano, Aulo Mânlio convenceu o Senado a nomear Aulo Cornélio Cosso ditador para enfrentar a enésima invasão dos volscos (apoiados por latinos e hérnicos) e por causa do alto grau de tensão interna por causa do avanço dos pedidos da plebe graças à ajuda do patrício Marco Mânlio Capitolino.

Mestre da cavalaria (385 a.C.)[editar | editar código-fonte]

Em 385 a.C., o Senado nomeou Aulo Cornélio Cosso ditador para enfrentar uma invasão dos volscos e a possibilidade de desordem interna provocada por causa da ajuda que o patrício Marco Mânlio Capitolino vinha dando à plebe. Na campanha, Tito Quíncio foi seu mestre da cavalaria.[1]

Segundo (ou terceiro?) tribunato consular (384 a.C.)[editar | editar código-fonte]

Em 384 a.C., foi eleito novamente, desta vez com Marco Fúrio Camilo, Caio Papírio Crasso, Públio Valério Potito Publícola, Sérvio Cornélio Maluginense e Sérvio Sulpício Rufo.[2]

O ano de 384 a.C. foi marcado pelo processo contra Marco Mânlio Capitolino e que terminou, tragicamente, com sua condenação à morte na Rocha Tarpeia.[6] Marco era um grande adversário de Camilo e o acusava de querer ser rei, justamente a acusação que o levaria à morte.

Ditadura (380 a.C.)[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Guerra romano-prenestina

Em 380 a.C., foi nomeado ditador para lidar com os prenestinos, que estavam acampados perto da Porta Colina.[7] Escolheu como seu mestre da cavalaria Aulo Semprônio Atratino. Os romanos lutaram contra os prenestinos às margens do rio Ália, o mesmo local onde foram derrotados dez anos antes pelos gauleses sênones de Breno na homônima Batalha do Ália. Desta vez, porém, os romanos levaram a melhor e derrotaram os prenestinos, que se refugiaram em Preneste.

Depois de conquistar oito cidades que estavam sob o domínio de Preneste e Velletri, Tito Quíncio conseguiu a rendição dos prenestinos, uma vitória que lhe valeu um triunfo.[8]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Tribuno consular da República Romana
Precedido por:
Lúcio Valério Publícola II

com Lúcio Vergínio Tricosto
com Públio Cornélio I
com Aulo Mânlio Capitolino
com Lúcio Emílio Mamercino II
com Lúcio Postúmio Albino Regilense

Tito Quíncio Cincinato Capitolino
388 a.C.

com Lúcio Júlio Julo
com Lúcio Lucrécio Tricipitino Flavo II
com Quinto Servílio Fidenato V
com Lúcio Aquilino Corvo
com Sérvio Sulpício Rufo

Sucedido por:
Lúcio Papírio Cursor

com Lúcio Emílio Mamercino III
com Lúcio Valério Publícola III
com Licínio Menênio Lanato
com Cneu Sérgio Fidenato Cosso

Precedido por:
Marco Fúrio Camilo IV

com Lúcio Horácio Púlvilo
com Sérvio Cornélio Maluginense
com Quinto Servílio Fidenato VI
com Lúcio Quíncio Cincinato Capitolino
com Públio Valério Potito Publícola

Aulo Mânlio Capitolino II
385 a.C.

com Lúcio Quíncio Cincinato Capitolino
com Tito Quíncio Capitolino II?
com Públio Cornélio II
com Lúcio Papírio Cursor II
com Cneu Sérgio Fidenato Cosso II

Sucedido por:
Sérvio Cornélio Maluginense II

com Públio Valério Potito Publícola II
com Marco Fúrio Camilo V
com Sérvio Sulpício Rufo II
com Caio Papírio Crasso
com Tito Quíncio Cincinato Capitolino II (III?)

Precedido por:
Aulo Mânlio Capitolino II

com Lúcio Quíncio Cincinato Capitolino
com Tito Quíncio Capitolino
com Públio Cornélio II
com Lúcio Papírio Cursor II
com Cneu Sérgio Fidenato Cosso II

Sérvio Cornélio Maluginense II
384 a.C.

com Públio Valério Potito Publícola II
com Marco Fúrio Camilo V
com Sérvio Sulpício Rufo II
com Caio Papírio Crasso
com Tito Quíncio Cincinato Capitolino II (III?)

Sucedido por:
Sérvio Sulpício Rufo III

com Lúcio Emílio Mamercino IV
com Aulo Mânlio Capitolino III
com Lúcio Lucrécio Tricipitino Flavo III
com Lúcio Valério Publícola IV
com Marco Trebônio


Notas[editar | editar código-fonte]

  1. A identificação não é certa por que Lívio cita como tribuno deste mesmo ano (385 a.C.) "T. Et L. Quinctiis Capitolinis"[1] e depois, como tribuno do ano seguinte, "T. Quinctius Cincinnatus iterum",[2] no segundo mandato. Porém, se os dois fossem o mesmo, o correto seria indicar que tratava-se do terceiro mandato.

Referências

  1. a b Lívio, Ab Urbe Condita VI, 2, 11.
  2. a b Lívio, Ab Urbe Condita VI, 2, 18.
  3. a b Lívio, Ab Urbe Condita VI, 4.
  4. Lívio, Ab Urbe Condita VI, 5.
  5. Lívio, Ab Urbe Condita VI, 2, 11.
  6. Lívio, Ab Urbe Condita VI, 2, 18-20.
  7. Lívio, Ab Urbe Condita VI, 3, 28.
  8. Lívio, Ab Urbe Condita VI, 3, 28-29.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]