Usuário(a):Ana Carolina Vieira/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Museu Casa do Colono (MCC) é um Museu-casa, de caráter histórico, localizado na Rua Cristóvão Colombo, nº 1034, quarteirão Castelânea, na cidade de Petrópolis, região Serrana no estado do Rio de Janeiro. Instituição cultural pública, unidade administrativa do Instituto Municipal de Cultura e Esportes, Prefeitura Municipal de Petrópolis, cuja missão é preservar e difundir o legado da cultura germânica em Petrópolis, sua importância para a construção e o desenvolvimento da Cidade Imperial, na figura dos trabalhadores, seus primeiros colonos[1][2]. Edificação datada de 1847, de pau-a-pique, madeira falquejada para vigamento e colunas sob alicerces de pedra bruta, retrata o modo simples de vida dos imigrantes de origem alemã, trabalhadores responsáveis pelo nascimento e expansão da cidade de Petrópolis. A musealização da casa e o seu acervo procura comunicar os hábitos de vida e as tradições que compõem a cultura e o legado deixado pelas diversas famílias e sucessivas gerações de colonos, de modo a também homenageá-las[3][4].

O Museu foi inaugurado em 16 de março de 1976, como parte dos festejos em comemoração ao Aniversário da Cidade, e tombado pelo município em 2011, através do Decreto Municipal nº 517/2011. O empenho, dedicação e total participação do Instituto Histórico de Petrópolis e o Clube 29 de Junho - Associação que congrega descendentes de diversas famílias de colonos germânicos na cidade - foram de grande valia para as pesquisas, desapropriação e restauração da centenária casa, além da mobilização pela doação e regate de objetos de época para construção do acervo museológico, além do empréstimo de parte do acervo do Museu Imperial [5].

Histórico[editar | editar código-fonte]

O Museu[editar | editar código-fonte]

A ideia de criação do Museu Casa do Colono se concretizou através da Deliberação nº 1782 de 14 de novembro de 1963, assinada pelo Prefeito Flávio Castrioto. O projeto foi de autoria do Vereador Professor Roberto Francisco sendo submetido à apreciação da Câmara Municipal de Petrópolis em 26 de julho de 1963[6].

A Campanha para escolha do imóvel, onde seria instado o Museu, teve início em 1967 e foi liderada por nomes como Gustavo Ernesto Bauer, Waldir da Silva, Euclides Pinho, Elmo Pfeiffer e Darcy Paim de Carvalho. Mas apenas na década de 1970, após reunião entre o Prefeito Paulo Rattes e membros do Clube 29 de Junho que o projeto foi então desenvolvido, a partir da formação de uma Comissão de Estudos com o apoio do Instituto Histórico de Petrópolis. A escolha recaiu sobre a casa do foreiro e ex-militar da guarda imperial, Johann Gottlieb Kaiser, construída em 1850 nos prazos de terra nº 1632 e nº 1633, adquiridos em 08 de junho de 1847. Coube então à bisneta de Kaiser, Áurea Margarida Sutter, a venda do imóvel nº 1034, da Rua Cristóvão Colombo - Quarteirão Castelânea, à Prefeitura de Petrópolis, determinado de utilidade pública pela Deliberação nº 2941, de 20 de novembro de 1970 e pelo Decreto Municipal nª 07 de 16 de março de 1973.

Os trabalhos de recuperação da centenária construção e o levantamento do Acervo Histórico buscaram manter toda a sua estrutura original, contando, principalmente, com o apoio e doações de objetos que pertenceram aos antigos colonos, herança dos descendentes das diversas famílias, além do empréstimo de uma parte do acervo do Museu Imperial, IBRAM/ Minc. O aspecto geral das moradias de colonos no século XIX era predominantemente simples, em alvenaria, enxaimel ou à base de barro, cobertas com telhas, tabuinhas, folhas de zinco ou palha. Em um artigo sobre a colônia de Petrópolis no ‘Jornal do Commercio’ (24/08/1846) as moradias de colonos eram descritas como “românticas cabanas, apesar da rusticidade, [...], mas alegremente caiadas ou rebocadas de vivas cores, regularmente guarnecidas por pequenas janelas envidraçadas e separadas uma das outras por jardins e verdes hortas”. Já um cronista do Jornal ‘O Mercantil’ (19/04/1846) descreve que as construções, principalmente do Quarteirão Mosela, “são de esteios engradados em soleiras, paus a pique, ripas de taquaruçu e barro. Para rebocar as paredes, servem-se de tabatinga, espécie de gesso natural que ali mesmo acham e que não custa nada”.

  1. Culturais, Mapas (14 de dezembro de 2015). «Museu Casa do Colono - Rio de Janeiro - Mapas Culturais». Mapas Culturais 
  2. «Home». www.petropolis.rj.gov.br. Consultado em 6 de novembro de 2018 
  3. «Museu Casa do Colono». www.petropolis.rj.gov.br. Consultado em 6 de novembro de 2018 
  4. Bessa, Simone. «Casa do Colono | MUSEUS DO RIO.COM.BR». MUSEUS DO RIO.COM.BR. Consultado em 6 de novembro de 2018 
  5. «Breves consideracoes sobre a Memoria dos colonos alemaes // Maria de Fatima Moraes Argon». ihp.org.br. Consultado em 6 de novembro de 2018 
  6. «Breves consideracoes sobre a Memoria dos colonos alemaes // Maria de Fatima Moraes Argon». ihp.org.br. Consultado em 6 de novembro de 2018