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Sistema circulatório e troca gasosa[editar | editar código-fonte]

As trocas gasosas na maioria dos Annelídios ocorre ao longo de sua superfície corporal, no que é conhecido amplamente como respiração cutânea. Algumas linhagens aquáticas podem possuir estruturas mais especializadas para esse processo, como parapódios e brânquias(1). Devido ao tamanho em volume corporal das espécies do grupo, o transporte seja de nutrientes, ou de gases é feito majoritariamente por meio de um sistema circulatório fechado, isto é, não ocorre contato direto entre o fluido sanguíneo e as células.

O sistema sanguíneo desse grupo consiste em dois vasos principais, que correm longitudinalmente ao longo do corpo do organismo: o dorsal e o ventral*. O primeiro apresenta uma parede muscular que bombeia o sangue à parte anterior do animal. Dele, a cada metâmero irradiam capilares que banham o tubo digestivo e as diversas células do segmento e desembocam no vaso dorsal(1). Este, por sua vez, leva o sangue em direção posterior. Ao longo dos metâmeros apresenta capilares vascularizados pela superfície corporal, podendo conter brânquias ou parapódios, que permitem a troca gasosa entre o pigmento respiratório, normalmente a hemoglobina, e o meio externo(1). Então, o sangue oxigenado retorna ao vaso dorsal, completando o ciclo.

não é essa a imagem que quero usar, só pra dar uma ideia

O esquema descrito acima é uma generalização de como funciona o sistema circulatório nos Annelida, assim dentro do filo há diversas exceções, que demonstram sistemas com outras características resultantes de caminhos evolutivos diferentes. Por exemplo, os Sabelídeos*, organismos sésseis que vivem em tubos, apresentam brânquias na região anterior do corpo (1). Estas são altamente vascularizadas, já que estão na única parte do organismo que fica em contato constante com o meio, possibilitando a troca gasosa, enquanto seu tronco fica restrito ao tubo, não sendo eficiente sua superfície inteira para a respiração. Não só o hábito, o tamanho também influencia em como o sistema circulatório de dispõe. Espécies do filo Sipuncula, a maioria de pequeno porte, chegam a não apresentar qualquer estrutura especializada de circulação, o papel que o sangue tem um outras linhagens, nelas é exercido pelo fluido celomático, que corre ao longo de seu corpo não segmentado(1).

Reprodução[editar | editar código-fonte]

Na linhagem dos Anelídeos, ocorre tanto a reprodução sexuada, quanto a assexuada. O tipo de reprodução depende de qual grupo está se referindo, havendo diferenças no processo entre Polychaetas, Oligochaetas e Hirudineos [1].

Minhoca (Oligochaeta), com clitelo, estrutura importante na reprodução, evidenciado na parte anterior do corpo.

Polychaeta[editar | editar código-fonte]

Nos Polychaetas, a reprodução assexuada pode acontecer por meio de dois processos: arquitomia, ou paratomia[2].

Morfologia[editar | editar código-fonte]

Sistema circulatório e Troca gasosa[editar | editar código-fonte]

As trocas gasosas na maioria dos Anelídeos ocorre ao longo de sua superfície corporal, no que é conhecido amplamente como respiração cutânea. Algumas linhagens aquáticas podem possuir estruturas mais especializadas para esse processo, como parapódios e brânquias. Devido ao tamanho em volume corporal das espécies do grupo, o transporte seja de nutrientes, ou de gases é feito majoritariamente por meio de um sistema circulatório fechado, isto é, não ocorre contato direto entre o fluido sanguíneo e as células.[3]

O sistema sanguíneo desse grupo consiste em dois vasos principais, que correm longitudinalmente ao longo do corpo do organismo: o dorsal e o ventral[4]. O primeiro apresenta uma parede muscular que bombeia o sangue à parte anterior do animal. Dele, a cada metâmero irradiam capilares que banham o tubo digestivo e as diversas células do segmento e desembocam no vaso dorsal[3]. Este, por sua vez, leva o sangue em direção posterior. Ao longo dos metâmeros apresenta capilares vascularizados pela superfície corporal, podendo conter brânquias ou parapódios, que permitem a troca gasosa entre o pigmento respiratório, normalmente a hemoglobina, e o meio externo[3]. Então, o sangue oxigenado retorna ao vaso dorsal, completando o ciclo.

O esquema descrito acima é uma generalização de como funciona o sistema circulatório nos Annelida, assim dentro do filo há diversas exceções, que demonstram sistemas com outras características resultantes de caminhos evolutivos diferentes. Por exemplo, os Sabelídeos*, organismos sésseis que vivem em tubos, apresentam brânquias na região anterior do corpo[3]. Estas são altamente vascularizadas, já que estão na única parte do organismo que fica em contato constante com o meio, possibilitando a troca gasosa, enquanto seu tronco fica restrito ao tubo, não sendo eficiente sua superfície inteira para a respiração. Não só o hábito, o tamanho também influencia em como o sistema circulatório de dispõe. Espécies da linhagem Sipuncula, a maioria de pequeno porte, chegam a não apresentar qualquer estrutura especializada de circulação, o papel que o sangue tem em outras linhagens, nelas é exercido pelo fluido celomático, que corre ao longo de seu corpo não segmentado[3].

utro grupo interessante de se notar é o das sanguessugas (Hirudinea). Devido a diminuição da cavidade celômica e do volume corporal, o transporte de substâncias via difusão se torna eficiente, com isso, em algumas linhagens do grupo, o sistema circulatório é consideravelmente reduzido, ou até substituído por outro oriundo do celoma. Nestes casos, os pigmentos respiratórios estão dentro de corpúsculos, para evitar um possível desbalanço osmótico, por haver muito soluto na solução celômica.[3]

Sistema nervoso e Órgãos dos sentidos[editar | editar código-fonte]

O sistema nervoso em anelídeos, de uma maneira geral, é composto por diversos gânglios dispostos ao longo de seu corpo, ligados por um, ou mais, cordões ventrais. Do gânglio cerebral, localizado na região da faringe, porção superior do peristômio ou prostômio (característica importante para a classificação)[5], saem dois conectivos circum-entéricos, que passam ao redor do tubo digestivo e se encontram na parte ventral do corpo, formando o gânglio subesofágico.[3] Então, a partir deste ponto, normalmente irradiam-se dois feixes nervosos que correm ao longo do corpo e se comunicam por neurônios transversais, numa disposição similar a uma escada de cordas[6][7]. Cada metâmero tem um par de gânglios, um conectado ao seu respectivo feixe e também a uma rede neural que se ramifica à superfície corporal.*

Também é interessante notar a existência de fibras gigantes paralelas aos gânglios, ao longo do corpo, elas têm um diâmetro maior, possibilitando uma velocidade de sinapse mais veloz. Essa estrutura é associada a mecanismos de fuga dos anelídeos e muitos outros animais que a possuem[8].[3] Assim, esse feixe nervoso é responsável pela ativação rápida dos músculos associados às respostas que precisam ser instantâneas. Por exemplo, no caso dos organismos de hábito séssil, como os Sabellidae, se o animal está em uma situação de perigo, os neurônios gigantes fazem o animal se contrair rapidamente para dentro de seu tubo[3].

A arquitetura da rede neural em anelídeos apresenta um alto nível de variação entre as diferentes linhagens. Pode ocorrer dos cordões ventrais estarem extremamente separados, como em Saccocirridae, ou até completamente fundidos, como em Nerillidae e nas sanguessugas (Hirudinea)[3]. Pode ocorrer também somente um cordão nervoso, internamente dividido em dois segmentos. Isso é considerado uma característica plesiomórfica da linhagem[6].

Os órgãos dos sentidos, nos anelídeos, dependem muito do hábito de vida. Há uma certa similaridade, porém as variadas características foram pautadas pelos diferentes caminhos evolutivos. Em geral, todos possuem receptores táteis, células quimiorreceptoras e fotorreceptoras. As duas primeiras estruturas estão dispersas ao longo da superfície do organismo, normalmente são células sensíveis únicas, que recebem e transmitem a informação pelo sistema sistema nervoso. Mas, também podem se concentrar em certa regiões do corpo, como nos órgãos nucais, um conjunto de quimiorreceptores situado na parte dorsal do prostômio, presente somente em polychaetas[7]. Os receptores táteis também estão relacionados às cerdas, recebendo informação da superfície na qual o animal está em contato.[3] As estruturas fotorreceptoras em anelídeos são altamente variáveis. Enquanto a presença de células sensíveis à luz é observada em geral por toda a linhagem, a presença de olhos pigmentados é majoritária somente nos polychaetas[9]. Os olhos nos polychaetas são denominados como “olhos cerebrais” devido a sua proximidade ao cérebro, porém em diversos táxons de anelídeos as estruturas fotorreceptoras podem estar em diferentes posições. Em alguns Sabellidae, na coroa tentacular, ou até no pigídio e em sanguessugas, em porções do tronco. No que diz a estrutura do sistema de visão, pode ser muito variada: olhos compostos por somente duas células, ocelos também de duas células, olhos compostos e, até em uma família de polychaeta, os Alciopidae, olhos complexos com diversas estruturas acessórias[10].[9] Se acredita que os fotorreceptores dos anelídeos somente permitem informação acerca da intensidade e direção da luz, porém nos casos dos olhos mais complexos, se estipula que poderia haver a formação de imagens[3].


  1. Brusca, Richard; Moore, Wendy; Shuster, Stephen (2018). Invertebrados 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. pp. 686–690 
  2. Gibson, Glenys D.; Paterson, Ian G. (2003). «Morphogenesis during sexual and asexual repoduction in Amphipolydora vestalis (Polychaeta: Spionidae)». New Zealand Journal of Marine and Freshwater Research 
  3. a b c d e f g h i j k l Brusca, Richard C.; Moore, Wendy; Shuster, Stephen M. (2018). «Capítulo 14». Invertebrados. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 
  4. Nakao, Taisuke (1974). «An electron microscopic study of the circulatory system in Nereis japonica». Journal of Morphology (em inglês). 144 (2): 217–235. ISSN 1097-4687. doi:10.1002/jmor.1051440207. Consultado em 19 de junho de 2020 
  5. Jenner, Ronald A. (1 de abril de 2006). «Challenging received wisdoms: Some contributions of the new microscopy to the new animal phylogeny». Integrative and Comparative Biology (em inglês). 46 (2): 93–103. ISSN 1540-7063. doi:10.1093/icb/icj014. Consultado em 19 de junho de 2020 
  6. a b Orrhage, Lars; Müller, Monika C. M. (1 de março de 2005). «Morphology of the nervous system of Polychaeta (Annelida)». Hydrobiologia (em inglês). 535 (1): 79–111. ISSN 1573-5117. doi:10.1007/s10750-004-4375-4. Consultado em 19 de junho de 2020 
  7. a b Purschke, Günter (2005). Bartolomaeus, T.; Purschke, G., eds. «Sense organs in polychaetes (Annelida)». Dordrecht: Springer Netherlands. Morphology, Molecules, Evolution and Phylogeny in Polychaeta and Related Taxa. Developments in Hydrobiology (em inglês): 53–78. ISBN 978-1-4020-3240-0. doi:10.1007/1-4020-3240-4_5. Consultado em 20 de junho de 2020 
  8. Simmons, Peter J. (Peter John), 1952-; Young, David, 1942 February 25- (1999). Nerve cells and animal behaviour 2nd ed ed. Cambridge, U.K.: Cambridge University Press. pp. 42–75. OCLC 51283866 
  9. a b Purschke, Günter; Arendt, Detlev; Hausen, Harald; Müller, Monika C. M. (1 de dezembro de 2006). «Photoreceptor cells and eyes in Annelida». Arthropod Structure & Development. Origin and Evolution of Arthropod Visual Systems (Part I) (em inglês). 35 (4): 211–230. ISSN 1467-8039. doi:10.1016/j.asd.2006.07.005. Consultado em 20 de junho de 2020 
  10. Wald, George; Rayport, Stephen (24 de junho de 1977). «Vision in Annelid Worms». Science (em inglês). 196 (4297): 1434–1439. ISSN 0036-8075. PMID 17776921. doi:10.1126/science.196.4297.1434. Consultado em 20 de junho de 2020