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O Vale das Bonecas

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O Vale das Bonecas
Valley of the Dolls
O Vale das Bonecas
 Estados Unidos
1967 •  cor •  123 min 
Género drama
Direção Mark Robson
Roteiro Helen Deutsch
Elenco Barbara Parkins
Sharon Tate
Patty Duke
Paul Burke
Susan Hayward
Idioma inglês

Valley of the Dolls (br/pt: O Vale das Bonecas[1][2]) (1967) é um drama estadunidense dirigido por Mark Robson e estrelado por Barbara Parkins, Patty Duke, Sharon Tate, Paul Burke e Susan Hayward, entre outros. O filme é baseado no best-seller do mesmo nome de Jacqueline Susann, que vendeu mais de 30 milhões de cópias nos Estados Unidos e foi traduzido em mais de 20 línguas.[3]

Um grande sucesso de bilheteria e um grande fracasso de crítica, ele foi relançado dois anos depois, após o assassinato de Sharon Tate pela Família Manson, provando novamente seu sucesso com o público americano. A música-tema do filme, cantada por Dionne Warwick, se tornou um grande sucesso, vendendo mais de um milhão de cópias e atingindo a posição #2 da Billboard [4]

O termo "bonecas" é um gíria relativa a antidepressivos, pílulas, drogas e barbitúricos para dormir, usados com prescrição médica, muito em voga na época no meio artístico americano.[3]

Três jovens mulheres aspirando a uma carreira bem sucedida encontram-se em Nova York. Neely O'Hara (Duke) é uma garota de talento que canta num musical da Broadway onde a grande estrela é a legendária Helen Lawson (Hayward); Jennifer North (Tate) é uma atriz de grande beleza e talento limitado, que atua no coro do musical; Anne Welles (Parkins) é uma ingênua do interior que chegou recentemente à cidade e trabalha para a agência que representa Lawson.

Neely, Jennifer e Anne tornam-se amigas rapidamente, compartilhando os laços de ambição profissional e a tendência de se apaixonar pelos homens errados. Neely é demitida da peça porque Lawson a considera uma ameaça, mas auxiliada por um advogado da agência teatral de Lawson, começa a participar de eventos menores e de teletons na televisão que a tornam famosa da noite para o dia e se muda para Hollywood atrás de uma carreira como estrela de cinema. Depois que se torna uma estrela, Neely não apenas passa a ter o mesmo comportamento egoísta e arrogante de Lawson, como se torna dependente de "dolls", drogas com prescrição médica, especialmente pílulas de Seconal, Nembutal e vários estimulantes. Ela acaba traindo o marido, a carreira despenca e Neely é internada num sanatório.

Jennifer segue os passos da amiga e se muda para Hollywood, onde se casa com um cantor da noite, Tony Polar (Tony Scotti) e engravida. Quando descobre que o marido tem, hereditariamente, a Doença de Huntington, um fato que a meia-irmã e empresária dominadora Miriam (Lee Grant) ocultava, ela aborta a criança. Diante das sempre crescentes despesas médicas do marido, ela começa a trabalhar em filmes franceses eróticos para pagar as contas.

Anne, que havia se tornado uma modelo de sucesso, também se vicia em pílulas e barbitúricos para escapar de sua relação condenada com o promíscuo Lyon Burke (Burke), que tem um caso com Neely. Jennifer é diagnosticada com câncer de mama - que Jacqueline Susann enfrentava quando escreveu o livro em 1966 e passou para sua personagem [3] - e, precisando de uma mastectomia, liga para a mãe em busca de apoio moral e financeiro. Sua mãe lhe nega auxílio, constrangida pelos filmes que a filha tem feito e dizendo que tem seus próprios problemas financeiros. Deprimida, Jennifer comete suicídio com uma overdose de pílulas para dormir.

Neely consegue se reabilitar depois de uma temporada internada e tenta novamente reconstruir a carreira, mas sucumbe novamente ao vício de barbitúricos e de álcool e entra num completo declínio. Anne consegue livrar-se de seu relacionamento com Burke e retorna à vida pacata de Lawrenceville, New England, de onde tinha vindo para tentar a sorte em Nova York.

O final do filme é completamente diferente do livro. Anne Welles nunca se casa nem tem um filho com Burke, o que acontece no livro. Esta mudança de última hora no roteiro, tão fora do padrão estabelecido pela personagem no livro e já conhecido por milhões de leitores, fez com que o roteirista original Harlan Ellison removesse seu nome e seu crédito de roteirista do filme.

A autora do livro, Jacqueline Susann, faz uma pequena ponta no filme como repórter, assim como um futuro astro, Richard Dreyfuss.[5] Judy Garland estava originalmente escalada para o papel de Helen Dawson, mas foi demitida após aparecer bêbada para gravar suas cenas, sendo substituída por Susan Hayward depois que as filmagens já tinham começado.[6]

Principais prêmios e indicações

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Oscar 1968 (EUA)

  • Indicado na categoria de melhor trilha sonora adaptada.

Globo de Ouro 1968 (EUA)

  • Indicado na categoria de atriz mais promissora (Sharon Tate).[7]

Referências

  1. O Vale das Bonecas no AdoroCinema
  2. DVDPT (Portugal)
  3. a b c «Valley». jacquelinesusann.com. Consultado em 30 de junho de 2012. Arquivado do original em 18 de abril de 2012 
  4. Whitburn, Joel (2004). The Billboard Book of Top 40 Hits, 8ª edição (Billboard Publications), pg 669.
  5. «Richard Dreyfuss» (PDF). sandiego.networkofcare.org. Consultado em 30 de junho de 2012 [ligação inativa]
  6. «BBC News Report». 20 de dezembro de 2006. Consultado em 7 de abril de 2007 
  7. «SHARON TATE». The Hollywood Foreign Press Association. Consultado em 28 de junho de 2012. Arquivado do original em 24 de maio de 2012 

Ligações externas

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