Usuário(a):Lucashempa/TestesRaimundos

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O retorno se deu em 1992 com uma oportunidade em tocar em um bar de Goiânia.[1] Como Digão havia passado para a guitarra, a banda começou a procura por um baterista, chegando até a utilizar uma bateria eletrônica. Não obtendo bons resultados, recrutam Fred, que na época já era fã do grupo.[2][3] Já em 1993, o Raimundos gravou uma fita demo, contendo "Nega Jurema", "Marujo", "Palhas do Coqueiro" e "Sanidade",

iniciando então divulgação pelo país. A banda passou a ser reconhecida pela mídia e por outras bandas, e foi convidada a tocar no Rio de Janeiro. Nesta época, abriram apresentações de Camisa de Vênus e Ratos de Porão no Circo Voador, além de uma temporada para o Titãs.[4]

O primeiro disco e shows com Sepultura e Ramones (1994)[editar | editar código-fonte]

Em agosto de 1993, o Raimundos se apresentou na primeira edição do Festival Juntatribo, e mesmo tendo tocado apenas três músicas o grupo acabou sendo evidenciado como o destaque entre as dezessete que elencaram o evento.[5] A performance da banda somada ao especial que a MTV fez do festival foi fator determinante para dar a visibilidade que a banda ganhou nos anos seguintes.[6][7]


M2.000 Summer Concerts[8][9]

Já em janeiro de 1994, o Raimundos foi anunciado com a primeira banda a produzir um disco pelo recém fundado selo Banguela Records, fruto de uma parceria entre o Titãs e a Warner,[10] e em abril, um mês antes do lançamento do disco, músicas como "Nêga Jurema", "Puteiro em João Pessoa" e "Selim" já eram apontadas pela imprensa como destaques do mesmo.[11]

Com o primeiro disco da banda, o Raimundos, distribuído em território nacional a partir de 10 de maio de 1994, a banda logo iniciou uma série de shows para promovê-lo. O show de lançamento do mesmo foi no AeroAnta, em São Paulo, no dia 12 de maio,[12] e já no dia seguinte o Raimundos dividiu palco com Titãs, que apresentava o show do seu novo disco, Titanomaquia, em Anhangabaú.[13]


Já em agosto o Raimundos se apresentou na primeira edição nacional do Monsters of Rock, festival que reuniu cerca de 30 mil pessoas no Estádio do Pacaembu. Nessa ocasião o Raimundos dividiu palco dividiu placo com bandas como Angra, Suicidal Tendencies, Black Sabbath, Slayer e Kiss.[14]



que logo foi considerado o maior êxito do rock brasileiro naquele ano, tendo vendido rapidamente mais de 170 mil cópias.[15]


Com o disco


Em 1994, lançam seu primeiro disco, intitulado apenas como Raimundos, pelo selo Banguela dos Titãs.[16] O disco teve boa aceitação, vendendo mais de 150 mil cópias.[17] O som pesado, com letras cheias de palavrões e com fortes influências nordestinas, chamou a atenção da mídia e do público, com canções como "Puteiro em João Pessoa". O grande sucesso do álbum foi a balada pornô-erótica "Selim", que impulsionou as vendas do disco e tornou a banda conhecida no país inteiro. O álbum foi de extrema importância para o cenário musical brasileiro, devido ao som inovador (intitulado "forró-core") e ao fato de ter sido um dos responsáveis pela "abertura de portas" para o rock dos anos 90, influenciando praticamente todas as bandas que se formariam depois.[18][19]

No último trimestre de 1994 o Raimundos abriu os shows da turnê realizada pelo Ramones junto ao Sepultura no sul do Brasil.[20]

Em 1995, com a ruptura entre a Banguela da Warner, o Raimundos renovou seu contrato diretamente com a Warner,[21] e naquele ano voltaram ao estúdio pra gravar o seu segundo disco, Lavô Tá Novo. Com mais ênfase no hardcore em detrimento ao forró, gerou sucessos como "Esporrei Na Manivela", "Pitando No Kombão", "O Pão da Minha Prima" e "I Saw You Saying (That You Say That You Saw)" e superou as vendas do original.[22][23] Os Raimundos se consolidaram com participações nos festivais Monsters of Rock e Hollywood Rock, onde tocaram ao lado de grupos clássicos como Motorhead e Iron Maiden.[24] Em 1996 a banda lança uma caixa com CD, história em quadrinhos e fita VHS chamada Cesta Básica.[25]

  1. Jose Abrão (17 de agosto de 2017). «Raimundos: "Goiânia marcou muito a gente"». Mais Goiás. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  2. Augusto Diniz (22 de agosto de 2017). «Raimundos abusa dos hits da carreira para superar shows de portugueses e ucranianos». Jornal Opção. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  3. Lupa Charleaux (Julho de 2014). «Raimundos Helles, a cerveja mais pedida do Rock». Blog N'Roll. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  4. «Raimundos». Portal do Rock. 2009. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  5. Levy, Clayton (26 de agosto de 1993). «Festival junta tribos de rock em Campinas». O Estadão. Consultado em 30 de março de 2023. Cópia arquivada em 30 de março de 2023 
  6. Plasse, Marcel (9 de abril de 1994). «Brasil entra na era dos eventos do 'college rock'». Folha de São Paulo. Consultado em 30 de março de 2023. Cópia arquivada em 30 de março de 2023 
  7. Schott, Ricardo Schott (31 out 2004). «Raimundos: A corrida do ouro». Superinteressante. Consultado em 30 de março de 2023 
  8. Da redação (21 de janeiro de 1994). «Helmet toca no Sul no festival M2.000». Folha de São Paulo. Consultado em 30 de março de 2023. Cópia arquivada em 30 de março de 2023 
  9. Resende, Juliana (7 de fevereiro de 1994). «Raimundos e Lemonhead levantam o M2000». O Estadão. Consultado em 30 de março de 2023. Cópia arquivada em 30 de março de 2023 
  10. Da redação (19 de janeiro de 1994). «Titãs e Warner assinam contrato para lançamento de novas bandas». Folha de São Paulo. Consultado em 29 de março de 2023 
  11. Massari, Fábio (18 de abril de 1994). «Os Raimundos lançam heavy-sertanejo». Folha de São Paulo. Consultado em 29 de março de 2023. Cópia arquivada em 29 de março de 2023 
  12. Alexandre, Ricardo (12 de maio de 1994). «Raimundos: Hoje à noite, no Aeroanta, banda faz show de lançamento de seu primeiro disco». O Estadão. Consultado em 29 de março de 2023. Cópia arquivada em 29 de março de 2023 
  13. Resende, Juliana (13 de maio de 1994). «Raimundos invadem o palco dos Titãs». O Estadão. Consultado em 29 de março de 2023. Cópia arquivada em 29 de março de 2023 
  14. Plasse, Marcel (29 de agosto de 1994). «Kiss monta circo no Monsters of Rock». Folha de São Paulo. Consultado em 30 de março de 2023. Cópia arquivada em 30 de março de 2023 
  15. Plasse, Marcel (13 de abril de 1995). «Mercado de discos vive fase de segmentação». Folha de São Paulo. Consultado em 29 de março de 2023. Cópia arquivada em 29 de março de 2023 
  16. Mauro Ferreira (14 de setembro de 2019). «Primeiro álbum dos Raimundos é editado em LP com status de ter apontado tendência do rock brasileiro nos anos 1990». G1. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  17. «Raimundos festejam boa fase e tocam primeiro disco em show especial no Circo Voador». O Globo. 15 de março de 2012. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  18. Ricardo Ramos (2019). «RAIMUNDOS - 25 ANOS DE HARDCORE, FORRÓ, SELINS E PUTEIROS». Torre de Vigilância. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  19. Matheus Ribeiro (18 de maio de 2019). «OS 20 ANOS DE 'SÓ NO FORÉVIS', O MAIOR CLÁSSICO DO RAIMUNDOS». Revista Cifras. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  20. Da redação (7 de novembro de 1994). «Sepultura e Ramones percorrem 4 capitais do país em turnê inédita». Folha de São Paulo. Consultado em 29 de março de 2023. Cópia arquivada em 29 de março de 2023 
  21. Forastieri, André (10 de julho de 1995). «Banguela sai da gravadora Warner com moral altíssima». Folha de São Paulo. Consultado em 29 de março de 2023. Cópia arquivada em 29 de março de 2023 
  22. Tony Alex (3 de junho de 2015). «Raimundos relança "Lavô Tá Novo" em vinil». Tenho Mais Discos Que Amigos. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  23. Eder Parladore (12 de março de 2000). «A conquista do mundo». Jornal Virtual. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  24. Ozael Laranjeiras (27 de janeiro de 2012). «RAIMUNDOS UMA HISTÓRIA (IN)TENSA». Na Lupa. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  25. John Pereira (18 de fevereiro de 2015). «Além do Som: O Raimundos é tão bom quanto antes!». Audio Grama. Consultado em 8 de setembro de 2020