Too Late for Tears

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Too Late for Tears
No Brasil Lágrimas Tardias
 Estados Unidos
1949 •  pb •  100[1] min 
Gênero film noir
Direção Byron Haskin
Produção Hunt Stromberg
Roteiro Roy Huggins
Baseado em Too Late for Tears, de Roy Huggins[2]
Elenco
Música R. Dale Butts
Cinematografia William C. Mellor
Edição Harry Keller
Companhia(s) produtora(s) Hunt Stromberg Productions
Distribuição United Artists
Lançamento
  • 8 de julho de 1949 (1949-07-08)[1]
Idioma inglês

Too Late for Tears (bra: Lágrimas Tardias[3]) é um filme noir estadunidense de 1949 dirigido por Byron Haskin e estrelado por Lizabeth Scott, Arthur Kennedy, Dan Duryea e Don DeFore. O roteiro foi escrito por Roy Huggins, desenvolvido a partir de uma série que ele escreveu para o The Saturday Evening Post.[4]

Originalmente lançado pela United Artists no verão de 1949, o filme foi relançado com o título alternativo Killer Bait em 1955. Recebeu avaliações mistas dos críticos. O filme foi uma bomba de bilheteria, e seu fracasso financeiro resultou na declaração de falência do produtor do filme, Hunt Stromberg.[1]

Em 2015, o UCLA Film and Television Archive e a Film Noir Foundation realizaram uma extensa restauração do filme. A versão foi lançada em 2016 em Blu-ray pela Flicker Alley nos Estados Unidos e pela Arrow Films no Reino Unido.

Elenco[editar | editar código-fonte]

  • Lizabeth Scott como Jane Palmer
  • Don DeFore como Don Blake/Blanchard
  • Dan Duryea como Danny Fuller
  • Arthur Kennedy como Alan Palmer
  • Kristine Miller como Kathy Palmer
  • Barry Kelley como Tenente Breach

Recepção[editar | editar código-fonte]

Philip K. Scheuer, do Los Angeles Times, admitiu que Scott "dá ao papel tudo o que ela tem com uma intensidade rosnante e invariável", mas sentiu que, no geral, o filme era "um espécime rotineiro de melodrama criminal".[5]

Legado[editar | editar código-fonte]

A atuação de Scott em Too Late for Tears é considerada por vários críticos como um de seus melhores trabalhos.[6] Seu papel de femme fatale no filme é considerado um dos mais cruéis e gananciosos do cinema noir[7], ao contrário de sua atuação anterior em Pitfall (1948), em que seu personagem apresentava um lado frágil e vulnerável.[8] O estudioso de cinema Fabio Vighi observa em Critical Theory and Film: Rethinking Ideology Through Film Noir que: "Como outras mulheres, ela parece imparável, pronta para fazer o que for preciso para atingir seus objetivos".[9]

Em entrevista de 2001, Scott comentou sobre a personagem: "Obviamente, havia uma suavidade e uma quantidade desordenada de qualidades femininas [no personagem]... Quando uma mulher como essa é corrompida, ela se rende a essa corrupção. O dinheiro se torna seu deleite e sua total obsessão, e então ela mataria por isso".[10]

Nas décadas seguintes após o seu lançamento original, Too Late for Tears desenvolveu um culto de seguidores. Todd Weiner, do UCLA Film and Television Archive, escreveu sobre o lançamento do filme em Blu-ray em 2016: "O público de hoje agora o vê como uma resposta à ganância e às ambições materialistas da classe média do pós-guerra na América. Sombriamente satisfatório e atmosfericamente taciturno". O crítico de cinema e o autor Eddie Mueller chamou o filme de "o melhor noir americano não celebrado da era clássica".[11]

Referências

  1. a b c «Too Late for Tears - AFI Catalog» (em inglês). Estados Unidos: American Film Institute. Consultado em 10 de julho de 2023 
  2. «Archived Review: Roy Huggins – Too Late for Tears». Mystery File. 2 de março de 2023. Consultado em 10 de julho de 2023. Cópia arquivada em 30 de maio de 2023 
  3. «Lágrimas Tardias (1949)». Brasil: Cineplayers. Consultado em 10 de julho de 2023 
  4. «THE SCREEN IN REVIEW; 'Too Late for Tears,' Adult and Suspenseful Adventure Film, Is New Bill at Mayfair» (em inglês). Nova Iorque: The New York Times. 15 de agosto de 1949. Consultado em 10 de julho de 2023 
  5. Scheuer, Philip K. (28 de julho de 1949). «Housewife Turns 'Tiger' in 'Too Late for Tears» (em inglês). Los Angeles: Los Angeles Times. p. 21. Consultado em 10 de julho de 2023 – via Newspapers.com 
  6. Landau 2016, p. 75.
  7. Spicer 2018, p. 101.
  8. Mayer 2012, p. 341.
  9. Vighi 2012, p. 72.
  10. Porfirio, Silver & Ursini 2001, p. 194.
  11. Weiner, Todd. «Too Late For Tears» (em inglês). Gartenberg Media. UCLA Film & Television Archive. Consultado em 10 de julho de 2023 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]