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Como ler uma infocaixa de taxonomiaThrichomys apereoides

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Rodentia
Família: Echimyidae
Subfamília: Eumysopinae
Género: Thrichomys
Espécie: T. apereoides
Nome binomial
Thrichomys apereoides
(Lund, 1839)
Distribuição geográfica

Thrichomys apereoides, vulgarmente conhecido por rabudo, punaré ou rato-boiadeiro, é um roedor da família da Echimyidae. Seu habitat é delimitado pelo litoral do Nordeste do Brasil ao norte, passando por entre a mata atlântica ao leste e a floresta amazônica ao oeste, estendendo-se em direção sudeste até o Paraguai. Habita áreas pedregosas e de vegetação aberta, como a caatinga e o cerrado no Brasil e o chaco no Paraguai. É também encontrado na Bolívia.[1] Possui pelagem macia, marrom-escura no dorso e cinzenta ou branca nas partes inferiores, e uma cauda longa e peluda.[2] Seu tamanho é um pouco maior que a ratazana.[3]

Distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]

Faz parte da ecologia compreender como um local ou região é de suma importância para a conservação de pequenos mamíferos terrestres do brasil, assim como, a relação do mesmo com o ambiente e outras espécies . As espécies deste gênero(T. apereoides) se distribuem por diferentes biomas como o Cerrado, Pantanal e Caatinga. Algumas delas gostam de habitar em vegetações oladas(mais abertas) como são as que residem em cerrados com uma maior concentração de árvores distribuídas em sua localidade, assim como nas margens das vegetações. No Pantanal a sua preferência são as áreas mais secas do que alagadas. A Caatinga que é um bioma encontrado em alguns estados do Nordeste não fica para trás, os apereoides buscam no bioma áreas pedregosas para se acampar. Esses mamíferos possuem adaptações morfológicas diferentes de espécie para espécie, permitindo-os distribuições por diversos habitats, de acordo com que supram suas necessidades físicas e biológicas. Isso vai além dos distintos recursos alimentares. As características distintas de cada habitat contribuem para a formação de comunidades. Os bens alimentares são independentes da abundância de espécies.[4]

Alimentação[editar | editar código-fonte]

Comumente a espécie apresenta grande alternância em sua alimentação, que sofre de acordo a estação do ano e com a forma em que a vegetação se expande. Além das estações, a mudança pode ser devido à disponibilidade dos recursos alimentares.Através da coleta e análise laboratorial do material fecal da espécie, tornou-se possível a suposição ou conclusão do que este roedor se alimenta. Segundo estudos, o Thrichomys apereoides, se alimenta de sementes e cactos(provenientes do seu habitat) que são compatíveis com a capacidade de digestão do animal além, de se alimentarem de alguns insetos comumente em menor quantidade. De acordo com os responsáveis pelo o estudo, é importante enfatizar que as sementes não aparecem nas fezes deste bicho, o que torna difícil quantificar precisamente a sua preferência alimentar.[4]

Reprodução e crescimento[editar | editar código-fonte]

A espécie é um pequeno mamífero que dispõe de um elevado potencial reprodutivo e é decorrente durante todo o ano, entretanto, o sucesso reprodutivo é maior em períodos chuvosos do que secos. A fêmea por exemplo, logo alcança a maturidade sexual e sua gestação carrega grandes ninhadas. Seus filhotes nascem bem desenvolvidos como o sistema auditivo e visual concluídos, a pele já coberta por pelos, e seus dentes incisivos já preparados para realizar os primeiros cortes nos alimentos sólidos como parte da digestão. Os machos crescem mais rápido do que as fêmeas e possui um peso superior a mesma, embora, não exista muita diferença quanto ao crescimento entre ambos os sexos quando diz respeito a mesma espécie. O que não acontece quando comparado a outra, por exemplo o Thrichomys pachyums. Em linhas gerais, os machos vivem por mais tempo do que as fêmeas.[4]

População[editar | editar código-fonte]

O gênero thrichomys, dispõe de uma população com pouca adaptação fisiológica, sendo este, principalmente comportamentais e de ocupação do habitat(Streilen, 1982b). Tal população consegue sobreviver com restrições de água equiparado a outras espécies, isso, por viverem em regiões mais secas. Como fruto da minguada ingestão de água pouco se urina, sendo ela bastante concentrada. Ele pertence a família Echimyidae e está entre as 69 espécies que a compõe.[4]

Capacidade natatória[editar | editar código-fonte]

Mesmo o T. apereoides sendo um mamífero terrestre despertou-se a curiosidade por parte de alguns pesquisadores em conhecer a capacidade natatória do roedor terrestre e semi-aquático (T. pachiurus), para isso, foi preciso verificar o peso do roedor para ciência do quanto de água fica enclausurado em seu pêlo, além de dispor de programas computadorizados para analisar a freqüência de movimentos realizada pelas patas dos roedores. Esse estudo ainda está em andamento, logo, não se tem resultados concretos.[4]

Quanto a absorção de água por meio dos pêlos do animal, foi verificado que não existe discrepância entre alugas espécies deste gênero. Esta conclusão foi obtida após observar o apereoides e outra espécie que ao nadarem, realizam movimentos quadrúpedes(provenientes de seu porte anatômico) mal-arranjados, com diferentes sequências locomotoras num mesmo progresso. Não foram detectados sequer algum tipo de sequências semelhantes ao de mamíferos semiaquáticos entres as espécies estudadas. Eles nadam pela superfície e sob baixa velocidade, utilizando as mesmas sequências locomotoras usadas no firmamento. A quantidade de água em que seus pêlos conseguem absorver está diretamente relacionada ao desempenho que possuem ao flutuarem e, por conseguinte, ao seu desempenho ao nadar. Os resultados da absorção de água mostrou-se alta, o que possibilita o afundamento do animal e sua baixa eficiência natatória.[4]

Citogenética[editar | editar código-fonte]

Como já citado, a família na qual o popular punaré faz parte a Echimyidae, está entre as famílias com maior diversidade ecológica quando a ênfase são os roedores. O rabudo possui uma alta variabilidade cromossômica, e é por este motivo que torna-se viável a descoberta de algumas outras espécies com um determinado grau de parentesco. Através de um estudo e análise citogenética foi detectado no Thrichomys apereoides 11 pares de cromossomos com o centrômero localizado ao meio e com as cromátides aproximadamente iguais (metacêntricos), 1 cromossomo com uma cromátide menor que a outra (submetacêntrico) e 1 com o centrômero localizado mais na extremidade(acrocêntrico), o X da fêmea (acrocêntrico) e o Y do macho (submetacêntrico).[4]

Caça silvestre[editar | editar código-fonte]

De acordo com divulgações de jornais regionais, existem moradores de uma parte da região do Nordeste que possui a prática de se alimentar do mamífero através da caça que são capturadas através de armadilhas. Segundo a posição do IBAMA(Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), o punaré é um silvestre comestível e saudável por ser originalmente do Sertão e sua alimentação rica em proteínas, não causando danos para os que vierem ingeri-lo. Enquanto o rato doméstico possui efeitos totalmente contrários a este, como consequência do ambiente em que vive e pela alimentação que obtém.[3]

Quanto a algum tipo de risco que o roedor venha trazer, não se sabe ao certo, mas é provável que a Doença de Chagas. Que após estudos obteve o resultado da presença de um parasita que é o Tripanossoma cruzi.[3]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. BONVICINO, C.; GEISE, L. 2008. Red List of Endangered Species (online). Acessado em 21 de dezembro de 2009.
  2. Bonvicino, C.R; Oliveira, J. A. de; D’Andrea, P. S. (2008). Guia dos Roedores do Brasil. Rio de Janeiro: Centro Pan-Americano de Febre Aftosa - OPAS/OMS. pp. 104–107 
  3. a b c «"Rato- rabudo" não passa de caça silvestre consumida no sertão piauiense - Piauí». Portal O Dia. Portal do Dia. 2013. Consultado em 30 de janeiro de 2020 
  4. a b c d e f g Finotti, Ricardo; Moraes. «Diferenciação dos hábitos alimentares de três espécies do gênero Thrichomys» (PDF). Sociedade Brasileira de Mastozoologia 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]