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Vulvodinia

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Vulvodinia
Vulvodinia
A vulva inclui grandes lábios, pequenos lábios e clítoris.
Especialidade ginecologia e obstetrícia
Classificação e recursos externos
CID-10 F52.6
CID-9 625
CID-11 1539507119
MedlinePlus 007699
MeSH D056650
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Vulvodinia ou vestibulite vulvar é uma disfunção sexual caracterizada por dor crônica na área da vulva com causa orgânica desconhecida (idiopática). É um tipo de dispareunia. Não é causada por uma patologia visível (como infecção, deformidade, ferimento ou tumor), geralmente envolvendo dificuldades emocionais e cognitivas ou algum transtorno orgânico não identificado.

As causas possíveis incluem:

Iniciação de contraceptivos hormonais que contêm estrógeno em baixa dose antes dos 16 anos pode predispor as mulheres à vestibulite vulvar. Um limiar de dor significativamente mais baixas, especialmente no vestíbulo vaginal, também pode ser associado ao uso de contraceptivos hormonais em mulheres sem síndrome vestibulite vulvar.[1]

A dor pode ser aguda, intermitente ou crônica. Pode ocorrer em um local específico ou toda em toda área vulvar. É mais comum ocorrer durante ou após a atividade sexual, quando tampões são inseridos ou quando a pressão prolongada é aplicada à vulva, como durante a sentar-se, andar de bicicleta, ou andar a cavalo.[2]

Depende da suspeita da causa. Dentre as opções [3]:

  • Uso de lubrificantes;
  • Uso de pomadas esteroides;
  • Mudança na dieta, evitando oxalatos e bebendo muita água;
  • Usar almofadas ao sentar;
  • Usar calcinhas maiores e de algodão;
  • Uso de antidepressivos e ansiolíticos;
  • Cirurgia para extirpar as terminações nervosas[4];
  • Fisioterapia pélvica

É recomendado que as pacientes aprendam, e conversem com seu parceiro, sobre práticas sexuais que não envolvam dor e mantenham o prazer na atividade sexual.

Epidemiologia

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A prevalência de vulvodinia em Portugal é de 6,5%; a prevalência cumulativa chega aos 16,0%[5]. Cerca de 25% das mulheres com vulvodinia não procuram ajuda médica (vergonha ou por acharem ser normal ter dor); das que o fazem, apenas 8,9% são correctamente diagnosticadas[6].

Referências

  1. Gerber S, Bongiovanni AM, Ledger WJ, Witkin SS (March 2003). "Interleukin-1beta gene polymorphism in women with vulvar vestibulitis syndrome". Eur. J. Obstet. Gynecol. Reprod. Biol. 107 (1): 74–7. doi:10.1016/S0301-2115(02)00276-2. PMID 12593899.
  2. National Research Center for Women and Families (October, 2007). "Vulvodynia and Genital Pain". Retrieved 2009-08-27.
  3. Goldstein, Andrew T.; Marinoff, Stanley C.; Christopher, Kurt; Johnson, Crista; Marinoff, SC (2006). "Surgical Treatment of Vulvar Vestibulitis Syndrome: Outcome Assessment Derived from a Postoperative Questionnaire". The Journal of Sexual Medicine 3 (5): 923–931. doi:10.1111/j.1743-6109.2006.00303.x. PMID 16942537.
  4. ACOG Committee on Gynecologic Practice (October 2006). "ACOG Committee Opinion: Number 345, October 2006: vulvodynia". Obstet Gynecol 108 (4): 1049–52. PMID 17012483.
  5. Vieira-Baptista, Pedro; Joana (1 de dezembro de 2014). «Prevalence of vulvodynia and risk factors for the condition in Portugal». International Journal of Gynaecology and Obstetrics: The Official Organ of the International Federation of Gynaecology and Obstetrics. 127 (3): 283–287. ISSN 1879-3479. PMID 25092355. doi:10.1016/j.ijgo.2014.05.020 
  6. Vieira-Baptista P, Lima-Silva J, Cavaco-Gomes J, Beires J. Vulvodynia in Portugal: are we diagnosing and treating it adequately? Acta Obstet Ginecol Port 2015;9(3):228-234