Usuário(a):Pedro M. Lucas/Logística inversa

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A logística inversa também é conhecida por reverível, reversa ou verde, sendo a área da logística que trata, genericamente, do fluxo físico de produtos, embalagens ou outros materiais, desde o ponto de consumo até ao local de origem. (Dias, 2005, p. 205). Desde há muito tempo que existem processos de logística inversa, não eram é tratados e denominados como tal, como por exemplo, o retorno das garrafas (vasilhame),a recolha de lixos e resíduos. Actualmente é uma preocupação constante para todas as empresas e organizações públicas e privadas, tendo quatro grandes pilares de sustentação: a consciencialização dos problemas ambientais;a sobre-lotação dos aterros; a escassez de matérias-primas; as políticas e a legislação ambiental.

A logística inversa aborda a questão da recuperação de produtos, parte de produtos, embalagens, materiais, de entre outros, desde o ponto de consumo até ao local de origem ou de deposição em local seguro, com o menor risco ambiental possível. Assim, a logística inversa trata de um tema bastante sensível e muito oportuno, em que o desenvolvimento sustentável e as politícas ambientais, são um tema de relevo na actualidade.

Actualmente a logística não aborda somente os fluxos físicos e informacionais tradicionais, desde o ponto de origem, até ao local de consumo. É muito mais abrangente, envolvendo todos os fluxos físicos, informacionais, toda a gestão de materiais e toda a informação inerente, nos dois sentidos, directo e inverso (Carvalho, 2002, p. 31). A logística inversa tem um papel preponderante, neste novo conceito de logística, muito mais global e abrangente, como podemos constatar neste artigo.

O conceito de logística inversa, tem várias definições, em função dos autores ou organismos em causa. Apresentam-se de seguida duas definição de logística inversa, segundo o CSCMP (Council of Supply Chain Management Professionals),uma organização internacional, e segundo os autores Rogers e Tibben-Lembke, que têm dedicado grande parte do seu tempo à investigação, desenvolvimento e sistematização desta área da logística:

1) Segundo o CSCMP, logística é «a parte do processo da cadeia de abastecimento que planeia, implementa e controla o eficiente e eficaz fluxo directo e inverso (logística inversa), e a armazenagem de produtos, serviços e informação relacionada, desde o ponto de origem até ao ponto de consumo, em ordem a satisfazer os requisitos dos clientes».

2) Segundo os autores Rogers e Tibben-Lembke (1998), a logística inversa pode ser definida como: «o processo de planeamento, implementação e controlo da eficiência e eficácia e dos custos, dos fluxos de matérias-primas, produtos em curso, produtos acabados e informação relacionada, desde o ponto de consumo até ao ponto de origem, com o objectivo de recapturar valor ou realizar a deposição adequada».

Em resumo, a logística inversa tem como objectivo principal, planear, implementar e controlar de um modo eficiente e eficaz: o retorno ou a recuperação de produtos; a redução do consumo de matérias-primas; a reciclagem, a substituição e a reutilização de materiais; a deposição de resíduos; a reparação e refabricação de produtos; fechando o circuito da cadeia de abastecimento de uma forma completa, sendo o ciclo logístico completo (Dias, 2005, p. 206).

Evolução[editar | editar código-fonte]

Desde há muito tempo que existem processos de logística inversa, não eram é tratados e denominados como tal, como por exemplo, o retorno das garrafas (vasilhame),a recolha de lixos e resíduos. Foi nos finais da década de 80 que teve ínicio o estudo aprofundado e a sistematização dos processos inerentes à logística inversa, tal como ela é presentemente.

O desenvolvimento e progresso da logística inversa tem sido impulsionado, em grande parte, pelas questões ambientais, relacionado com o problema da deposição das embalagens dos produtos, da recuperação dos produtos, partes de produtos ou materiais, das devoluções de produtos em fim de vida, de produtos com defeito.

Tem existido um forte crescimento desta área da logística, não só pela legislação ambiental, a qual impõe leis mais exigentes, mas também pela consciencialização ambiental das empresas, organizações e organismos públicos. Além destes dois aspectos que têm contribuído para o crescimento da logística inversa, existe um outro, de grande importãncia para as empresas, em geral: a logística inversa deve ser vista como uma nova oportunidade de negócio, não só porque as empresas têm a possibilidade de aumentarem os seus lucros, bem como, para o desenvolvimento tecnológico, apostando a indústria em novos equipamentos e recursos, de modo a dar resposta ao constante progresso desta área da logística.

Em termos económicos e financeiros, a logística inversa já representa cerca de 0,5% do Produto Interno Bruto,PIB dos E.U.A.. Esta vertente da logística encontra-se em franco desenvolvimento, e é um grande potencial de negócio emergente para as empresas e organizações, pois, as politícas ambientais tendem a ser cada vez mais exigentes. Outro factor de grande importância, e que está directamente relacionado com o grande aumento da logística inversa é a compra de produtos através da internet, o chamado e-commerce (Carvalho, 2003, p. 71-72). Com o crescimento exponencial das vendas on-line, os sistemas de logística inversa, no que diz respeito à questão da gestão das devoluções, tem crescido de uma forma abrupta. A compra on-line leva a que, derivado do facto de no nommento da compra, não ser possível visualizar o produto fisicamente, de uma forma tangível, grande parte dos produtos seja devolvida, por não corresponder às expectativas do cliente, o que faz accionar os sistemas de logística inversa.

Podemos mesmo afirmar que a grande maioria dos sistemas de logística inversa, aparecem devido à questão das devoluções. Os clientes são cada vez mais exigentes e caso os produtos não correspondam às suas expectativas, accionam o processo de devolução, o qual é disponibilizado por cada vez mais empresas, de modo a prestarem um serviço de pós-venda de qualidade cada vez melhor, tentando atingir ou mesmo ultrapassar as expectativas dos clientes. Deste modo é possivel fidelizar o cliente, pois, estes preferem, na maioria dos casos, ter poucos fornecedores, em detrimento de vários, mas que correspondam ou mesmo superem as suas expectativas.

Processos e fluxos logísticos inversos[editar | editar código-fonte]

Como já foi referido anteriormente, a logística inversa aplica-se a todos os fluxos físicos inversos, isto é, do ponto de consumo até à origem ou deposição em local seguro de embalagens, produtos em fim de vida, devoluções, etc, tendo as mais variadas áreas de aplicação, como por exemplo: componentes para a indústria automóvel;vendas por catálogo; frigoríficos, máquinas de lavar e outros electrodomésticos; computadores, impressoras e fotocopiadoras; embalagens; pilhas; baterias; revistas, jornais e livros;

Estes fluxos físicos de sentido inverso, estão ligados às novas indústrias de reaproveitamento de produtos ou materiais em fim de ciclo de vida, tais como: desperdícios e detritos, transformação de certos tipos de lixo, produtos deteriorados ou objecto de reclamação e consequente devolução, retorno de embalagens utilizadas e a reciclar, veículos e outros tipo de equipamentos em fim de vida.

Os dois sistemas, logística directa ou forward e logística inversa ou reverse, integram e acrescentam valor à cadeia de abastecimento com o ciclo completo, e para poderem sobreviver devem ser de certo modo competitivos, minimizando os custos de transporte, na medida do possível, optimizando os veículos no retorno, com o transporte de devoluções, material para reciclar, desperdícios e produtos deteriorados, permitindo rentabilizar e optimizar o transporte, minimizando os respectivos custos.

As princiapis actividades afectas ao produto, na logística inversa, são as seguintes:

Figura 1 - Actividades mais comuns do processo logístico inverso
  • retorno do produto à origem;
  • revenda do produto retornado;
  • venda do produto num mercado secundário;
  • venda do produto via outlet;
  • venda do produto com desconto;
  • remanufactura;
  • reciclagem;
  • reparação ou reabilitação;
  • doacção;

Podemos observar na figura 1, os fluxos físicos inversos, referentes às actividades mais comuns no processo da logística inversa. A figura 1 representa de uma forma esquemática, os fluxos direccionais, das várias actividades e processos inversos, isto é, do ponto de destino ou consumo, até à origem ou local de deposição. São vários as actividades e processos da logística inversa, estando representados os mais comuns. Desde a recolha dos diferentes resíduos ou produtos, passando pelo acondicionamento dos mesmos, até à sua expedição e transporte, para o destino mais apropriado, seja para efeitos de reciclagem, devolução, para revenda, para deposição em local seguro ou mesmo para destruíção, em certos casos de resíduos perigosos.

No que concerne à cadeia dos produtos recuperados, grande parte pode não ser reciclável, e assim, não será reutilizável. Alguns podem apenas não ser reutilizáveis, dado tratarem-se de produtos que, em grande parte dos casos, não podem ou não devem ser reutilizados, por razões técnicas ou económicas. Estes produtos deverão ser depositados em locais seguros, apropriados e licenciados de acordo com a legislação vigente, para o efeito.

Figura 2 - Um veículo de compactação em acção num aterro.

Isto aplica-se, por exemplo, a produtos rejeitados aquando da separação face ao elevado nímero de componentes, aplica-se também a resíduos perigosos que não podem ser reciclados, ou ainda a produtos cuja prazo de validade tenha expirado. Nestes casos, os referidos resíduos serão alvo de um processo logístico adicional, dependendo do tipo de resíduo e do grau de perigosidade, que envolverá a sua destruíção ecológica, como por exemplo, a incineração ou a co-incineração, avaliando-se, caso a caso, qual o processo mais apropriado (Alves, 2005, p. 12-13).

Na figura 2 podemos observar como é feita a deposição dos lixos ou resíduos num aterro. Os lixos ou resíduos não reciclavéis e não perigosos, são depositados em aterros, em sucessivas camadas, sendo as camadas compactadas através de veículos próprios para eesa finalidade (ver exemplo na figura 2), sendo o aterro selado após a sua capacidade estar completa. Após a selagem, grande parte dos aterros pode ser convertido em zonas verdes ou ajardinadas, de modo a, melhorar o impacto visual do mesmo, e poder ter uma finalidade totalmente distinta da que teve enquanto local para a deposição de lixos.

Estamos, assim, perante ciclos logísticos completos, com o retorno ou reciclagem dos produtos, para reutilização, caso seja possível, ou a destruíção ecológica. Por vezes, estes ciclos logísticos completos são mesmo assegurados pelos próprios fornecedores dos produtos ou materiais, facilitando, deste modo, o trabalho dos clientes (Dias, 2005, p. 207).

Principais processos inversos[editar | editar código-fonte]

Neste ponto deste artigo, iremos abordar e desenvolver os processos, que em nosso entender, têm mais peso nos fluxos físicos inversos: as devoluções e os componentes ou produtos em fim de ciclo de vida para reciclagem.

As devoluções representam grande parte dos fluxos físicos inversos, na cadeia de abastecimento e dividem-se em duas grandes vertentes: as devoluções pelo consumidor, em venda directa, e as devoluções por erros de expedição. As devoluções realizadas pelo consumidor finel de um produto, numa venda directa, têm crescido e a tendência é de continuarem a crescer, derivado do facto de que os clientes serem cada vez mais exigentes e as suas expectativas cada vez maiores.

Em resposta as empresas e organizações, por vezes em cumprimento da legislação própria de cada país, mas cada vez mais por sua livre e expontânea vontade, e independentemente da existência de legislação ou não, permitem ao cliente ou ao consumidor, devolver o produto adquirido, caso este não corresponda às suas expectativas ou no caso das vendas por catálogo ou as vendas on-line, caso o cliente queira, aceitarem a devolução do produto adquirido sem restrições. Trata-se sobretudo, de um factor de competitividade das empresas, face à globalização do comércio, para a qual tem contribuído em larga escala o e-commerce, que actualmente têm um enorme peso no total das vendas de produtos e serviços, a nível mundial (Carvalho, 2001, p. 116-120).

Figura 3 - Armazém de devoluções de uma empresa de e-commerce

Como é óbvio existe um custo associado a este tipo de devolução, o qual é suportado pelas empresas e que terá tendência para continuar a aumentar, pelas razões anteriormente descritas, pois, trata-se sobretudo de aumentar a competitividade em relação à concorrência, tentando continuamente melhorar a qualidade do serviço prestado ao c liente.

As devoluções por erros de expedição, são o tipo de devolução que acontece por qualquer erro que tenha existido na expedição de determinado produto. Estes erros têm variadas razões para acontecerem, entre as quais, destacamos as seguintes: má etiquetagem, falhas do operador logístico, erros humanos, coordenação entre diferentes operadores logísticos. Ao contrário das devoluções por venda directa, ao consumidor, as devoluções por erros de expedição, podem ser reduzidas e minimizadas, através de vários processos de armazenagem e expedição, que estão hoje disponíveis, no mercado.

Destacamos os seguintes: a informatização de sistemas de recepção, expedição e transporte, a leitura por código de barras, o EDI (Electronic Data Interchange), entre outros. Portanto, o custo logístico das devoluções por erros ou falhas de expedição ou transporte, pode ser controlado pelas empresas e organizações, estando ao seu alcance a redução destes custos, através das ferramentas referidas no parágrafo anterior. Trata-se, apenas, de escolher as ferramentas que melhor se adaptem a determinado negócio, sendo inclusivé possível personalizar estas ferramentas a cada realidade distinta (Pfutzenreuter, 2004).

O retorno dos produtos sujeitos ao processo de devolução, ou seja, o fluxo físico inverso desde o ponto de venda ou consumo, até à origem, deverá ser realizado, sempre que fôr possível, pelo mesmo meio de transporte pelo qual é realizada a sua entrega no local de consumo, isto é, o fluxo físico directo. Deste modo, é possivel optimizar a cadeia de abastecimento, directa e inversa, rentabilizando o transporte ao máximo. Normalmente os produtos sujeitos a devolução, são armazenados em locais destinados para o efeito, em áreas restritas do armazém , de modo a evitar erros de expedição, evitando que físicamente os produtos coabitem juntos - ver figura 3.

Em relação aos componentes ou produtos em fim de ciclo de vida para reciclagem, o seu número tem aumentado de uma forma exponencial, derivado de vários factores, de entre os quais, destacamos os seguintes três: o primeiro factor que destacamos é o da consciencialização da sociedade, para a questão da sustentabilidade do meio ambiente. Cada vez mais, a sociedade têm o dever de colaborar nas politícas ambientais, realizando, cada um de nós, a separação dos lixos, de acordo com o tipo de resíduos ou lixos em causa, e depositando-os, nos locais destinados para esse fim (ecoponto). É nos países mais desenvolvidos, e com maior qualidade de vida, onde existe o maior número de pessoas conscientes desta realidade, colaborando na separação e recolha dos diferentes tipos de resíduos domésticos, que em grande parte podem ser reciclados, sendo deste modo, reaproveitados ou a sua matéria-prima reutilizada em novos produtos. Deste modo, estamos também a contribuír para que, somente os resíduos orgânicos, tenham de ser depositados em local próprio (por exemplo, os aterros). Em relação aos resíduos industriais, a politíca deverá ser idêntica, ou ainda mais exigente, pois, as indústrias produzem grandes quantidades de resíduos e lixos, e por vezes bastante perigosos e tóxicos.

O segundo factoe que destacamos, é a legislação ambiental, a qual é cada vez mais restritiva, em relação à questão dos resíduos, lixos e detritos. As políticas e a legislação ambiental, tende, nos vários países e comunidades, a ser cada vez mais exigente e restritiva. Ao nível da União Europeia, na qual está incluído Portugal, existem directivas comuns acerca deste tema. Para os países que não cumpram a legislação, em caso de violação, existem sanções,que se podem traduzir em coimas avultadas, as quais deverão ser aplicadas em função dos danos ambientais causados.

O terceiro e último factor que destacamos, é o desenvolvimento e o progresso tecnológico. Os processos industriais e os próprios equipamentos industriais, das indústrias que se dedicam à reciclagem, estão em evolução permanente, permitindo, deste modo, que cada vez mais componentes de produtos de diferentes materiais, possam ser reciclados e consequentemente reutilizados ou reaproveitados, como matéria-prima, em produtos novos. Em Portugal, existem cada vez mais empresas, especializadas na gestão integral de resíduos, realizando, grande parte delas a recolha, transporte, separação e deposição no local próprio, e algumas delas, executando mesmo a própria reciclagem. (Alves, 2005, p. 77-93).

Conclusões e desafios futuros[editar | editar código-fonte]

A logística inversa é um enorme desafio para todas as empresas e organizações, e também para a criação de novas empresas, que vêem nesta área uma oportunidade única para investimento, possibilitando o aparecimento de novos lucros, pois, cada vex mais, os produtos em fim de ciclo de vida deverão ser decompostos em componentes recicláveis ou em caso de não ser possível, esses componentes serem depositados em local seguro.

A evolução e progresso da logística inversa, a nível tecnológico, tem permitido a descoberta de novos equipamentos e de novos processos de decomposição e de transformação química, contribuíndo, assim, para que o objectivo de atingirmos, um dia, os 100% de componentes recicláveis ou reaproveitáveis.

Trata-se de uma nova área de negócio, em todos os sentidos, potenciando a criação e desenvolvimento de cada vez mais, empresas especializadas nesta área, contribuíndo, não só, para a criação de valor, empregando mais pessoas, mas também tentando inverter, ou mesmo regredir, o processo de deteriorização do nosso meio ambiente. Muitas empresas e organizações, veêm a logística inversa como um custo. Algumas empresas, encaram a logística inversa como uma oportunidade nova para obter ganhos significativos com a optimização dos processos logísticos, tendo ganhos e recuperando valor, através dos subprodutos gerados.

A logística inversa deve ser encarada, nas empresas e organizações, como uma actividade transversal a todos os departamentos, pois, só assim será possível obter ganhos operacionais e financeiros relevantes. Toda a organização deverá colaborar e participar nos processos inerentes a esta actividade, desde o presidente executivo, passando pelos vários departamentos, recursos humanos, marketing, comercial, financeiro, até à produção.

A logística inversa é um processo chave na fidelização dos clientes, não só, pelos processos de devoluções, satisfazendo as necessidades dos clientes, mas também pelo processo de pós-venda, no qual o cliente é assistido e aconselhado, permitindo a sua satisfação plena, com a qualidade do serviço prestado por determinada empresa ou organização.

A sustentabilidade do nosso planeta a nível ambiental, a legislação ambiental cada vez mais restritiva e a escassez de recursos naturais, são os principais factores que contribuem para que a logística inversa seja a área da logística com um futuro promissor. Cada vez mais, os clientes valorizam as empresas que possuem políticas ambientais mais exigentes, sendo um factor de competitividade entre empresas e logo uma estratégia de diferenciação entre empresas concorrentes (Dias, 2005, p. 207-208).

Figura 4 - Ecoponto típico.

Todos nós, estamosa a contribuír no processo da logística inversa, quando fazemos a separação dos vários resíduos e embalagens dos produtos que consumímos no nosso dia-a-dia, e os colocamos nos recipientes adequados (ver figura 4) à sua recolha para posterior reciclagem ou caso não seja possível, deposição em local seguro. Somente através de uma postura pró-activa, neste domínio, poderemos dar um forte contributo para a dimuição dos detritos e desperdícios, que não sendo separados e recolhidos, não sofrerão um processo de reciclagem, sendo o seu destino mais provável, um aterro ou uma lixeira.

Principalmente nos países do 3º mundo, ainda existem lixeiras a céu aberto, o que será insustentável dentro de um par de anos. As políticas e directivas ambientais, deverão passar por acordos globais, a nível mundial, e para que sejam cumpridos, será necessária uma fiscalização isenta, eficiente e objectiva, de modo a que os governos locais, por vezes, mais preocupados com as questões económicas, não passem para segundo plano os temas relacionados com o meio ambiente, ignorando e violando mesmo, algumas vezes,a própria legislação ambiental.

Assim, todos nós participamos no processo da logística inversa, e devemos ter uma postura de consciencialização dos nossos familiares mais próximos, no sentido de cada vez mais pessoas terem a noção da importância desta questão, contribuíndo para a sustentabilidade do nosso meio ambiente envolvente e consequentemente do nosso planeta, chamado Terra!

Referências[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • CARVALHO, José Crespo de; DIAS, Eurico Brilhante - Estratégias logísticas: como servir o cliente a baixo custo. Lisboa. Edições Sílabo. 2004. ISBN 978-972-618-332-7
  • ROGERS, Dale S.; TIBBEN-LEMBKE, Ronald S. - Going backwards: reverse logistics trends and practices. [Em linha]. Reno: Reverse Logistics Executive Council, 1998. [Consult. 14 Maio 2009]. Disponível em WWW: <URL:http://www.rlec.org/reverse.pdf>.
  • REIS, Lopes dos - Estratégia empresarial: análise, formulação e implementação. 2ª ed. Lisboa. Editorial Presença. 2008. ISBN 978-972-23-2651-3

Ligações externas[editar | editar código-fonte]