Usuário(a):JDF2879/Puma Energy

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Puma Energy
JDF2879/Puma Energy
Filial com participação maioritária
Atividade Petróleo e gás
Fundação 1997 (adquirida em 2000)
Sede Singapura
Pessoas-chave Graham Sharp (Presidente) Pierre Eladari (CEO)
Produtos Produtos petrolíferos
Serviços Refinaria, distribuição e retalho

Puma Energy é uma empresa petrolífera midstream e downstream, subsidiária da empresa multinacional de comercialização de matérias-primas Trafigura Beheer BV.[1] Tem operações em 37 países espalhados por cinco continentes, englobando o fornecimento, armazenamento, refinação, distribuição e venda a retalho de uma vasta gama de produtos petrolíferos.[2][3]

A empresa foi fundada na América Central em 1997, como rede de armazenamento e distribuição de petróleo, e está agora ativa na América Latina, em África, nos Países Bálticos, no Médio Oriente, na Ásia e na Austrália.[4][5] Foi adquirida pela Trafigura em 2000. Em 2010, a empresa anunciou a aquisição de cinco empresas de venda a retalho da BP Africa.[6] Desde então tem adquirido outros ativos de comercialização de combustíveis na América Central, nas Caraíbas, no Sudeste Asiático e na Austrália.[7][8]


A empresa possui e opera mais de 1.500 estações de serviço e 3,8 milhões de metros cúbicos (24 milhões de barris) de instalações de armazenamento de petróleo.[8] A empresa emprega mais de 6.000 colaboradores e está sedeada em Singapura, com eixos regionais em Genebra, Joanesburgo, San Juan e Talin.[9][10][11]


Atividade por região[editar | editar código-fonte]

África[editar | editar código-fonte]

A empresa tem operações em doze países na África Austral, Ocidental e Central.[3] Entrou para o mercado africano através do Congo-Brazzaville em 2002, antes de se expandir para o Gana, Moçambique, Nigéria, Costa do Marfim, República Democrática do Congo e Angola como um dos maiores investidores no setor downstream subsariano.[12][13] Em setembro de 2011, a Puma concluiu as negociações para adquirir os interesses downstream da BP na Namíbia (100%), Botsuana (100%), Zâmbia (75%), Malawi (50%) e Tanzânia (50%) por 296 milhões de USD.[14][15] O negócio resultou numa carteira de ativos de retalho em cinco países, englobando combustíveis comerciais e de aviação, lubrificantes, mais de 190 estações de serviço, vários depósitos de armazenamento e um terminal de importação.[16]

O negócio do Botsuana foi responsável por uma parte significativa do preço total e marcou a primeira vez que a empresa entrou num país africano sem litoral, conferindo-lhe uma presença transcontinental, desde a Namíbia até Moçambique.[17] Também em 2010 a empresa formou uma aliança com a Castrol para a distribuição de marcas de lubrificantes nos novos mercados da África Austral, bem como em Angola e na República Democrática do Congo.[18] Em 2012 a empresa adquiriu 5.000 metros cúbicos em terminais de importação para gás de petróleo liquefeito no Benim e no Senegal.[19][20] Em 2012 a empresa entrou no mercado de retalho da África Oriental, com enfoque especial no Ruanda, no Quénia, no Uganda, na Etiópia e no Burundi.[21]

América Central e Caraíbas[editar | editar código-fonte]

Em 2010, a Puma Energy formou a sua subsidiária regional, a Puma Energy Caribe, que comprou o depósito de combustível da Caribbean Petroleum Corporation em Puerto Rico, o qual fora danificado por um incêndio, bem como 147 estações de serviço da marca Gulf.[7] Em março de 2012 a empresa adquiriu os negócios downstream da ExxonMobil na Guatemala, em El Salvador, nas Honduras, na Nicarágua, no Panamá e no Belize, estabelecendo-a como uma das maiores empresas de petróleo da região.[8] Na Nicarágua a empresa tem 40% do mercado de retalho, para além de uma refinaria de petróleo em Manágua, adquirida à Exxon, com capacidade para 19.500 barris por dia (3.100 m3/d).[8]

Em julho de 2012, a empresa comprou os negócios de armazenamento e distribuição de combustível da Chevron em Puerto Rico e nas Ilhas Virgens dos Estados Unidos da América. Os ativos incluem 192 estações de serviço da Texaco, o fornecimento de combustível de aviação e tanques de armazenamento com uma capacidade combinada de 430.000 barris (68.000 m3).[7] Foi feita outra aquisição à ExxonMobil em novembro de 2012, nomeadamente a compra do negócio de fornecimento e comercialização da Esso Standard Oil na República Dominicana.[22] Em fevereiro de 2013, a Puma Energy e a Castrol formaram uma nova parceria para comercializar os lubrificantes da Castrol nos seis mercados da Puma na América Central e no Paraguai.[18]

Sudeste Asiático[editar | editar código-fonte]

Em julho de 2012, a Puma Energy anunciou a aquisição da Chevron Kuo Pte, sedeada em Singapura e proprietária de 70% da Chevron Bitumen Vietnam – importadora e distribuidora de asfalto para projetos de infraestruturas no Vietname. O negócio foi concluído em novembro de 2012. [23] Assim, a empresa expandiu as suas atividades para o mercado mundial de betume.[24]

Em outubro de 2012, a empresa indonésia de petróleo e gás MedcoEnergi assinou um acordo com a Puma Energy para vender uma participação de 64% na sua subsidiária de armazenamento e distribuição de combustíveis líquidos, a PT Medco Sarana Kalibaru (MSK).[25] Os ativos downstream da MSK incluem um armazém de depósito de 22.700 metros cúbicos para diesel de alta velocidade em Jacarta, bem como a infraestrutura de transporte e uma rede de distribuição para o fornecimento de combustível a empresas mineiras em Sumatra e Kalimantan.[26]

Austrália[editar | editar código-fonte]

Em janeiro de 2013, a Puma Energy comprou a Neumann Petroleum em Queensland, Austrália, num negócio que incluiu uma cadeia de 125 estações de serviço e um terminal de volumes de combustível costeiro no valor de 18 milhões de dólares em Brisbane.[27] Em fevereiro de 2013, a empresa duplicou o seu número de bombas de gasolina australianas com a aquisição da Ausfuel à Archer Capital por 652 milhões de dólares, tornando-se o maior retalhista independente de combustíveis do país.[28] Em fevereiro de 2013, comprou a Central Combined Group, o maior comerciante independente de combustível em Queensland central.[29]

Propriedade[editar | editar código-fonte]

Em setembro de 2011, a Trafigura anunciou que iria vender uma participação de 20% na Puma Energy à Sonangol Holdings, subsidiária da empresa petrolífera estatal de Angola.[30][31] Outros investidores privados detêm 15% da Puma Energy.[9]

Em dezembro de 2012, o Financial Times noticiou que a Trafigura designara 2014 como a data mais "próxima" para uma oferta pública da Puma Energy, sendo o mercado de Londres o mais provável para a operação.[9]

[32] Um artigo da Reuters na mesma semana citou uma declaração da empresa explicando que a Puma Energy era "bem financiada pelos atuais acionistas“ e que não tinha "uma necessidade imediata de entrar nos mercados públicos" e que uma oferta pública inicial (IPO) seria "uma das várias opções para o futuro".[33]

Patrocínios desportivos[editar | editar código-fonte]

A Puma Energy patrocina vários eventos desportivos em África, nomeadamente o Zambia International Rally.[34] Em 2012, a empresa patrocinou o Malawi Open Tennis Championship.[35] Em 2012, a empresa uniu forças com a companhia de seguros Madison General para patrocinar Mohammed Essa, campeão nacional de rali na Zâmbia.[36] As duas empresas renovaram o patrocínio a Essa em fevereiro de 2013.[37]

Referências

  1. «Puma Energy Acquires Medco Unit». Fuels and Lubes Weekly (em inglês). 16 outubro 2014. Consultado em 17 abril 2013 
  2. «Puma Energy International B.V.». New Statesman (em ingles). Consultado em 17 abril 2013 
  3. a b «KenolKobil, Puma deal seen done in a few months». Reuters (em ingles). 8 maio 2012. Consultado em 17 abril 2013 
  4. «Puma Energy». Petrol Plaza (em inglês). 23 janeiro 2013. Consultado em 17 abril 2013 
  5. «Trafigura Boosts Vertical Integration With BP Retail Asset Purchase». Oil and Gas Insight (em inglês). Novembro 2010. Consultado em 17 abril 2013 
  6. «BP sells African assets to Puma Energy for £296m». The Telegraph (em inglês). 15 novembro 2010. Consultado em 17 abril 2013 
  7. a b c «Puma caps buy of Chevron in PR, USVI». Caribbean Business (em inglês). 1 augusto 2012. Consultado em 17 abril 2013  Verifique data em: |data= (ajuda)
  8. a b c d Tim Rogers (7 junho 2012). «Puma pumped on Nicaragua». Nicaragua Dispatch (em inglês). Consultado em 17 abril 2013 
  9. a b c Javier Blas (18 dezembro 2012). «Trafigura's Puma IPO slated for 2014». Financial Times (em inglês). Consultado em 17 abril 2013 
  10. Neil Hume (24 novembro 2013). «Trafigura raises $500m from sale of 10% Puma stake». Financial Times (em inglês). Consultado em 1 dezembro 2013 
  11. «Puma Energy to Acquire Ausfuel for USD648 million». Oil Trends (em inglês). Consultado em 17 abril 2013 
  12. Jo-Mare Duddy (16 novembro 2011). «Trafigura, Sonangol clinch BP deal». The Namibian (em inglês). Consultado em 17 abril 2013 
  13. Desie Heita (16 novembro 2011). «Namibia: Puma Buys Caltex». The Nigerian Daily (em inglês). Consultado em 17 abril 2013 
  14. «BP gets $296m for African marketing businesses». Share Cast (em inglês). 15 novembro 2010. Consultado em 17 abril 2013 
  15. «Sonangol e Puma Energy compram negócios da BP». Visão News. 16 novembro 2010. Consultado em 25 janeiro 2014 
  16. «BP to sell African downstream businesses to Trafigura». ArgusMedia (em inglês). 15 novembro 2010. Consultado em 17 abril 2013 
  17. Mbongeni Mguni (19 novembro 2010). «BP deal leaves govt in the cold». Mmegi Online (em inglês). Consultado em 17 abril 2013 
  18. a b «Puma Energy, Castrol, Extend Partnership to Central and South America». Petrol World.com (em inglês). 6 fevereiro 2013. Consultado em 17 abril 2013 
  19. LNG World News (em inglês). 19 abril 2012 Energy Buys LPG Terminal in Benin http://www.lngworldnews.com/puma-energy-buys-lpg-terminal-in-benin/título=Puma Energy Buys LPG Terminal in Benin Verifique valor |url= (ajuda). Consultado em 17 abril 2013  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  20. «Puma Energy Acquires LPG Terminal In Senegal». Ventures Africa (em inglês). 4 julho 2012. Consultado em 17 abril 2013 
  21. Gertrude Majyambere (11 maio 2012). «Puma energy buys into Kenolkobil». New Times (em inglês). Consultado em 17 abril 2013 
  22. Maximo Perez (14 novembro 2012). «Dicen Esso vendió sus negocios en RD». Al Momento (em espanhol). Consultado em 17 abril 2013 
  23. «VIETNAM: Puma Energy completes acquisition of Chevron Kuo and bitumen businesses in Hanoi and Ho Chi Minh». EnergyAsia (em inglês). 2 novembro 2012. Consultado em 17 abril 2013 
  24. «Trafigura's Puma buys into Chevron's Vietnam bitumen asset». Reuters (em inglês). 18 julho 2012. Consultado em 17 abril 2013 
  25. «Indonesia's Medco to sell stake in liquid fuel unit to Puma Energy». Reuters (em inglês). 11 outubro 2012. Consultado em 17 abril 2013 
  26. «INDONESIA: MedcoEnergi, Puma Energy starts up fuel trading and distribution business». Energy Asia (em inglês). 12 dezembro 2012. Consultado em 17 abril 2013 
  27. Sophie Foster (23 janeiro 2013). «Having bought up 125 independent Matilda petrol stations, Puma stalks fuel giants». Energy Asia (em inglês). Consultado em 17 abril 2013 
  28. «Trafigura to Spend $68 Million on Australian Import Terminal». Hellenic Shipping News (em inglês). 5 fevereiro 2013. Consultado em 17 abril 2013 
  29. Tatyana Shumsky (28 fevereiro 2013). «Trafigura's Puma Energy Snaps Up Central Combined Group». Wall Street Journal (em inglês). Consultado em 17 abril 2013 
  30. «Sonangol takes 20 per cent stake in Puma Energy». Cross-border Information (em inglês). 7 outubro 2011. Consultado em 17 abril 2013 
  31. «Sonangol adquire 20 porcento do capital da Puma Energy». Ango Notícias. 21 dezembro 2012. Consultado em 25 janeiro 2014 
  32. Andy Hoffman (25 novembro 2013). «Trafigura Nine-Month Profit Falls 33%, Cuts Stake in Puma Energy». Bloomberg (em inglês). Consultado em 17 abril 2013 
  33. «Trafigura's Puma Energy says no immediate IPO plans». Reuters (em inglês). 16 dezembro 2012. Consultado em 17 abril 2013 
  34. Ignatius Mazeko (11 maio 2012). «Puma Energy Zambia International Rally blasts off». Moto Cross (em inglês). Consultado em 17 abril 2013 
  35. «Puma Pumps K2M into Tennis». Face of Malawi (em inglês). 9 outubro 2012. Consultado em 17 abril 2013 
  36. Darious Kapembwa (14 abril 2012). «Essa gets Puma Energy, Madison sponsorship deal». The Post Newspapers (em inglês). Consultado em 17 abril 2013 
  37. «Essa,Puma and Madison seal deal». Sai Life Sport (em inglês). 27 fevereiro 2013. Consultado em 17 abril 2013