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Usuário(a):Maria Júlia Foz/Testes

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Cláudia Zimmer[editar | editar código-fonte]

Cláudia Zimmer de Cerqueira Cezar (Florianópolis , 1968) é uma artista plástica e professora no Instituto Federal Catarinense, além de editora da Revista-Valise e participa de grupos de pesquisa.

[Maju, você precisa inserir a referência de cada uma das informações que você insere no verbete. Neste link você encontra um tutorial que vai ajudar. Lembrando que estas refs precisam ser fontes secundárias e independentes, ou seja, fontes que não sejam escritas pelo próprio biografado - Dani]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Cláudia nasceu em Florianópolis, em 1968, e vive em Blumenau/SC. Artista, licenciada em Artes Plásticas pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), mestre e doutora em Artes Visuais com ênfase em Poéticas Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pós-doutorado em Processos Artísticos Contemporâneos pelo PPGAV-UDESC. Leciona no Instituto Federal Catarinense e editora da Revista-Valise. É integrante dos grupos de pesquisa "Veículos da Arte" (CNPq-UFRGS), "Proposições artísticas contemporâneas e seus processos experimentais" (CNPq-UDESC) e "Núcleo de Estudos do Brasil Meridional" (CNPq-IFC).

Práticas artísticas[editar | editar código-fonte]

Pesquisa questões relacionadas à semi-visibilidade, termo do artista Hélio Custódio Fervenza, que este muito presente em suas pesquisa do mestrado, onde a imagem é comprometida ou tem alguma interferência que não a deixa ser totalmente visível, sendo representado naturalmente por névoas, neblina, apagamento natural ou provocado pela artista por manchas, placas de acrílico, entre outras formas de interferência. Interessando-se assim pelos dias nublados, dias cinzas, apagamento das formas, contornos diluídos e imagens borradas, obstruídas trazendo o interesse pelo meio a partir do prefixo semi de semivisibilidade. Interessa-se pela paisagem, sendo pensada a partir de sua percepção e de suas concepções, trazendo o nome dos lugares pra imagem. Investiga também a prática do deslocamento na arte contemporânea, bem como a fotografia e suas múltiplas conexões e desdobramentos com a pintura, a publicação, mapas, vídeos, objetos, entre outras formas de se expressar. Como artista-viajante interessa-se pelas sensações advindas do processo in loco combinadas às impressões despertadas pelos nomes dos lugares visitados, trabalhando com topônimos dos lugares visitados, seus nomes e seus trabalhos de arte. Pesquisa títulos nas artes visuais, tendo como ponto de partida sua produção artística pessoal.

Em seu projeto artístico “Deslocalização do Meio” tem por objetivo mapear, percorrer e realizar trabalhos em e a partir de lugares cujo nome contém a palavra ‘meio’ ou ‘meia’ e ainda unir aos meios em que o trabalho se apresenta. Advinda de uma pesquisa anterior sobre questões acerca da semi-visibilidade, utilizando de elementos que são apresentados dentro de uma prática artística que pensa a paisagem. Ao evidenciar os lugares do Meio e visitá-los delineia-se o trajeto, possibilitando, assim, desenhar um mapa, que é formado apenas pela indicação dos lugares levantados e por linhas que correspondem ao caminho percorrido. Há nele uma precisão gráfica, mas que ao eliminar o entorno possibilita criar um outro contexto, um espaço para além do mapeado. Desta forma, o projeto articula também uma geografia inventada, investigando o trânsito entre lugar e mapa e lugar e sua denominação.

Exposições[editar | editar código-fonte]

Realizou as exposições individuais Meia paisagem e meia (2009), Cartografia do Meio (2010) e ilha-não-ilha (2013), Toponímia (2015), Variações do tempo (2018), Marcar o dia com pedra branca/ Marcar noite com pedra preta (2018). Participou das exposições coletivas: Espuma, vapor, passagem (2013), Visibilidade suspendida (2012), estado-cegueira | estado-escuta (2008), entre outras.

Coordenou o projeto PÉRIPLO: vídeos de artistas catarinenses, juntamente com Daniele Zacarão e Fabíola Scaranto (2014), organizou com Raquel Stolf a publicação PLUVIAL FLUVIAL (2013), 13a Bienal Internacional de Curitiba- Fotografia: seus sistemas híbridos e fronteiriços (2017), 14a Bienal Internacional de Curitiba- Fronteiras em aberto (2019) e Desterro Desaterro (2018). Desde 2011 participa da Feira de Arte Impressa Tijuana, em São Paulo e de feiras e exposições do Projeto Armazém, Florianópolis/SC.

[Seria interessante colocar essas informações em forma de listagem - Dani]

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Livro "O título como meio"[editar | editar código-fonte]

Livro lançado no dia 06/10/2015 antes da exposição de "Toponímia" no centro de artes da Universidade Federal de Pelotas

Em O título como meio, “meio” é uma espécie de centro (des)localizado, de caráter conceitual, pois (des)dobra o pensamento, admitindo a possibilidade de partir e/ou retornar para qualquer lado de um trabalho artístico. Dividido em duas partes, no “livro meio” tem um texto pessoal, que é resultado de um capítulo da tese de Zimmer e no “livro como” tem entrevistas com Aline Dias e Raquel Stolf e ainda um trabalho de Joana Corona.

Na primeira parte, “livro meio”, diz que um título mesmo sem palavras que aludam a algo entre, metade ou quase, é ele próprio que está no “meio” entre a natureza sensível, matéria plástica e a conceitual de um trabalho. Fala ainda da inquietação que as palavras “meio” e “meia” causam na artista e como fazem parte de sua investigação artística e sobre a série fotográfica Cartografia de Meio, que são fotografias de lugares que tem o “meio” ou “meia” no nome e porque receberam esses nomes.

Em artes visuais o título pode tanto estilhaçar a relação com o que é nomeado, respingando sentidos em múltiplas direções, quanto pode situar o que nomeia. Aborda o “meio” de três formas: o termo no título, claramente encontramos o vocábulo “meio” na designação, títulos que aludem a algo entre, metade ou quase, que juntamente com o objeto levam ao entendimento de algo no “meio” e quando o título é o trabalho, as palavras do nome coincidem com as do objeto.

Na segunda parte, “livro como”, temos a entrevista com a artista Aline Dias, onde a priori ela situa a sua produção dizendo sua formação, os meios e suportes usados e que trabalha com restos, sobras e situações banais, tentando ressignificar os próprios gestos. Em seguida explica como intitula suas obras, nele confirma o que constitui o seu trabalho, visual e materialmente, assinala que o título contribui na tarefa de formular e definir o trabalho, que é parte do processo de construção conceitual e logo depois explica como chegou ao título “Pollyana entrevista”, livro publicado em 2013 e “com legenda”, proposta de curadoria não realizada de 2009. Para finalizar cita alguns artistas que lhe interessam, trabalhos que travam jogos especiais para Aline entre o título e o objeto.

Na entrevista com Raquel Stolf, a artista diz que em seu processo lhe interessa o uso da palavra a partir de situações cotidianas e ficcionais, em suas fissuras, concretudes e desvios, essa investigação articula a escuta porosa. Em seguida fala sobre seu interesse por coleções e pelo processo de articulação do título e objetos nos trabalhos: Lista de coisas brancas e Assonância de silêncios, e ainda da escolha tipográfica e sobre o trabalho SOU TODA OUVIDOS. Ainda lista alguns trabalhos de outros artistas que lhe são importantes.

O livro termina mostrando alguns trabalhos, como o da Aline Dias chamado vocabulário de 2014, o da Raquel Stolf, silêncio anecoico, 2014, da Joana Corona, arquivo bolideano,2013 e o da própria escritora, Claudia Zimmer, Título, 2015.

Referências