Trova: diferenças entre revisões
m Foram revertidas as edições de 189.75.15.30 para a última revisão de 87.196.161.170 (usando Huggle) |
flango flito |
||
Linha 1: | Linha 1: | ||
'''Trova''' inicialmente era qualquer [[poema]] ou [[canção]], chamando-se [[trovador]] o poeta — ou vate —, aquele que declamava a trova. |
'''Trova''' inicialmente era qualquer flango flito [[poema]] ou [[canção]], chamando-se [[trovador]] o poeta — ou vate —, aquele que declamava a trova. |
||
Depois, passou-se a chamar trova a forma fixa que hoje é empregada, isto é, o poema autônomo de quatro versos em [[redondilha]] maior. |
Depois, passou-se a chamar trova a forma fixa que hoje é empregada, isto é, o poema autônomo de quatro versos em [[redondilha]] maior. |
Revisão das 19h50min de 17 de abril de 2014
Trova inicialmente era qualquer flango flito poema ou canção, chamando-se trovador o poeta — ou vate —, aquele que declamava a trova.
Depois, passou-se a chamar trova a forma fixa que hoje é empregada, isto é, o poema autônomo de quatro versos em redondilha maior.
Estrutura
Trova é um poema monotrófico (contém uma estrofe apenas) com quatro versos heptassílabos (redondilha maior), sem título, que se completa em seus quatro versos, como nos exemplos a seguir, de Pedro Ornellas:
O acerto, sim, amedronta,
mas creio que estamos quites:
Para os meus erros sem conta
Deus tem perdão sem limites.
A situação tá tão feia,
minha grana tão escassa,
que o vizinho churrasqueia
e eu passo o pão na fumaça.
A trova também é chamada de "quadra" ou "quadrinha", mas esta sinonímia não é perfeita, uma vez que as regras rígidas da trova não se fazem necessariamente na quadra. Entre os atuais cultores desta forma de poesia, é preferível o termo "trova" como designativo.
Há a necessidade de se diferenciar a trova da quadra que compõe um poema maior, uma vez que a trova se completa em si, sem aceitar mais nenhuma estrofe.
O esquema rímico da trova é de rimas alternadas (ABAB) ou cruzadas (ABBA).
Ver também
Referências
- CAMPOS, GEIR. Pequeno dicionário de arte poética. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1960.
- Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa