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Wikipédia:Esplanada/geral/Verificabilidade da Folha e do Estadão (12jul2013)

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Verificabilidade da Folha e do Estadão (12jul2013)

Caros editores, estava eu discutindo uma questão de verificabilidade com um editor, quando me ocorreu o seguinte: a Folha de S. Paulo e O Estado de S.Paulo, que são sem dúvidas duas das maiores fontes de informação para os artigos da Wikipédia Lusófona (especialmente para os editores brasileiros), possuem agora um limite de acessos em seus portais. Não me lembro o sistema exato de cada um, mas é mais ou menos assim: o cidadão pode acessar até vinte matérias por mês. A partir da 21ª, ele é convidado a criar um cadastro gratuito que dá direito a mais vinte matérias. A partir da 41ª, ele tem que pagar. Considerando esta nova realidade, a pergunta que faço é a seguinte: até que ponto ainda podemos considerar os dois portais verificáveis, se o leitor agora não pode mais acessar quantas páginas quiser dentro deles?

Alguém pode argumentar dizendo o seguinte:

Devemos mantê-los como fontes verificáveis porque...
1 - ...o sistema de ambos os portais é facilmente burlável (e é mesmo =P);
2 - ...o cadastro inicial é fácil e gratuito e o pagamento para quem quiser ainda mais textos não é nenhum valor exorbitante para boa parte dos internautas lusófonos;
3 - ...muitos livros e publicações impressas também não são gratuitos, mas são aceitos como fontes.

OU

Não perderemos muito se os considerarmos verificáveis porque...
4 - ...a maioria das notícias, colunas e editoriais dos dois periódicos é replicada em trocentos outros sites sem restrições de acesso que podem substituí-los como fontes;
5 - ...um assunto abordado na Folha e no Estadão pode estar em outros veículos também.

Mas aí eu digo:

1 - Muitos não sabem como burlar o sistema, não têm obrigação de sabê-lo, e não seria de bom tom a Wikipédia enquanto comunidade ensinar as pessoas a fazê-lo, mesmo que os métodos não sejam ilegais. E também não podemos assumir uma postura do tipo "nós não podemos ensinar isso então o usuário que se vire para aprender se quiser checar informações";
2 - O leitor da Wikipédia, não importa quem ele seja, onde viva e quanto tenha na conta bancária, não pode, de forma alguma, se sentir obrigado a criar cadastros muito menos a pagar se ele quiser checar cada uma das informações baseadas nesses jornais que ele encontrar na Wikipédia, caso ele queira checar 100 informações diferentes;
3 - Concordo, mas um livro ou publicação impressa em tese pode ser ao menos consultado de graça, em uma biblioteca, por exemplo, ou na própria livraria/revistaria. O acesso restrito a um site não permite esta possibilidade;
4 - Se o site que copia os textos não tiver autorização para fazê-lo (é o caso da maioria, acho eu), estaríamos colaborando com o desrespeito a direitos autorais se aceitássemos as cópias como fontes. E mesmo que ele não copie, mas apenas resuma o texto citando a Folha ou o Estadão como fonte, ele terá de ser considerado fiável, do contrário, o leitor ficará até o mês seguinte sem poder checar a notícia original para ver se o site não alterou os dados (e eu acredito que ele tenha o direto de considerar esta possibilidade). Aliás, mesmo que, suponhamos, o G1 dê uma notícia citando a Folha como fonte, então no fim estaríamos usando o G1 como fonte, e não a Folha - pelo menos é isso o que constaria no {{citar web/jornal}} que o editor colocar no artigo;
5 - De fato. Mas a matéria de um desses jornais pode às vezes ser a única sobre determinado assunto que contém justamente aquela informação que você quer adicionar ao artigo. Sem falar nas matérias e entrevistas exclusivas, que evidentemente não estarão em outros veículos.

Resumindo: A Folha e o Estadão são fontes fiáveis e muito utilizadas na Wikipédia, mas agora eles não mais permitem ao leitor comum acesso irrestrito aos seus conteúdos. Mesmo considerando os fatos que eu levantei acima, o princípio da verificabilidade é claro: qualquer leitor deverá poder aferir que tal material foi já publicado por uma fonte fiável. "Qualquer leitor" aqui significa: leitores que não queiram se cadastrar, que não queiram pagar para ler e que não saibam como driblar o sistema. Ainda dá pra dizer que os sites são verificáveis para todos, considerando a possibilidade real de um leitor se interessar por vinte matérias da Folha nos primeiros dias de um mês e, por conta disso, ficar impossibilitado até o próximo mês de checar uma informação na Wikipédia?

Vejam bem, não estou propondo que os dois jornais sejam considerados inadequados como fontes, até porque, esta medida comprometeria zilhões de artigos, ou até mais, se a decisão se espalhar para as Wikipédias em outros idiomas. Estou apenas convidando os colegas editores a refletirem sobre esta questão. Afinal, precisamos considerar a possibilidade de cada vez mais sites restringirem seus conteúdos. Se isso acontecer, como fica o princípio de verificabilidade? Deixo aí a provocação. De repente um editor consegue matar a charada e todo o meu raciocínio com uma única linha em vez de fazer um texto grande como eu fiz. =P Victão Lopes Diga! 21h02min de 12 de julho de 2013 (UTC)[responder]

Ah... é só renovar o IP, ou usar outro navegador que você consegue mais 20. Vulcan (discussão) 21h14min de 12 de julho de 2013 (UTC)[responder]
Apesar de desconhecer esse limite, crei que o que veicula em ambos, pode-se facilmente ser substituido por outra fonte, e se por algum motivo alguém acessar a fonte, e ela não estiver disponível, pode-se muito bem ir até o verbete e apagá-lo (ligação inativa). Não acho necessário desfiabilizá-las, por mais mediocre que sejam. Onjackmsg 21h17min de 12 de julho de 2013 (UTC)[responder]
Então, foi o que eu disse: o sistema é muito fácil de burlar. Mas será que podemos partir do pressuposto de que todo internauta sabe fazê-lo? Victão Lopes Diga! 21h41min de 12 de julho de 2013 (UTC)[responder]
É uma preocupação que não deveria existir, tem um limite de acessos ok... mas não impede ninguém não é? Agora compara isso com livros. No pior dos casos é mais fácil esperar alguns dias até virar o mês e ver o site... do que ir até uma biblioteca que está no México que tenha que tenha o livro XYZ e só dessa forma é possível ter acesso ao livro. Então os editores não devem se preocupar com o acesso às fontes, muitas vezes ele já é bem difícil, quem quiser ir atrás das fontes(o leitor) que faça um esforço maior, não o editor. Vulcan (discussão) 21h58min de 12 de julho de 2013 (UTC)[responder]
Eu não li tudo o que você escreveu pois ser verificável não é sinônimo de ter o texto de graça à sua disposição, simplesmente.--Mister Sanderson (discussão) 23h41min de 12 de julho de 2013 (UTC)[responder]
  • Os sites tem limites de acesso, mas as perguntas para este caso; será que as pessoas que abrirão todas as referências destes em único dia? Quantos artigos tem 20 ou 40 ligações para estes sites? Não vejo razão para que os sites deixem de ser fontes verificáveis ou fiáveis. Fabiano msg 23h45min de 12 de julho de 2013 (UTC)[responder]

Assim como O Globo, a Tribuna do Norte, ou o Le Monde (só não vale dizer que "o Le" é redundância maligno), esses sites que exigem cadastro ou até pagamento após X visitas não deixaram de ser verificáveis, assim como os livros importados são verificáveis, basta que o leitor viaje até o país de origem para comprá-los, peça pela internet ou vá a uma biblioteca que os tenha, ainda que tenha que ir a Alexandria. E para aqueles que não querem se dar ao trabalho, assumam a boa fé. E. Feld fala 00h07min de 14 de julho de 2013 (UTC)[responder]

Para cada navegador, é 20 acessos. Com o explorer, com o chrome e com o Mozilla Firefox, são 60 acessos. Acho que não tem problemas a verificalidade. Victor R12 (discussão) 02h17min de 14 de julho de 2013 (UTC)[responder]

Concordo com a tese colocada, acho que a maioria dos que consultam a Wiki querem agilidade, não entraves (lembrem-se do significado de "wiki" (rápido). Eu não insiro mais estas fontes nos artigos.
PauloMSimoes (discussão) 21h23min de 16 de julho de 2013 (UTC)[responder]

  • Entendo a preocupação pela mudança, mas concordo com o Mister Sanderson e com a premissa que o próprio Victão Lopes colocou no início: verificabilidade não equivale à disponibilidade gratuita - ou livros não seriam fontes (levar a premissa do acesso fácil a cabo levaria ao fim da Wikipédia e ela seria apenas um resultado ordenado de conteúdos acessíveis na internet? Acho que não é isso que se quer. Ao contrário.). Além disso, os jornais têm arquivos (neste sentido, inclusive, o impresso ainda é mais conservado que o online - matérias saem do ar, mas o arquivo do impresso está todo guardado - na empresa, mas está).--Oona (discussão) 23h03min de 18 de julho de 2013 (UTC)[responder]
É isto aí, cara Oona, "mutatis mutandis" o que eu disse acima, mas sem o brilho que vc conseguiu agregar. Abç. E. Feld fala 03h02min de 19 de julho de 2013 (UTC)[responder]