Usuário(a):Elián Zozias/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Dog tag[editar | editar código-fonte]

Exemplo de Dog Tag de identificação prateada.

Chapa de identificação ou Dog Tag (nome em inglês) é um acessório, geralmente utilizado para fornecer informações de quem o porta — nome, tipo sanguíneo, data de nascimento, religião, naturalidade, etc —, gravando-se esses dados em sua superfície, possibilitando sua leitura por outras pessoas. As chapas de identificação são comumente utilizadas por militares. Tais placas são usadas primariamente para a identificação de falecidos ou feridos e para serem providenciadas as informações médicas básicas para tratamento: numa chapa de identificação está contido o tipo sanguíneo e histórico de tratamentos usando substâncias químicas (através de vacinas e afins). Um soldado geralmente possui duas chapas de identificação'. No caso de um membro possuir uma condição que requer atenção especial, uma plaqueta vermelha adicional contendo tal informação é colocada junta das outras chapas.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Signaculum de bronze, retangular em vez do circular tradicional.

No mundo Antigo[editar | editar código-fonte]

A menção mais antiga de objetos de identificação de soldados vem da Grécia Antiga, por parte dos Espartanos, onde eles escreviam seus nomes em gravetos e os enrolavam com corda em seus pulsos de acordo com Polieno em sua obra Estratagemas da Guerra. Os romanos também usavam ao redor do pescoço, como uma chapa de identificação moderna, o Signaculum, um disco de metal identificando o soldado com o nome e o local de nascimento.[2]

Guerra Civil Americana[editar | editar código-fonte]

Guerra Franco-Prussiana, em que muitos soldados não foram identificados após a morte.

Durante a guerra civil americana foi quando vimos os primeiros casos de Dog Tags modernas. Os soldados estavam preocupados que ao ser mortos, seus corpos seriam colocados em valas, ou enterrados com lápides sem nome. Eles escreviam seus nomes em suas roupas, ou em algum papel e o amarravam em seu corpo. Outros marcavam seus nomes em moedas velhas e as amarravam ao redor de seus pescoços. Os que podiam gastar, compravam chapas de metal e as prendiam ao corpo de alguma forma através de vendedores não governamentais. Estimativas indicam que 40% de todos os mortos da Guerra Civil Americana foram mortos não identificados.[3]

Devido a isso, os primeiros pedidos oficiais para a criação de Dog Tags começaram a ser feitas em 1899 por Charles C. Pierce, um membro do exercito trabalhando no necrotério do exercito. Em 1906 então, o Exercito americano oficialmente começou a ordenar o uso geral de Dog Tags por seus soldados.[4]

Modelo de Dog Tag com 2 chapas, desenvolvido pela Grã-Bratanha.

Guerra Franco-Prussiana[editar | editar código-fonte]

Durante a guerra Franco-prussiana, muitos soldados decidiram de forma voluntária usar chapas de identificação em seus corpos, mas muitos também as rejeitaram. Isso ocorreu devido uma crença de que tais identificações fossem mau-agouro ao usuário dela. A maior parte dos soldados mortos permanecerem com não identificados durante a contagem de corpos. Em 1870 o exercito Prusso, passou a exigir que seus soldados usassem chapas de identificação, sendo assim o primeiro no mundo moderno a fazer tal coisa.[5]

Primeira Guerra Mundial[editar | editar código-fonte]

Dog Tag norte americana usada na Segunda Guerra Mundial

Durante a Primeira Guerra Mundial, as Dog Tags sofreram o processo de crescente implementação, regulação e padronização de sua produção pelas potências envolvidas nesse conflito, por facilitar a identificação de soldados falecidos no campo de batalha. Nesta época, uma nova variação de Dog Tag surgiu, no formato de duas plaquetas contendo informações idênticas de si para o soldado carregar: uma ficaria consigo ao morrer e outra seria levada pelas autoridades para registro de seu falecimento. Essa mudança ocorreu, devido ao recorrente problema sofrido pela Grã-Bretanha em identificar os corpos de seus soldados mortos em combate, por conta da única chapa presente no cadáver ser removida para ser enviada ao exército britânico, o que dificultava a identificação do corpo de soldados falecidos. Assim, essa variação de Dog Tag se popularizou e foi adotada por diversos países envolvidos nesse conflito.[6]

Segunda Guerra Mundial[editar | editar código-fonte]

Plaqueta usada pela Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial.

Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial e as Dog Tags como apetrechos já estabelecidos no meio militar das nações que participaram dessa guerra, o modelo de plaqueta utilizado pelo exército norte americano se tornou o mais tradicional e reconhecido: duas chapas metálicas retângulares levemente circulares, duas correntes feitas de pequenas esferas circulares também metálicas e informações como nome, tipo sanguíneo, número de serviço, patente e religião, caso almejado pelo combatente.[4] Porém, esse design não era hegemônico, havendo variações entre as Dog Tags das outras nações. No exército alemão, por exemplo, fabricava-se apenas uma chapa oval, que possuía as mesmas informações do soldado no extremo superior e inferior da plaqueta, e, no meio, inseria-se a formação de um tracejado com a ausência de metal nas linhas. Isso facilitava o rompimento da Dog Tag ao meio após o falecimento do combatente, para uma metade ficar com o corpo e a outra com as autoridades alemãs para registrar sua morte.[1]

Usos Alternativos[editar | editar código-fonte]

Dog Tag com uma customização religiosa em sua tipografia, com a introdução de uma oração no texto.
Dog Tag para identificação de cachorros.

Apesar da forte relação das Dog Tags com o meio militar, elas também são utlizadas no meio civil para propósitos diversos, que vão desde a tradicional identificação até a fins estéticos, religiosos, etc.[7] [8][1]

Um dos exemplos desse uso alternativo foi nos Estados Unidos durante do século 19, no qual passou a se popularizar o uso de Dog Tags nos cachorros contendo o nome do animal. O motivo dessa popularização se deu por um caso peculiar: as ovelhas do Presidente dos Estados Unidos Thomas Jefferson foram mortas por cães e na busca de seus donos — buscando uma indenização dos mesmos pela morte de suas ovelhas —, ele obteve dificuldade em identificar os cachorros responsáveis pelos abates de seus animais. Para facilitar esse processo, ele criou uma lei que determinava cães a possuirem uma plaqueta de identificação com seu nome, que foram chamadas de "Dog Tags" (etiquetas de cachorro em tradução literal para o portugues). Após isso, essa nomenclatura se tornou mais ampla para qualquer chapa de identificação, pois mesmo esses acessórios sendo utilizados por humanos, não houve uma alteração na nomeação "Dog Tag" para "human tag", por exemplo.[1]

Referências

  1. a b c d Padgett, Kenneth. «The History of Military Identification Tags». Agile Writer. Consultado em 2 de fevereiro de 2023 
  2. Lileks, James (19 de abril de 2022). «The history of dog tags». Star Tribune. Consultado em 23 de janeiro de 2023 
  3. Labbe, Savannah (24 de outubro de 2016). «The Evolution of the Military Dog Tag: From the Civil War to Present Day». The Cupola: Scholarship at Gettysburg College. The Gettysburg Compiler: 5. Consultado em 20 de janeiro de 2023 
  4. a b Lange, Katie (9 de setembro de 2020). «Dog Tag History: How the Tradition & Nickname Started». U.S. Department of Defense (em "inglês"). Consultado em 20 de janeiro de 2023 
  5. «A Brief History of Dog Tags». CC Military Surplus. 3 de janeiro de 2014. Consultado em 2 de fevereiro de 2023 
  6. O'Mara, David (1 de maio de 2020). «Identifying the Dead: a Short Study of the Identification Tags of 1914-1918». Western Front Association. Consultado em 16 de dezembro de 2022 
  7. «WHAT ARE DOG TAGS FOR». My Dog Tags. 9 de setembro de 2019. Consultado em 7 de fevereiro de 2023 
  8. Klinger, Shelby (28 de abril de 2021). «BRAILLE PLATE DRIVERS!». My Dog Tags. Consultado em 7 de fevereiro de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]