Vladimir da Bulgária

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Vladimir
'Knyaz da Bulgária
Vladimir da Bulgária
Afresco na Igreja de São Demétrio em Techovo representando a entronização de Simeão e punição de Vladimir
Reinado 889893
Antecessor(a) Bóris I
Sucessor(a) Simeão I
Dinastia "Dinastia de Crum" (possivelmente Dulo)
Pai Bóris I
Mãe Maria
Selo do imperador Simeão (r. 893–927)

Vladimir (em búlgaro: Владимир), Bladímero/Vladímero (em grego medieval: Βλαδίμηρος; romaniz.:Bladímeros), Baldimer/Valdimer (Βαλδίμερ), Bladimer/Vladimer (Βλαδίμερ) ou Laodimir (em latim: Laodimir), também chamado Rasate (em búlgaro: Расате), foi o knyaz da Bulgária entre 889 e 893.[1][2]

História[editar | editar código-fonte]

Vladimir se tornou o governante (knyaz) da Bulgária quando seu pai, Bóris I (Bóris adotou o nome de Miguel depois da sua conversão ao cristianismo), decidiu se retirar para um mosteiro depois de reinar por 36 anos. Sinetes com inscrição "Miguel, o Monge, que é o arconte dos búlgaros" sugerem, contudo, que Bóris pode não ter aberto mão completamente do poder.

Vladimir era o filho mais velho de Bóris e, possivelmente, o único nascido antes da conversão de Bóris. De acordo com o relato do imperador bizantino Constantino VII Porfirogênito, Vladimir participou da invasão do território sérvio antes da cristianização da Bulgária. O pouco que se sabe sobre o seu reino inclui uma aliança militar que ele firmou em 892 com os rei germânico dos francos orientais Arnulfo da Caríntia contra a Grande Morávia e que também tinha o objetivo indireto de conter as ambições bizantinas. Esta aliança foi um sério desvio em relação à política externa de amizade com o Império Bizantino defendida por seu pai.

Ele é lembrado principalmente por sua tentativa frustrada de eliminar o cristianismo da Bulgária para reinstituir o tengriismo. Segundo o relato de Constantino de Preslava em seu "Evangelho Didático", Vladimir começou a destruir sistematicamente as igrejas e a perseguir o clero cristão, que seriam, segundo o que ele acreditava, instrumentos da dominação bizantina sobre o reino búlgaro. Suas ações não foram bem recebidas nem pela população e nem pela aristocracia, o que permite concluir que ele tinha o apoio de apenas alguns boiardos. Como seria de se esperar Bóris, em 893, deixou o mosteiro e depôs o filho, cegando-o e aprisionando-o numa masmorra. Depois disso, ele desapareceu do registro histórico.

Depois de lidar com a revolta de Vladimir contra o cristianismo, Bóris entregou o governo ao seu terceiro filho, Simeão I, durante o Concílio de Preslava, que foi convocado justamente para tratar desta atrapalhada tentativa de retorno ao paganismo.

Família[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Seaby's Coin and Medal Bulletin (em inglês). Londres: B.A. Seaby Limited. 1963. p. 226 
  2. Jones, Prudence; Pennick, Nigel (2013). A History of Pagan Europe (em inglês). Abingdon-on-Thames: Routledge. p. 191 
Vladimir da Bulgária
Nascimento:  ? Morte:  ?
Precedido por:
Bóris I
Cã búlgaro
889–893
Sucedido por:
Simeão I